FICHAMENTO – KROPOTKIN

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
História do Pensamento Geográfico
Bruna Lima Leão

FICHAMENTO – KROPOTKIN

BIOGRAFIA

Kropokin foi um geógrafo anarquista nascido em Moscou, no ano de 1842. Foi conhecido por disseminar ideias libertárias acerca do ensino de geografia. Entre suas principais obras estão A conquista do pão e Memórias de um revolucionário. Oriundo de uma família nobre, recebeu o título de príncipe, algo que rejeitou quando atingiu a idade adulta.

Ele realizou trabalhos de campo no cículo polar ártico, onde registrou fenômenos relacionados às suas paisagens. Durante tais trabalhos, conheceu a realidade de habitantes que viviam em péssimas condições, o que fez com que crescesse um sentimento de empatia, pocurando escritos de Marx e Bakunin. Foi preso algumas vezes, inclusive, devido a sua militância. Morreu em 1921, deixando um legado de obras que visavam o entendimento das contradições sociais.

FICHAMENTO

I – Sobre o renascimento da Geografia (p. 1)

1. “Esta ciência, que toma em consideração as leis descobertas pelas suas ciências- irmãs e coloca em pauta sua ação e seus efeitos mútuos em relação à superfície do globo, não poderia permanecer à margem do movimento científico em geral”.

II – Acerca das influências que levaram à retomada do interesse pela Geografia (pp. 1-2)

1. “[...] as recentes expedições ao Ártico e as investigações nas profundidades abissais, e, mais ainda, os rápidos progressos experimentados pela Biologia, pela Climatologia, pela Antropologia e pela Etnologia comparada, têm concedido aos trabalhos geográficos uma atração tão considerável e um significado tão profundo, que os próprios métodos de descrição da Terra vêm experimentando desde há algum tempo uma profunda modificação”.

III – Sobre o ensino de Geografia nas escolas (pp. 2 -)

1. O ensino de Geografia não é visto como algo atraente pelas crianças em período escolar. “Nada interessa tanto às crianças como as viagens; e nada é mais árido e menos atrativo, em muitas escolas, que aquilo que nelas é batizado com o nome de Geografia”. (p. 2)
2. A necessidade da reforma do ensino de Geografia. “[a opinião pública] ter entendido rapidamente a necessidade de reformar o ensino da Geografia: a discussão recentemente iniciada pela Sociedade Geográfica,,, tem sido acolhida com simpatia geral por parte da imprensa”. (pp. 2 – 3)

IV- Primeira tarefa: a Geografia como responsável por desenvolver o interesse pela Ciência Natural

1. “É quase seguro que não existe outra ciência que possa tornar-se tão atrativa para a criança como a Geografia, e que possa se constituir num poderoso instrumento para o desenvolvimento geral do pensamento, assim como parar familiarizar o estudante com o verdadeiro método de investigação científica e para despertar sua afeição pela ciência natural”, (p. 3)
2. A imaginação é de suma importância para o desenvolvimento intelectual da criança. (p.4)

IV – Segunda tarefa: A Geografia como um meio de acabar com os preconceitos contra pessoas de outras nações

1. “Deve ensinar-nos, desde a mais tenra infância, que todos somos irmãos, qualquer que seja a nossa nacionalidade”. (p. 4)
2. “um meio para anular esses estereótipos (prejudices) [...]”.
3. “Deve mostrar que cada nacionalidade contribui com sua própria e indispensável pedra para o desenvolvimento geral da comunidade, e que somente pequenas frações de cada nação estão interessadas em mantes os ódios e rivalidades nacionais”. (p. 5)
4. Sobre a semelhança entre as classes trabalhadoras. “A pequenas diferenças de características nacionais [...] tendem a ocultar a imensa semelhança que existe entre as classes trabalhadoras de todas as nacionalidades [...]”. (p. 5)

V- Terceira tarefa: a Geografia deve dar fim à concepção de raças inferiores

1. Separação entre europeus como raças elevadas e as demais como inferiores. [...] a de combater os preconceitos que nos foram inculcados em relação às chamadas ‘raças inferiores’ [...]”. (p. 6)
2. “[...] desde sua mais tenra infância inculca-se o desprezo pelos ‘selvagens’[...]” (p. 6)
3. “Um dos maiores serviços que a Etnografia recentemente prestou consistiu em demonstrar que esses pretensos ‘selvagens’ conseguem desenvolver em alto grau, em suas sociedades, os mesmos sentimentos humanitários de sociabilidade, sentimento que nós, os europeus, estamos tão orgulhosos de professar [...]”. (p.6)

VI – O professor deve permitir o desenvolvimento pessoal do aluno e a necessidade de reforma do ensino

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