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Mapeamento do processo histórico de expansão urbana do município de Goiânia-GO.

Por:   •  26/6/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  526 Palavras (3 Páginas)  •  357 Visualizações

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Nascimento, D. T. F.; Oliveira, I. J. de.  Mapeamento do processo histórico de expansão urbana do município de Goiânia-GO. GEOgraphia, v. 17, n. 34, p. 141-167, 2015. (ISSN 15177793)

O município de Goiânia sofreu um processo de crescimento urbano intenso desde sua criação nos anos de 1930. Tais processos levaram ao longo do tempo ao desornamento territorial daquilo que se havia planejado para a criação da cidade. Buscando compreender essa dinâmica espacial, Nascimento e Oliveira (2015) desenvolveu o trabalho objetivando analisar com o auxílio da cartografia o crescimento urbano através do processo histórico da expansão urbana de Goiânia utilizando-se de levantamento documental dos aspectos legais que regulamentasse o crescimento urbano como planos diretores e leis de parcelamento e uso do solo. A fase de mapeamento envolveu a utilização de imagens do satélite Landsat 5 no período de 1980 a 2010 com intervalos de aproximadamente 5 anos entre o imageamento das cenas, adotando-se o procedimento de classificação digital supervisionada resultando nas classes área urbana, agropecuária, cobertura vegetal e corpos hídricos. A concepção do primeiro plano diretor em 1933 e sua reformulação em 1938 contribuíram para o planejamento de Goiânia indicando e definindo etapas de expansão da cidade em setores, porém encontrando restrições físicas para a expansão e implantação de loteamento em um dos setores. A partir deste período, outras restrições como a presença de mananciais, o relevo acentuado, a instalação de uma Rede Ferroviária, da Rodovia BR- 153 atuaram como obstáculo para a expansão urbana. Em 1947 com a aprovação do Código de edificações de Goiânia que permitia novos loteamentos por parte da iniciativa privada causou um avanço acelerado do crescimento da cidade, se tornando um período onde o Estado perde o controle e a exclusividade sobre o uso do solo multiplicando a criação de loteamento irregulares entre a década de 1960 e 1970. Entre 1970 e 1980 o rápido crescimento da população faz com que nesse mesmo período se inicie um processo de verticalização da cidade, sem qualquer critério urbanístico. O Plano de Desenvolvimento Integrado Urbanístico de Goiânia (PDIG) criado em 1971 e reformulado em 1992 orientou a ordenação do território em consonância com a preservação dos recursos ambientais, ocupação dos vazios urbanos entre outras ações que cumprisse o papel de função social da propriedade urbana. Em 1993 foi elaborada a Carta de Risco de Goiânia com base nos dados do relevo, dos solos, da geologia, da geomorfologia, da declividade, da vegetação, da susceptibilidade à incidência de processos erosivos, assoreamento, desmoronamentos e deslizamentos e das formas de ocupação o que possibilitou a determinação de áreas aptas a ocupação urbana, assim como indicou áreas impróprias a ocupação urbana. Assim, com o levantamento histórico dos planos diretores e do mapeamento do uso e ocupação do município somado a elaboração dos vetores de crescimento urbano possibilitou identificar o processo de consolidação de determinados setores da cidade como também o processo de preenchimento dos vazios intraurbanos justificando que não somente as barreiras fisiográficas atuaram como obstáculo para o crescimento urbano, mas também as políticas públicas direcionaram ou ofereceram meios para que os promotores imobiliários da iniciativa privada pudessem direcionar o processo de ocupação livremente sem o controle regulativo do Estado.

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