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Ficha de leitura ROLNIK, Raquel. A cidade do capital. In:______. O que é cidade (Coleção Primeiros Passos). São Paulo: Brasiliense, 1995.p. 30-53.

Por:   •  26/10/2015  •  Resenha  •  555 Palavras (3 Páginas)  •  889 Visualizações

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FICHA DE LEITURA

Aluna: Rafaela Karolina Cavalcante                                      Data: 23/10/2015

Identificação da leitura:  ROLNIK, Raquel. A cidade do capital. In:______. O que é cidade (Coleção Primeiros Passos). São Paulo: Brasiliense, 1995.p. 30-53.

Cite as principais palavras-chave.

Estrutura, urbana, cidade, territórios, feudo, produção, arquitetura, medieval, comércio, segregação.

Cite termos ou conceitos que gostaria que fossem discutidos.

Declínio feudal, arquitetura das cidades medievais.

Qual é a ideia central ou tese defendida?

O texto trata da reestruturação e organização do espaço urbano medieval após o declínio feudal, abordando as mudanças econômicas e sociais.

Faça uma pequena síntese do texto lido.

A autora discorre tratando da reorganização das cidades decorrente das novas transformações econômicas e sociais dadas pela crise feudal.

Raquel diz que o sistema feudal estava enfraquecido devido as pestes e a inflexibilidade das terras, e isto levou o senhor feudal a aumentar as pressões sobre o servo. Porém devido a intensificação das atividades comerciais, as possibilidades de trabalho eram múltiplas, o que fez com que os servos migrassem para as cidades. Esta migração tornou os camponeses livres da relação anterior de servidão e a força de trabalho deles fez aumentar a produção manufatureira.

Com o crescimento da atividade mercantil as cidades passaram a sediar a administração dos empreendimentos. Raquel coloca a cidade de Gênova como exemplo, que se tornou uma “cidade-mundo”, pois esta contabilizava e controlava o comercio do Mediterrâneo. Este processo também tomou dimensões políticas. O aparecimento das monarquias absolutistas são resultado do declínio feudal. Esta monarquia atende os privilégios na nobreza, mas também atende aos interesses mercantis, facilitando as atividades comercias e criando barreiras feudais.

Estes fatores aceleraram o crescimento da população das capitais e da expansão territorial das cidades devido ao aumento de renda do Estado. Diversas mudanças ocorrem, como o uso da terra para comércio e o surgimento da divisão de classes entre os ricos (detentores de riquezas), os vendedores de força de trabalho, os livres e os despossuídos de acordo com a autora.

É tratado a respeito da segregação urbana. Anteriormente, não havia segregação entre o local de trabalho e a moradia. A casa do artesão era simultaneamente sua residência e local de produção. Raquel faz comparação entre a arquitetura europeia e a do brasil colonial, mas este paralelo é limitado. Primeiramente, a base da economia brasileira era escravista, exaltando uma relação entre escravo e o senhor, que o mantinha como mercadoria e propriedade. Já na Europa, o servo tinha ligação com a terra, doada pelo seu senhor. Também e abordada as semelhanças dos burgos e cidades coloniais. Em ambas não existem regiões de trabalho e de moradia, porém havia a diferenciação de classes. A segregação espacial apenas se evidencia com o avanço da mercantilização, que organiza o Estado Moderno. Na Europa isto ocorre no século XVII com os grandes projetos de edifícios públicos, que acabam se relacionado a riqueza e poder e passou a separar a moradia do local de trabalho. Este movimento de segregação será impulsionado com o trabalho assalariado. Este processo de segregação cria a organização do território popular, mas também é produto e produtora de conflitos sociais. Raquel finaliza dizendo que o Estado também atuou neste processo produzindo ou gerando segregação.

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