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O Estudo do Ambiente Térmico Superficial de Pinhal Litoral

Por:   •  3/12/2022  •  Relatório de pesquisa  •  1.779 Palavras (8 Páginas)  •  95 Visualizações

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Relatório do trabalho prático 4

Determinação do coeficiente de escoamento de Pinhal Litoral

Alunos:

Daniela Sofia Ribeiro Martins n.º 202103872

 Diogo Francisco Gonçalves Oliveira  nº 202105672

Filipa Manuela Santos Franco n.º202106367

José Francisco Azevedo Cabral n.º 202106821

Liliana Sofia Santos Silva nº 202108550

  1. Introdução

O escoamento é composto pela escorrência superficial e subterrânea, que variam consoante a existência de vários fatores, nomeadamente, litológicos, cobertura vegetal, textura do solo, declividade e impermeabilização do solo entre outros.

Também a ação humana nas bacias hidrográficas se faz sentir, não só sobre algumas das características da bacia, mas essencialmente sobre a rede de drenagem, da vegetação e dos solos (Ramos, 2005).

Posto isto, torna-se fundamental uma avaliação da relação da cobertura/uso do solo, do declive e da textura dos solos com o escoamento, para melhor compreender a área de estudo de Pinhal Litoral. Deste modo, vamos fazer uma caracterização hidrogeológica da bacia hidrográfica de Pinhal Litoral, através de mapas de declive da textura do solo e do coeficiente de escoamento;  a avaliação do coeficiente de escoamento na bacia hidrográfica em estudo; e por fim discutir as condições para a ocorrência de cheias rápidas ou progressivas, tendo por base os mapas anteriores.       

       

  1. Caracterização da ocupação ou uso do solo na bacia hidrográfica de Pinhal Litoral

[pic 1]

[pic 2]

De forma a concluir a caracterização da ocupação do solo da bacia hidrográfica pertencente à “NUT III Pinhal Litoral”, foi inserida a “shapefile” das bacias hidrográficas nas diversas NUTS III no “ArcMap”, de seguida selecionamos a nossa bacia hidrográfica e através do “export data” extraímos a informação sobre a bacia hidrográfica a tratar.  Posteriormente acrescentamos a shapefile “cos_2018” a nível nacional, que consequentemente foi recortada pela bacia hidrográfica e representada através do “campo” do uso e ocupação do solo.

Como podemos verificar no mapa n.º1, no Sul da bacia hidrográfica de Pinhal Litoral é ocupado essencialmente por matos, floresta e pastagens, no entanto, existem algumas áreas de agricultura e de territórios artificializados. Já no centro, onde se encontra a Batalha e no Sul de Leiria, predomina a agricultura, seguindo-se de território artificializado e em menor quantidade florestas.

No centro e Norte da bacia hidrográfica  dominam as florestas, territórios artificializados e alguns espaços de agricultura.

De modo geral, sobressaem os espaços florestais e matos que por norma, promovem eficazmente a infiltração da água, contribuindo para o aumento das reservas hídricas subterrâneas e consequentemente, para o escoamento de base dos cursos de água, favorecendo as cheias progressivas nos períodos prolongados de precipitação, quando os solos se encontram saturados. Já o escoamento superficial, tem maior probabilidade de ocorrer em áreas de forte impermeabilização (territórios artificializados), em que os caudais estão disponíveis imediatamente e exclusivamente para o escoamento superficial, desenvolvendo picos de cheias quase instantâneos conferindo ao mesmo tempo um caráter de elevada irregularidade ao curso de água (Ferreira, 2010). Todavia, como podemos verificar no mapa, não existe nenhuma massa de água superficial, o que se justifica pela presença de maciços calcários, que têm dificuldade em reter a água superficialmente, dada a sua alta permeabilidade.

De salientar ainda que o alargamento ou estreitamento dos canais de escoamento, acaba por impermeabilizar os solos com o aumento das áreas construídas, desflorestando ou florestando vastas áreas, alargando perímetros de rega, mas também sobre o próprio escoamento, sobre explorado ou recarregado artificialmente aquíferos, travando e regularizando o escoamento através de barragens, de tal forma que pode modificar completamente o regime hidrológico das bacias hidrográficas (Ramos, 2005).

  1. Caracterizar os declives e a textura do solo na bacia hidrográfica de Pinhal Litoral

3.1 Mapa de Declives

De modo a proceder à demonstração do declive na NUT III do Pinhal Litoral, foram inseridas no “ArcMap” as "shapefiles" da bacia hidrográfica do “Pinhal Litoral” e do “declive”. Procedemos à extração da informação referente à área tratada através da ferramenta “extract by mask” e reclassificamos as classes conforme nos foi cedido pela docente: 0-3%; 3-5%; 5-8%; 8-12%; 12-16%; 16-25%; >25%. De seguida, de modo a contextualizar o declive com as linhas de água inserimos a “shapefile” da “rede hidrográfica”.

No mapa n.º2 verifica-se que o Sul da bacia hidrográfica é onde se encontram as áreas com maior declividade (superior a 18%), seguindo-se de Leste, onde  para além de se observar uma superfície declivosa, observam-se grandes variações. As áreas de maior inclinação têm por norma menor infiltração, logo o volume de água e velocidade atingida pela escorrência superficial vão ser maiores, favorecendo a ocorrência de cheias repentinas.

A inclinação começa a diminuir a partir da superfície central até Oeste. Predominando no Centro, Oeste e Norte declives entre os 16-25% (declive acentuado) e 3-5% (relevo suave), com pequenos contrastes de maior declive. As classes de baixos declives sobressaem essencialmente no setor setentrional e Oeste da bacia hidrográfica. Saliente-se, contudo, que a bacia hidrográfica tem grandes desnivelamentos, ou seja, uma grande mesclarem de declives.

       [pic 3][pic 4]

                             

         3.2 Mapa de Textura

Com o objetivo de caracterizar a textura do solo na bacia hidrográfica pertencente à NUT III Pinhal Litoral, inserimos no “ArcMap” as “shapefiles” da bacia hidrográfica e da “textura” e de seguida utilizando o “extract by mask” extraímos a informação necessária relativa à área tratada ilustrando-a no mapa pelo campo da “descrição”.

No mapa n.º3 verifica-se claramente a existência de quatro texturas, havendo um enorme contraste entre o Norte e o Sul da bacia, em que no Norte  e centro oeste, predominam as partículas grosseiras e em menor quantidade, as medianas, finas e sem solo, onde as partículas grosseiras possibilitam uma maior permeabilidade e arejamento, porém há uma baixa capacidade de retenção de água devido à força da gravidade.

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