Licenciatura Geografia
Por: Marcelo Molina • 17/5/2016 • Trabalho acadêmico • 4.311 Palavras (18 Páginas) • 511 Visualizações
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LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA (PE:ID)
POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1
REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS
MARCELO MISAEL MOLINA RA: 1613045
MARÍLIA-SP
2016
SUMÁRIO
1.REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS
1.1 Educação? Educações: aprender com o índio
1.2 O fax do Nirso
1.3 A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo)
1.4. Uma pescaria inesquecível
1.5 A Folha Amassada
1.6 A Lição dos Gansos
1.7 Assembleia na Carpintaria
1.8 Colheres de Cabo Comprido
1.9. Faça parte dos 5%
1.10 O Homem e o Mundo
1.11 Professores Reflexivos
1.12 Um Sonho Impossível?
1.13 Pipocas da Vida
1.REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS
1.1 Educação? Educações: aprender com o índio
O texto “Educação? Educações: aprender com o índio” nos possibilita uma reflexão sobre as diferentes formas de educação que cada cultura é capaz de gerar. No início do texto temos a carta que foi envidada aos governantes americanos, pelos chefes indígenas que rejeitavam a tentativa de levarem seus jovens para serem educados no sistema de ensino da colônia dominante. Estes rejeitam a oferta, pois em sua visão a educação passada por sua tribo é muito mais útil para garantir a sobrevivência no meio em que eles vivem, sendo esta uma bagagem de aprendizados que segundo os índios transforma seus jovens em homens, devido ao fato de aprenderem como viver diante das necessidades de uma aldeia, considerando por tanto os conhecimentos oferecidos pelos governantes dos Estados Unidos inúteis, pela falta de aplicabilidade na cultura do povo indígena.
Ao estudarmos as diferentes formas de educação devemos ter como ponto de partida a formação cultural de cada sociedade, Kemp (2011, p. 9) afirma que:
Desde o surgimento de nossa espécie no planeta, temos observado que o ser humano surpreende por suas capacidades de inteligência, de organização social e de adaptação em diferentes ambientes naturais. Essa diferença em relação às outras espécies foi garantida pelo desenvolvimento de nossas habilidades sociais e culturais.
Tendo como base que a capacidade de inteligência, organização social e a adaptação em diferentes ambientes naturais são fatores responsáveis pelo nosso desenvolvimento social e cultural, pode-se dizer que as diferentes formas de educação e aprendizagem surgem a partir da necessidade de adaptação ao meio, e gera conhecimentos necessários para compreender e atuar em determinada sociedade. No caso do povo indígena os conhecimentos obtidos por eles durante a formação de sua cultura, tomaram rumos diferentes na compreensão da Terra e de como se relacionar com o meio ambiente, entre os indivíduos e de como conseguir seus alimentos através da caça, pesca e agricultura, criando hábitos diferentes de uma sociedade industrializada. Ao oferecer educar os jovens indígenas os governantes, no ponto de vista deles poderiam estar “educando” de acordo com seus princípios culturais, porem de um ponto de vista dos índios, isso seria um ato de “deseducar” pois tais conhecimentos não seriam aplicáveis para a tribo.
Trazendo o texto para os dias atuais, podemos usá-lo para o levantamento de inúmeras problemáticas no campo educacional, uma das questões que vem sendo debatidas ao longo dos anos é a diferença entre os sistemas educacionais de escolas públicas e privadas. Com o avanço tecnológico e o uso da informática na educação, abre-se uma possibilidade enorme de acesso a conteúdo e informação que contribuem para o aprendizado. No entanto, é de conhecimento que a maioria das escolas públicas brasileiras não possui condições para incluir crianças e jovens dentro desta nova era tecnológica (DUBET, 2003). Com base nesses fatos pode-se concluir que mesmo em um mundo informatizado os jovens que terão acesso à tecnologia de qualidade são aqueles que estão inclusos em um sistema de ensino privado, que grande parte da elite tem acesso, gerando cada vez mais uma divisão social na maneira de como a educação é aplicada na sociedade capitalista.
1.2 O fax do Nirso
A sociedade brasileira vem passando ao longo dos anos por um desenvolvimento de aspectos econômicos, políticos, tecnológicos e sociais, esses avanços podem ser atribuídos ao grande crescimento da globalização ao redor do mundo, porem devido a um crescimento rápido, onde um de seus pontos principais é o capital, diversas áreas acabam por investir em na qualidade de seus produtos e não de seus funcionários. O mercado financeiro está sempre em constante movimento, e em um mundo onde o dinheiro tem papel decisivos nas relações humanas, os aspectos educacionais acabam ficando em segundo plano. De acordo com OLIVEIRA; ALMEIDA (2006, P.156):
O mundo está passando por um processo acelerado de transformação, que se manifesta na mudança de diversos aspectos estruturais, acionada pela globalização da economia, da política, da sociedade, da cultura, das institui- ções e do meio ambiente. Globaliza-se de forma excludente e sem precedentes, afirmando o ideário neoliberal. Associados à globalização estão o desenvolvimento rápido da ciência e da tecnologia, a emergência da sociedade do conhecimento e a nova estrutura de trabalho e desemprego estrutural
Com base nas afirmações das autoras pode-se dizer que a globalização contribui para uma nova estrutura de trabalho onde os indivíduos por necessidades geradas pelo capitalismo, necessitam de uma inclusão rápida no mercado de trabalho para acompanharem o ritmo acelerado da globalização e da necessidade de consumo. Essa inclusão é o oferecimento de uma mão-de-obra imediatista para empresas que precisam de funcionários executando funções sem necessidade de formação superior. Surge, portanto, um ciclo onde os jovens que não tem acesso a uma educação de qualidade, e precisam trabalhar para ajudar na renda da família, acabam introduzindo ao mercado de trabalho muito cedo, e por consequência diminuem sua frequência nas escolas, ou acabam abandonando os estudos devido aos obstáculos sociais que surgem em seu meio de vida.
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