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GEOPROCESSAMENTO APLICADO A ÀREA DE : Um estudo de caso baseado em métodos quantitativos de análise espacial

Por:   •  5/11/2018  •  Monografia  •  4.471 Palavras (18 Páginas)  •  282 Visualizações

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GEOPROCESSAMENTO APLICADO A ÀREA DE : um estudo de caso baseado em métodos quantitativos de análise espacial

Gabriela Freitas Avelino

gfavelino@gmail.com

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Resumo

O envelhecimento da população brasileira, ocasionado por políticas públicas que favoreceram o aumento da expectativa de vida apresenta aos planejadores urbanos novas situações e demandas. A utilização de centros de saúde por essa população é uma realidade, que realiza desde consultas médicas diagnósticas a consultas rotineiras e a retirada de medicação de uso constante. Desse modo, para garantir o acesso dessa população ao equipamento de saúde, é importante mapear a população idosa e a distância entre a demanda (idosos) e a oferta (centro de saúde). O objetivo desse trabalho é a identificação de centros de saúde que não estão bem localizados para o atendimento desse público e sugerir a criação de novos equipamentos auxiliares quando necessário, na cidade de Belo Horizonte, MG.  Para tanto, a população idosa foi mapeada através do censo demográfico realizado IBGE (2010). Após esse mapeamento, o centro médio ponderado foi calculado, e então os buffers com a distância ideal a partir da população idosa. Os resultados foram satisfatórios, uma vez que apenas 10% das áreas de abrangência analisadas apresentam a necessidade de um novo equipamento de saúde auxiliar.

Palavras-chave: População Idosa, Analise Espacial; Saúde Pública; Censo Demográfico

Abstract

Uma frase para Contexto, Problema, Justificativa e Objetivo. Duas frases para Método, resultados e Contribuição.

Keywords: no mínimo três e no máximo 5 palavras diferentes do título.

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1. Introdução[a]

O Brasil é um país jovem. Seguindo toda a historia de ocupação e de atividade humana no país enfrentamos hoje, 517 anos depois do descobrimento, o inicio do impacto que o envelhecimento populacional remete em todas as camadas sociais brasileiras. As políticas desenvolvidas pelos Estados no pós-guerra levaram a diversas melhorias nas condições de vida, trabalho e adequação social, contribuindo para o aumento cada vez maior da expectativa de vida. Em paralelo a isto, houve quedas progressivas na taxa de natalidade que podem ser associados ao maior acesso a educação, planejamento familiar e a integração da força de trabalho feminino a realidade dos países. Esses fatores somados acarretaram um impacto já percebido vários países, a  inversão demográfica da população. Sendo assim, faz-se necessárias algumas mudanças sociais para contemplar essa nova realidade.

Possuir mais de sessenta anos já caracteriza a pessoa como idosa, que adquire junto com a idade, novos direitos sociais. Estes visam assegurar ao idoso amparo de atividades físicas e intelectuais para que possam gozar de plena capacidade social e de liberdade. Desta forma, é obrigação de todos, incluindo o poder público, o total apoio e adequação das vias e serviços à população idosa, mudando o tipo de organização social para que existam ofertas de serviços e de atendimentos especiais para a proteção social. Neste quesito são implantados equipamentos de saúde, cultura e assistência social.

Este trabalho se atentará a cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Fundada há 120 anos, sofreu um crescimento populacional surpreendente chegando a um milhão de habitantes em apenas 70 anos. De acordo com o ultimo censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2010 a população já chegava a 2,3 milhões de habitantes.  Dos quais 9,3% ou, aproximadamente, 215 mil são idosos.

Como um dos direitos da população idosa é o atendimento por equipamentos públicos. É preciso considerar os idosos com especial atenção quando se der o planejamento urbano. Esse público apresenta alta demanda por equipamentos de saúde. De modo que para respeitar os seus direitos, é importante localizá-los espacialmente e traçar planos públicos que os considerem. Sendo assim, é importante realizar a análise a cerca da localização dos centros de saúde públicos municipais e a população idosa, que é seu principal demandante.  

A distância entre os Centros de Saúde e a população idosa na área de abrangência caracteriza uma dificuldade ao individuo na hora da realização de consultas médicas básicas de controle e também o acesso à medicamentos distribuídos nesses centros. Vieira (2010) diz que é importante que os técnicos dos centros de saúde conheçam os habitos da população idosa local para levantar atividade de promoção de saúde interessantes à esse público. Tais atividades visam melhorar a qualidade de vida da população idosa, porém é necessário que essas atividades ocorram em áreas de fácil acesso, ou com maior próximidade do grupo alvo. Ainda é importante o destaque de um subgrupo dessa população, a de idosos muito idosos, segundo Chaimowicz (2013) são pessoas com idade acima de 80 anos que apresentam menos independência funcional. Seja para locomoção, seja para cuidados básicos pessoais. Assim, uma unidade de sáude, próxima a maior concentração da população idosa é interessante.  

O presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise espacial a cerca da localização dos centros de saúde municipais e a população idosa das áreas de abrangência. Também é objetivo desse trabalho avaliar a pertinência da criação de um centro de saúde secundário voltado para o atendimento do público idoso.

De modo inicial, será gerado o centro médio ponderado da população idosa. Essa primeira etapa será constituida da seleção dos setores censitários (IBGE, 2010) por área de abragência dos centros de saúde. O centro médio ponderado dos setores censitários terá como ponderação a população idosa dos setores censitários. A partir do centro médio ponderado, 4 buffers de distância serão gerados, considerando 100, 200, 400 e 600m. Os centros de saúde serão identificados de acordo com a distância do centro médio da população idosa. Sendo assim, nas áreas de abrangência em que os centros de saúde apresentarem distância de 600m ou superior do centro médio da população idosa, será recomendado a instalação de outro equipamento de saúde. É importante o destaque de que o presente trabalho considera o município como um espaço limpo, sem implicações fundiárias ou de infra-estrutura viária ou predial. O resultado final é uma sugestão, que pode ou não, ser acatada pela Prefeitura de Belo Horizonte.

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