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Geografia cultural

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Por:   •  24/9/2014  •  Tese  •  1.061 Palavras (5 Páginas)  •  387 Visualizações

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Geografia cultural

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Geografia cultural é o campo da geografia humana que estuda os produtos e normas culturais e suas variações através dos espaços e dos lugares. Foca-se na descrição e análise de como as formas de linguagem, religião, artes, crenças, economia, governo, trabalho e outros fenômenos culturais variam ou permanecem constantes, de um lugar para outro e na explicação de como os humanos funcionam no espaço.1

Índice [esconder]

1 Áreas de estudo

2 História

3 Nova geografia cultural

4 Referências

5 Ver também

6 Leitura complementar

Áreas de estudo[editar | editar código-fonte]

Globalização e a cultura consumista em Jacarta.

As áreas de estudo da geografia cultural são muito amplas. Entre os muitos tópicos aplicáveis a este campo de estudo estão:

Globalização, que tem sido teorizada como explicação para a convergência cultural.2

Ocidentalização, ou outros processos semelhantes como modernização, americanização, islamização e outros.3

Teorias da hegemonia cultural ou assimilação cultural através do imperalismo cultural.

Diferenciação cultural das áreas, como um estudo das dierenças no modo de vida englobando idéias, comportamentos, linguagens, práticas, instituições e estruturas do poder e toda uma gama de práticas culturais nas áreas geográficas.4

Estudo das paisagens culturais.5 6

Outros tópicos incluem espírito de lugar, colonialismo, pós-colonialismo, internacionalismo, imigração, emigração e ecoturismo.

História[editar | editar código-fonte]

Apesar de os primeiros traços do estudo das diferentes nações e culturas da Terra serem datadas de antigos geógrafos como Ptolomeu ou Estrabão, a geografia cultural como estudo acadêmico emergiu pela primeira vez como alternativa às teorias do determinismo ambiental do início do século XX, que colocavam as pessoas e sociedades como controladas pelo ambiente no qual se desenvolviam.7 Ao invés de estudar regiões pré-determinadas baseando-se em classificações ambientais, a geografia cultural colocou seu interesse nas paisagens culturais.7 Isso foi apoiado por Carl O. Sauer (chamado de pai da geografia cultural), na Universidade da Califórnia, Berkeley. Como resultado, a geografia cultural foi dominada por escritores norte-americanos.

Sauer definiu a paisagem como unidade definitiva do estudo geográfico. Notou que culturas e sociedades não apenas se desenvolvem de suas paisagens, mas também a modelam.8 Essa interação entre a paisagem “natural” e os homens criou a “paisagem cultural”.9 O trabalho de Sauer foi muito qualitativo e descritivo e foi ultrapassado nos anos 30 pela geografia regional de Richard Hartshorne, seguida pela revolução quantitativa10 . A geografia cultural foi praticamente deixada de lado, apesar de escritores como David Lowenthal continuarem a trabalhar no conceito de paisagem.

Nos anos 70, a crítica do positivismo na geografia fez com que os geógrafos fossem além da geografia quantitativa em suas ideias. Uma das áreas revisitadas foi a geografia cultural.

Nova geografia cultural[editar | editar código-fonte]

Desde os anos 80, a “nova geografia cultural” emergiu, trazendo diversas tradições teóricas, incluindo o modelos político-econômicos Marxistas, a teoria feminista, a teoria pós-colonialismo, o pós-estruturalismo e a psicanálise.

Partindo particularmente das teorias de Michel Foucault e da performatividade, do meio acadêmico ocidental e das mais diversas influências da teoria pós-colonialista, houve um grande esforço para desconstruir a cultura para revelar as várias relações de poder. Áreas de particular interesse são a identidade política e a construção da identidade.

Exemplos de áreas de estudo incluem:

Geografia feminista;

Geografia infantil;

Algumas partes da Geografia turística;

Geografia comportamental;

Sexualidade e espaço;

Alguns desenvolvimentos recentes da Geografia política.

Alguns que trataram sobre a “nova geografia cultural” focaram sua atenção na crítica de algumas de suas idéias, por causa das visões sobre a identidade e espaço como estáticos. Seguiram-se às críticas de Foulcault feitas por outros teóricos pós-estruturalistas como Michel de Certeau e Gilles Deleuze. Nesta área, a geografia não-representacional e a pesquisa da mobilidade populacional dominaram. Outros tentaram incorporar estas críticas de volta à nova geografia cultural.

Referências

Ir para cima ↑ Jordan-Bychkov, Terry G.; Domosh, Mona; Rowntree, Lester. The human mosaic: a thematic introduction to cultural geography. New York: HarperCollinsCollegePublishers, 1994. ISBN 978-0-06-500731-2

Ir para cima ↑ Zelinsky, Wilbur (2004). "Globalization Reconsidered: The Historical Geography of Modern Western Male Attire". Journal of Cultural Geography Vol. 22.

Ir para cima ↑ Debres, Karen. (2005). "Burgers for Britain: A Cultural Geography of McDonald's UK". Journal of Cultural Geography Vol. 22.

Ir para cima ↑ Jones, Richard C.; 2006; Cultural Diversity in a “Bi-Cultural” City: Factors in the Location of Ancestry Groups in San Antonio; Journal of Cultural Geography

Ir para cima ↑ Sinha, Amita; 2006; Cultural Landscape of Pavagadh: The Abode of Mother Goddess Kalika; Journal of Cultural Geography

Ir para cima ↑ Kuhlken, Robert; 2002; Intensive Agricultural Landscapes of Oceania; Journal of Cultural Geography

↑ Ir para: a b Peet, Richard; 1998; Modern Geographical Thought; Blackwell

Ir para cima ↑ Sauer, Carl; 1925; The Morphology of Landscape

Ir para cima ↑

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