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OS DANOS CAUSADOS Á BIODIVERSIDADE, DEVIDO À TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO .

Por:   •  2/4/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.373 Palavras (6 Páginas)  •  290 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

Fundação Instituída nos termos da Lei nº 5.152, de 21/10/1966 – São Luís – Maranhão.

Diego

Patricia

Luã

Daniel

Hudson

DANOS CAUSADOS Á BIODIVERSIDADE, DEVIDO À TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de----------------------------- da Universidade Federal do Maranhão, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia.

São Luís/MA

2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

Fundação Instituída nos termos da Lei nº 5.152, de 21/10/1966 – São Luís – Maranhão.

SUMÁRIO

  1. INTRODUÇAO.................................................................................................................
  2. JUSTIFICATIVA........................................................................................................
  3. OBJETIVOS.......................................................................................................................
  1.  Objetivo Geral.............................................................................................................
  2.  Objetivos Específicos..................................................................................................
  1. METODOLOGIA..............................................................................................................
  2. CRONOGRAMA...............................................................................................................

REFERÊNCIAS................................................................................................................

  1. INTRODUÇÃO

            Segundo Ferreira (2012, p. 2-3), o rio São Francisco possui 2800km de extensão, uma área de 1800km, uma vazão média de água de 2.850m³/s, e uma enorme importância ambiental e econômica no país.  

Essa bacia hidrográfica mais conhecida como Rio São Francisco, também conhecido como rio da integração nacional, possui 2800 km de extensão. Nasce na serra da Canastra, em Minas Gerais, cortando mais de quatro Estados da região do Nordeste, sendo eles; Bahia e Pernambuco e desemboca no oceano atlântico entre Sergipe e Alagoas. No seu leito se apresentam 1.800 km de área.

É considerado o terceiro maior rio dos pais, tendo vazão media de aproximadamente 2.850 m³/s, engloba regiões que apresentam condições naturais bem diversificadas, a parte superior e inferior da bacia, apresentam bons índices pluviométricos e fluviométricos, enquanto os seus afluentes atravessam áreas de climas seco e semiárido. (FERREIRA, 2012, p.2-3).

            Devido a sua extensão e vazão, surge a ideia, que remonta desde 1847, no tempo do Império de D. Pedro I, de deslocar parte desse volume para o nordeste, como forma de amenizar os problemas causados pela seca naquela região. (SILVA, 2011, pg.1).         

O projeto de transposição estabelece a interligação da bacia hidrográfica do Rio São Francisco, que apresenta relativa abundância de água (1850 m³/s de vazão garantida pelo reservatório de Sobradinho), com bacias inseridas no Nordeste Setentrional com quantidades de água disponível que estabelecem limitações ao desenvolvimento socioeconômico da região. De acordo com o projeto apresentado pelo MI, a integração do Rio São Francisco às bacias dos rios temporários do semiárido será possível com a retirada contínua de 26,4 m³/s de água, o equivalente a 1,4% da vazão garantida pela barragem de Sobradinho (1850 m³/s) no trecho do rio onde se dará a captação. Este montante hídrico será destinado ao consumo da população urbana de 390 municípios do Agreste e do Sertão dos quatro estados do Nordeste Setentrional.(CASTRO, 2013, p. 2)

         

       Porém, essa obra trará sérias consequências para a biodiversidade animal e vegetal do rio. O projeto, que irá transpor cerca de 127m³/s (SUASSUNA,2011), causará enormes impactos socioeconômicos e ambientais, a exemplo da fauna e na flora, devido ao desmatamento de 430hectares de terra (RIMA Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, 2004, p. 85 apud LIMA, 2013, p. 65). A construção dos canais é outro fator que prejudicará a biodiversidade local, porque irá dividir o ambiente, interferindo na migração de espécies de animais. (LIMA, 2013, p.65)

          Dessa forma, o volume do Rio em questão, está sendo gradativamente reduzido, Além do desvio das águas, há intenso uso para o abastecimento humano, agricultura, criação de animais, recreação, indústrias e muitos outros. Desaguam no Velho Chico milhares de litros de esgoto sem qualquer tratamento. (SIQUEIRA, 2012)

       

Barramentos — sendo pelo menos cinco de grande porte em Três Marias, Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso e Xingó — criam reservatórios para usinas hidrelétricas. Elas produzem 15% da energia brasileira, mas têm grande impacto. Alteraram o fluxo de peixes do rio e a qualidade das águas, acabaram com lagoas temporárias e deixaram debaixo d’água cidades ou povoados inteiros. (SIQUEIRA, 2012)

          Segundo Siqueira (2012), a redução no cardume e na variedade de peixes foi intenso, uma vez que os peixes não conseguiam mais subir o rio para se reproduzir. Entre as mais afetadas se encontram as chamadas espécies migradoras, entre elas curimatá-pacu, curimatá-pioa, dourado, matrinxã, piau-verdadeiro, pirá e surubim. Alem disso, Siqueira(2012) também relata que outro problema foi a instalação de Programas de incentivo da pesca, que não levaram em consideração a capacidade de recuperação dos cardumes, acelerando assim, a redução das espécies nativas.

           Diante de todas as consequências geradas pela transposição do Rio São Francisco, e a necessidade de reavaliar a obra, e por em evidência os impactos gerados por ela, surge o questionamento: Quais os riscos da obra de transposição na biodiversidade da bacia do Rio São Francisco?

2. JUSTIFICATIVA

Considerando a delimitação do problema da presente proposta de pesquisa, os estudos na área da transposição do Rio São Francisco assumem papeis relevantes no contexto atual. É possível inferir que o uso de parte da vazão do Rio como tentativa de amenizar a seca do Nordeste torna inevitável pesquisas que ressaltem a necessidade de reavaliar a obra e elaborar uma proposta que sirva para diminuir o problema da seca, mas sem agredir de forma demasiada o rio em questão.

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