História geológica do cenozóico na bacia amazônica
Resenha: História geológica do cenozóico na bacia amazônica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: giovannisousa65 • 4/11/2014 • Resenha • 438 Palavras (2 Páginas) • 393 Visualizações
NTRUDUÇÃO: A história geológica do Cenozóico na Bacia do Amazonas ainda é pouco conhecida. Após
a idade cretácea ter sido estendida também para os depósitos mais jovens da Bacia do Amazonas, somente a
partir do início deste século depósitos cenozóicos foram descritos localmente nos terraços dos rios Solimões
e Amazonas (Rozo et al. 2005). A análise estratigráfica da região centro-oeste da Bacia do Amazonas, entre
as cidades de Manacapuru e Itacoatiara, Estado do Amazonas (Fig. 1), permitiu individualizar duas unidades
cenozóicas, as formações Iranduba e Novo Remanso, que registram a história miocena-pleistocena do
sistema fluvial Amazonas. Ambas as unidades sobrepõem-se aos depósitos siliciclásticos cretáceos da
Formação Alter do Chão (Superfície 1 - S1), são separadas por paleossolos lateríticos (Superfícies 2 e 3 - S2,
S3) e recobertas por sedimentos quaternários. UNIDADES ESTRATIGRAFICAS: A Formação Iranduba é caracterizada por arenitos médios a grossos,
mal selecionados, de coloração avermelhada, com estratificações cruzadas acanalada, tabular e estratificação
inclinada longitudinal, bem como intercalações de pelito. Traços endicniais (Taenidium) e marcas de raízes
ocorrem nos topos de ciclos granodecrescentes ascendentes. A Formação Novo Remanso, com seção tipo na
localidade Novo Remanso (Rozo et al., 2005), caracteriza-se por camadas de arenitos ferruginosos grossos e
arenitos finos a médios com estratificação cruzada incipiente, e pelitos subordinados. Na localidade de Pedral, esta unidade se encontra melhor preservada e exibe estratificação inclinada heterolítica com níveis de
argila cinza, rica em detritos orgânicos e palinomorfos do Mioceno Médio a Superior (presença de
Grinsdalea magnaclavata; Dino et al., 2006). Lenhos fossilizados por goetita ou como moldes
ferruginizados ocorrem localmente. Em geral, a Formação Novo Remanso encontra-se intemperizada, com
coloração esbranquiçada, aspecto predominantemente maciço, caulinizada e ferruginizada, sendo delimitada
na base e no topo por crostas lateríticas (Fig. 2). Estas unidades são interpretadas como produtos de planície
de inundação e canais fluviais relacionados a um sistema fluvial meandrante. GEOCRONOLOGIA: As datações de zircões detríticos, usando 61 grãos para Formação Iranduba e 41
grãos para Formação Novo Remanso revelam a predominância de idades transamazônicas (1465 ± 51 Ma,
1343 ± 49 Ma –Formação Iranduba e 1904 ± 7 Ma, 1.910 ± 7 Ma – Formação Novo Remanso). Essas idades
são tipicamente da Província Ventuari-Tapajós do Cráton Amazônico e não de fontes andinas (Fig. 3; Mapes
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