Livro: Por uma Outra Globalização - Milton Santos
Por: Thaís Carol • 7/5/2017 • Resenha • 841 Palavras (4 Páginas) • 1.049 Visualizações
Resumo: Capitulo 3 - Subtítulo 10
10 . Da Política dos Estados à politica das empresas
No começo dos tempos os laços entre território, politica, economia, cultura e linguagem eram transparentes. Nas sociedades ditas como "primitivas", não existia intermediações. Poderíamos considerar uma territorialidade genuína. Politica, economia, cultura, território e linguagem estavam intimamente relacionadas.
Criava-se então um sentido de identidade relacionado ao espaço geográfico, mantendo sempre a mesma politica de poder, de território, de economia, de cultura e da linguagem, paralelamente ligando a ideia de comunidade, em um contexto limitado de espaço.
Sistemas técnicos, sistemas filosóficos.
No século XVIII, surgiu as novas técnicas de maquinas, que posteriormente vão sendo incorporadas ao solo, facilitando o trabalho e proporcionando ao homem um esforço reduzido quanto ao trabalho, comunicação e transportes. Alterando assim, as relações entre os países e os indivíduos da sociedade.
Ainda no século XVIII, ocorreram dois fatos muito importantes. Primeiro a produção técnica das maquinas, que ressignificaram o trabalho e o capital, deu-se novo sentido aos territórios, permitindo novos horizontes para a humanidade. O esforço de criar uma vida social e individual, as novas concepções filosóficas sobre o homem tomariam forças politicas. Este é o outro lado importante.
No mesmo século, produziu-se a Revolução Francesa e a Revolução Americana, em resposta aos pensamentos filosóficos. Se a linha de pensamento que desencadeou as revoluções tivessem sido entregues nas mãos do capitalismo, o mundo teria tomado um rumo diferente. Mas, o contrario é que foi estabelecido a ilusão de enriquecimento moral do individuo. Chamando o indivíduo e a coletividade a criarem e enriquecer, juntos. Buscando de algum modo a democracia por intermédio do Estado Nacional, de Direito e do Estado Social, e também a cidadania plena. De certo modo, essa cidadania nunca chegou a ser plena, quase chegando a ser firmado em diversos países após a Segunda Guerra Mundial, nos chamados 30 anos gloriosos.
Tecnociências, globalização e historia sem sentido
É irônico quando vamos recordar os séculos anteriores ao inicio da globalização, pois há uma ruptura da evolução social e moral, e finalmente quando o processo técnico alcança um nível superior, mostra-se a serviço do capital e não da humanidade. A globalização em si, mata a noção inicial de humanização, devolvendo ao homem uma condição egoísta e primitiva de "cada um por si". Reduzindo também a noção de moralidade publica e particular a quase nada.
Atualmente, o crescente fortalecimento do casamento entre, ciência e técnica, faz com que a ciência passe a produzir frequentemente aquilo que tem mais interesse de mercado, e não mais de interesse humanitário. Transformando o conhecimento e a produção, tecnocientífico de modo geral imoral.
Um dos lados da globalização, mostra-se na produção da materialidade, ou seja, condições materiais que dão base para uma produção econômica, dos transportes e também das comunicações. Existe também, um segundo lado que, amplia e cria novas relações sócias entre os países, classes e pessoas. Criando duas colinas de alicerce centrais, uma sendo o dinheiro
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