NÓS FAMILIA HUMANIDADE
Exames: NÓS FAMILIA HUMANIDADE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: adaobenedito • 3/12/2013 • 2.778 Palavras (12 Páginas) • 245 Visualizações
Nós, será que somos mais instintos? Será que somos mais sentimentos? Na evolução da natureza, até chegarmos aqui, precisou que se travasse grandes batalhas na luta pela sobrevivência.
Há 4 bilhões de anos, eram as moléculas de carbono que aprenderam a fazer cópias de si mesmas. Cerca de 100 milhões de anos depois, surgiam as moléculas com uma armadura de proteína. Eram as primeiras células que dariam origem a tudo o que existe de vivo hoje.
Num dia qualquer, há pouco mais de 2 bilhões de anos, uma célula bacteriana entrou em outra. Foi o princípio de um casamento douradouro e feliz. A invasora, uma célula bacteriana passou a funcionar como um turbo para a célula invadida fornecendo energia em quantidades colossais. Deu tão certo que até hoje elas vivem juntas: Todas as células de plantas e animais são formadas por esse par (eucariontes ).
Calma, vocês não devem estar entendendo nada, isso não é uma aula de biologia, é somente o começo de uma viagem com destino ao desconhecido.
No começo, um acidente da natureza, uma molécula começou a se replicar, sugando matéria orgânica do ambiente para produzir cópias dela mesma, não havia nada que pudesse conter o apetite da monstruosa molécula.
Aliás, comida é o que se tinha nesse oceano primitivo, bastava pescar nutrientes na água. Mas teve um problema, nem sempre essas réplicas saíam perfeitas, surgiam aberrações aqui outras ali, um a cada milhão de cópias, mas tempo era o que não faltava nesse mundo, e eles foram se acumulando, mais e mais. Só que algumas dessas réplicas nasciam com uma mutação que as fazia se multiplicar mais em menos tempo, e não demorou para que esses mutantes férteis dominassem o mar.
Só isso já era uma seleção natural, como diria Charles Darwin , mas aconteceu o inevitável, o mundo ficou pequeno para tantos replicadores, e os ingredientes de que eles precisavam para fazer suas cópias rarearam, era a primeira crise de fome do planeta.
A saída? Ir para a briga. E foi aí que provavelmente surgiu uma mutação inédita, que permitia a algumas moléculas comer outros replicadores, assim, eles conseguiam eficiência total, arranjaram comida e eliminavam os rivais ao mesmo tempo.
Com o tempo, novamente surgiam outras mutações que davam as moléculas uma capa protetora natural, com essa armadura, dava para comer os rivais sem o risco de ser comido. Nasciam as primeiras células do mundo. Essas células protegidas passaram a não apenas existir, e começaram a fazer contêiners para eles, veículos para que pudessem continuar vivos. Depois, não demorou em surgir células mais terríveis, com capacidade de juntar forças com outras células e atacar unidas, fazendo cópias de si mesmas numa tacada só, era o surgimento dos primeiros seres multicelulares.
E daí não parou, cada vez mais complexos, com diferentes funções, simplesmente para operar sua máquina de sobrevivência. O progresso nunca parou desde então, e hoje, boa parte desses replicadores vive em robôs imensos feitos de milhares de trilhões de células. Agora, os chamados de genes, estão dentro de nós, e acreditem, nós somos sua máquina de sobrevivência .
Agora, vamos viajar no tempo, mais precisamente em 1862. Falamos inicialmente se nós éramos mais instintos ou mais sentimentos. Fruto dessa luta incessante pela sobrevivência de desejarmos sempre chegar ao topo custe o que custar, e por vezes sem nos preocupar com quem está ao nosso lado, nos perguntamos, como transpor o instinto? Todos ambicionam chegar ao topo de alguma coisa. Uns querem chegar ao topo da fama; Outros da realização profissional, da hierarquia acadêmica, do poder financeiro, da qualidade de vida, mas qual sentimento poderia nos fazer refletir sobre os nossos deveres, sobre as nossas obrigações, sobre os nossos limites e até onde e como chegar ao nosso objetivo? É o amor.
Uma consciência amiga, chamado de Lázaro, em Paris , assim nos explicou:
“O amor é o sentimento que acima de tudo resume, de forma completa, a doutrina de Jesus Cristo, e os sentimentos são os instintos que se elevam de acordo com o progresso realizado. Na sua origem, o homem possui instintos; mais avançado e corrompido, possui sensações; mais instruído e purificado, possui sentimentos. No ponto mais delicado e evoluído dos seus sentimentos, surge o amor, não o amor no sentido vulgar da palavra, mas sim o sol interior que condensa e reúne em seu foco ardente todos os anseios e todas as sublimes revelações. A lei de amor substitui o individualismo pela integração das criaturas e acaba com as misérias sociais. Feliz daquele que, no decorrer de sua vida, ama amplamente seus irmãos em sofrimento! Feliz daquele que ama, pois não conhece nem a angústia da alma, nem a do corpo. Seus pés são leves e vive como se estivesse transportado fora de si mesmo.
Disse-lhes eu que, na sua origem, o homem possuía apenas instintos, e aquele em que os instintos dominam está mais próximo do ponto de partida do que da chegada. Para alcançar a meta a que o homem se destina, é preciso vencer os instintos aperfeiçoando os sentimentos, ou seja, melhorando-os, sufocando os germens latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões dos sentimentos e trazem consigo o progresso, assim como a semente contém em si a árvore. Os seres menos avançados são aqueles que, libertando-se pouco a pouco de sua crisálida, estão escravizados aos seus instintos. O Espírito deve ser cultivado como um campo. Toda riqueza futura depende do trabalho atual e, mais do que os bens terrenos, ele vos levará à gloriosa elevação. É então que, entendendo a lei de amor que une todos os seres, encontrareis os suaves prazeres da alma, que são o início das alegrias celestes”.
A Bíblia com certeza é o livro, no mundo ocidental, que mais tem citações referentes ao amor, mas é Paulo de Tarso , apóstolo dos gentios, na epístola aos coríntios , que assim resume esse sentimento com um verdadeiro poema :
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta
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