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Dia das mães

Personagens :

Mãe, Patrícia, Bernardo, Vinícius, Thaís, Amiga 1, Amiga 2, Amiga 3, Amiga 4, Médica, Amigo 1, Amigo 2, Vizinha 1, Vizinha 2, Vizinha 3, Vizinha 4.

Narrador : Essa história retrata a vida de uma mulher, Lúcia, que depois de perder o marido, que a tratava tão mal e era agressivo com ela, teve que suar, e batalhar duro para criar seus filhos : Patrícia, Bernardo e Vinícius. Todos a tratavam mal. Nenhum reconhecia o esforço que a sua mãe fazia para eles. Certo dia, Lúcia, como de costume, prepara o café da manhã dos filhos para ir ao trabalho, às 4 horas da manhã. De repente, ela encontra um recado sobre a mesa do diretor do colégio de sua filha Patrícia, alertando o atraso da mensalidade e pedindo o dinheiro urgentemente e que ela levasse em até 12 horas. Ela vai para o trabalho preocupada, pois não sabia como pagar a mensalidade, depois de tantas contas que teve que pagar.

Mãe : Não tenho a mínima ideia de como vou pagar isso, não posso tirar minha filha do colégio, ela teria ódio de mim.

Narrador : Ela reclama com sua amiga de trabalho.

Thaís (sua amiga de trabalho) : Eu posso arrumar um jeito de te emprestar algum dinheiro, mas preciso do dinheiro daqui duas semanas, porque também estou apertada em casa.

Narrador : Elas seguem para o trabalho, enquanto Patrícia acorda, se arruma e diz para Bernardo.

Patrícia : Estou indo pro colégio, Bernardo. Quando minha mãe chegar, diga a ela para levar o dinheiro o mais rápido possível e para não me cumprimentar perto de meus amigos.

Bernardo : E se eu não quiser?

Patrícia : Faça o que eu tô mandando, seu imbecil.

Bernardo : Quem você pensa que é pra falar assim comigo?

Narrador : Vinícius acorda com a discussão e corre para ver o que está acontecendo.

Vinícius : O que que tá acontecendo aqui? Nem dormir eu posso mais?

Patrícia : Ah, tô indo, tchau!

Bernardo : Vai logo, pati!

Narrador : Na hora do almoço, Lúcia vai até a escola para pagar a tal mensalidade. Ela passa pelos fundos de costume, para não causar vergonha em sua filha, mas ela não acha a sala do diretor e resolve ir até a sala de sua filha para que ela a leve até lá. Patrícia estava em um grupo conversando com as amigas e sua mãe a chama.

Mãe : Filha!!!

Narrador : Patrícia finge que não escuta e a esnoba. As amigas comentam.

Amiga 1 : Quem é aquela?

Amiga 2 : Ela parece a faxineira da escola.

Amiga 3 : Deve ser mesmo.

Amiga 4 : Olha como ela está descabelada.

Narrador : Patrícia se envergonha e uma de suas amigas a questiona.

Amiga 2 : Por que você enrubesceu?

Patrícia : Nada, só me lembrei de uma coisa. Tenho que ir agora, depois conversamos mais.

Narrador : Patrícia vai em busca de sua mãe, quando a encontra, a puxa pelo braço e diz.

Patrícia : O que você pensa que está fazendo aqui? Esqueceu do que eu te lembro sempre?

Mãe : Eu não te entendo, filha. Por que você faz isso comigo?

Patrícia : Quer mesmo que eu diga? Eu tenho vergonha de você. Será que você nunca percebeu isso?

Narrador : A mãe, decepcionada com o que acabou de ouvir de sua filha, sai chorando. E sua filha, nem se importa com o desespero da mãe e volta a conversar com suas amigas, fingindo que nada aconteceu. Lúcia vai direto para casa. Vinícius estava com seus amigos que sua mãe considerava má influência.

Vinícius : E aê, mano! Tudo na paz?

Amigo 1 : E aê, mano. Tô de boa. Tá ligado na parada lá? O chefão quer o dinheiro até amanhã, senão, você já era.

Amigo 2 : Dá um jeitinho aê, mano. O cara lá tá irritado demais, e falou que se tu não entregar o dinheiro da parada, vai fazer um trabalhinho com você.

Vinícius : Tá bom, fala com ele que até amanhã eu entrego o dinheiro.

Narrador : Ele sai e vai ao encontro de sua mãe.

Vinícius : Veia, descola uma grana aê pra mim, hoje.

Mãe : Não tenho dinheiro.

Bernardo : Essa veia nunca tem dinheiro, nem pra isso ela presta.

Mãe : Não é isso, filho. Tive que pagar a mensalidade do colégio da Patrícia com o dinheiro emprestado.

Vinícius : Problema seu. Se vira!

Narrador : Vinícius sai e deixa Bernardo e sua mãe conversando.

Mãe : Por que você sempre faz isso comigo, filho?

Bernardo : Você não presta pra nada. É uma vagabunda. (segurando no braço dela forte, e ela começa a passar mal.)

Mãe : Não estou me sentindo bem, me ajuda.

Bernardo : Para de fazer cena, velha. Acha que eu vou acreditar nessa ceninha boba?

Narrador : Bernardo sai e deixa a mãe jogada no chão. No dia seguinte, Lúcia resolve ir ao médico para ver o que havia acontecido.

Médica : Olá, bom dia!

Mãe : Oi, tudo bem? Vim me consultar porque não estou me sentindo bem, e já faz muito tempo. Vim só agora porque não tenho tempo para nada.

Médica : E o que você vem sentindo durante todo esse tempo?

Mãe : Sinto fraquezas, tontura e na última semana, percebi que ao tossir, está saindo muito sangue.

Médica : Você sente febres e suores noturnos?

Mãe : Sim.

Médica : Sensação de fraqueza e de cansaço?

Mãe : Também.

Médica : Dor nos ossos e articulações?

Mãe