Etnias Raciais Para a Formação da História do Brasil
Por: Claudinei Cruz • 16/9/2022 • Trabalho acadêmico • 2.913 Palavras (12 Páginas) • 99 Visualizações
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
DESENVOLVIMENTO 4
CONSIDERAÇÕES FINAIS 10
REFERÊNCIAS 11
INTRODUÇÃO
A formação da história do Brasil é marcada por sua diversidade cultural, um relacionamento entre grupos étnicos diferentes que se iniciou no século XIX, quando a armada portuguesa de Pedro Alvares Cabral imigrava para o país procurando estabelecer contato com os indígenas para a exploração do território nacional.
Os indígenas nos legaram tipos de construção, gêneros de alimentação, caça e pesca, agricultura, tecelagem e instrumentos de música, mitos e lendas que fazem parte do folclore nacional.
Os negros de origem africana foram trazidos ao Brasil pelo português como escravo na plantação de cana-de-açúcar. Eles nos legaram técnicas de trabalho nas atividades da lavoura, mineração e indústrias que fabricam instrumentos de ferro e de música que eram usadas em suas orquestras ou práticas religiosas. A cultura africana é contemplada hoje na Bahia pela vastidão de pratos. Há plantas no habitat do Brasil que foram trazidas por eles de seu país.
Essas culturas foram inferiorizadas depois da abolição da escravidão em 1888. Hoje eles têm perante a lei direitos, mas que não impedem de que ainda passem pelo preconceito ou racismo. O Brasil está em segundo lugar entre os países do G-20 que identifica maior desigualdade, pelos estudos de CICONELLO (2008) revela que as desigualdades sociais são principalmente pela discriminação racial. Ainda neste contexto, em pesquisa desenvolvida em 2014 pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) destaca que a discriminação com o negro é por sua situação socioeconômica.
Diante disso, inicialmente se abordará um pouco mais sobre a história do Brasil e das providências que surgiram diante da questão étnico racial. Na sequência, se abordará a função social da escola e o papel do professor no contexto da democratização socioeducacional.
DESENVOLVIMENTO
A evolução do povo brasileiro é marcada por sua diversidade cultural. A nossa formação é um processo de sincretismo entre grupos étnicos diferentes. As etnias indígenas e africanas contribuíram muito para a história do Brasil, porém pelo seu passado escravocrata são discriminados na questão da estrutura social.
Neste processo histórico, em 1854 o decreto nº 1.331 sancionou a não admissão de escravos nas escolas públicas. Em 1878 o decreto nº 7.031 estabeleceu que os negros só poderiam estudar a noite, mas ainda assim havia dificuldade para conseguir a oportunidade de educação. Daí surgem o estereótipo de que os negros são preguiçosos ou marginais, porque moravam na periferia por estarem desempregados e por não terem ensino médio completo pela coibição de frequentar o ambiente escolar.
A questão do preconceito se fortifica no ambiente escolar, pois em nosso país o maior índice de repetência e saída da escola está entre as crianças negras. Neste contexto, é importante ressaltar que, segundo LIMA (2007):
É importante dizer que quando fazemos referência à desigualdade racial não entendemos raça no sentido biológico, e sim segundo o ponto de vista dos movimentos negros, em que militam pessoas que lutam contra todo e qualquer tipo de discriminação associada à cor da pele; raça é entendida, portanto, no seu sentido histórico-social, de modo que, quando adotamos os termos raça e racial, estamos nos referindo aos segmentos da população negra de ascendência africana.
Porém, para a efetividade desta prática, é preciso que as instituições escolares apresentem condições de trabalhar com a inclusão no seu cotidiano. De acordo com BORGES (2010):
(...) o princípio de ações educativas de combate ao racismo e às discriminações encaminha a criação de condições para professores e alunos pensarem, decidirem e agirem, assumindo a responsabilidade pelas relações étnico-raciais positivas, enfrentando e superando discordâncias, conflitos e contestações, e valorizando os contrastes das diferenças.
Por exemplo, há universidades que não tem um currículo que retrate a diversidade cultural que é tão presente em nosso cotidiano e que forma professores sem esse embasamento teórico, seu enfoque limita-se às disciplinas tradicionais e ao modo convencional de ensino, não instigando a busca e o respeito pela diversidade.
Talvez uma das alternativas para solucionar esse problema, seja pela implantação na própria academia (universidade) de “acréscimos complementários ao currículo, ou seja, a introdução de cursos específicos (extensão) ou a presença de disciplinas optativas que podem estar no próprio curso quanto em outros cursos das instituições” (FERREIRA, 2008). Um exemplo seria a criação da disciplina de ‘Literatura Africana de Língua Portuguesa’.
O currículo que desconsidera a multiplicidade de referências indenitárias, e insiste em uma identidade hegemônica transforma-se em um ‘dos artefatos educacionais dos mais iluministas, autoritários e excludentes’ (MACEDO, 2008). Incluir as questões étnicos raciais no currículo é reconhecer a diferença.
É preciso saber quais os desafios a serem enfrentados pelas instituições de ensino superior, o que vem sendo feito por elas para combater o racismo. Fazendo isso, é possível trabalhar a educação formal de forma antirracista, instituída pela lei, de fato aconteça nas escolas, nas instituições de ensino superior, mas, sobretudo, na sociedade.
A Lei do Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (10.639/03) sancionada pelo ex-presidente Lula no início de seu mandato, é uma política de ações afirmativas que trouxe a questão da diversidade em sala de aula e busca impedir a discriminação do presente. Em BRASIL (2008):
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