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O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Por:   •  5/5/2021  •  Resenha  •  1.056 Palavras (5 Páginas)  •  144 Visualizações

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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O Homo sapiens além de usar a água para manutenção de suas funções vitais utiliza os recursos naturais para um extenso conjunto de atividades, tais como a produção de energia, produção agrícola, transportes, desenvolvimento industrial e econômico (TUNDISI, 2003).

Desde os primórdios de sua história o homem instalou-se e desenvolveu-se a margem dos cursos d’água. E ali as primeiras sociedades constituíram-se. Com o desenvolvimento da agricultura cada vez mais havia necessidade de locais de terras férteis para a continuidade da atividade. Tal fertilidade natural era encontrada próximo aos rios. Pouco a pouco a atividade agrícola de caráter de subsistência foi substituída pela grande produção em detrimento da expansão do comércio. Esse cenário foi o pilar principal para o surgimento dos primeiros aglomerados humanos quem originaram as primeiras cidades (REBOUÇAS, 2002).

Com o advento da industrialização, processo iniciado na Inglaterra no século XVIII, novas formas de produção foram descobertas e expandidas, objetivando maior agilidade e aprimoramento dos produtos, com vistas em lucros maiores (essência da lógica capitalista). Conforme o desenvolvimento do espaço urbano e o crescimento da população aumentaram-se as necessidades de consumo. As indústrias cresceram consideravelmente em número, áreas de atuação e variedade de produtos. Entretanto, a disciplina e a preocupação com o meio ambiente não se fizeram presentes durante esse momento, ocasionando os primeiros problemas ambientais de grandes dimensões (LUCCI; BRANCO; MENDONÇA, 2006).

De acordo com Bernardes e Ferreira (2003) a compreensão tradicional das relações entre a sociedade e a natureza desenvolvidas até o século XIX, vinculadas ao processo de produção capitalista, considerava o homem e a natureza como polos excludentes, tendo subjacente a concepção de uma natureza objeto, fonte ilimitada de recursos à disposição do homem. Até então se acreditava que o crescimento econômico não tinha limitantes e que o real desenvolvimento significava dominar a natureza.

Essa concepção começou a ser questionada apenas a partir da segunda metade do século XVIII. Entretanto, somente após a Segunda Guerra Mundial, principalmente a partir da década de 1960, os problemas ambientais começaram a ser encarados com seriedade. Pautada na necessidade de se elegerem novos valores e paradigmas capazes de romper a ideia dicotômica de sociedade/natureza, a chamada “revolução ambiental” caracterizou-se como um dos mais importantes movimentos sociais dos últimos anos buscando significativas transformações no comportamento da sociedade e na organização política e econômica (CUNHA; GUERRA, 2003).

A partir desse momento surgiram instituições e movimentos ecológicos com fins variados, tendo em comum a defesa da vida. Esses esforços geraram mudanças nas posturas das empresas e de governos, os quais passaram a criar legislações de proteção ambiental e a incluir o estudo da Ecologia (e áreas afins) nos instrumentos educacionais. Dentre essas iniciativas pode-se citar como exemplo a Conferencia de Estocolmo, em 1972, a Rio 92, no Rio de Janeiro em 1992, e a Rio+10, ocorrida em Johannesburgo em 2002.

Através das discussões começa a tomar forma o conceito de desenvolvimento sustentável, apresentado pela primeira vez em 1987, em Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O desenvolvimento sustentável parte do princípio de que o atendimento às necessidades básicas das populações, no presente, não deve comprometer os padrões de vida das gerações futuras. A utilização de recursos deve ocorrer de acordo com a capacidade de reposição da natureza, de modo que o crescimento econômico não comprometa os ecossistemas e possa, ao mesmo passo, equacionar os problemas sociais (ALMEIDA; RIGOLIN, 2016).

No entanto, apesar de um maior entendimento e sensibilidade para com as questões ambientais, pouco foi o retorno obtido quando comparado ao dano efetivado em prol do desenvolvimento econômico dos países. Fatores como a poluição, o desmatamento provocado pela extração ilegal da madeira, a contaminação dos recursos hídricos pelo descarte mal efetivado de dejetos, dentre outros, foram responsáveis por interferir no mecanismo de manutenção da vida dos seres vivos e alterações no regime climático, ocasionando diversos impactos sobre as diversas esferas da sociedade a nível global.

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