Os Efeitos Negativos da Globalização

O processo de globalização não é algo recente, porém o conceito de mundo globalizado vem sendo elaborado a partir da década de 1980, com o fim da Guerra Fria. Desde o seu início, até chegar nas configurações atuais do globo terrestre, o mundo sofreu transformações, com ênfase nas evoluções tecnológicas propiciadas pelas revoluções industriais, dando destaque a última delas, chamada de Revolução Técnico-Científica-Informacional, iniciada em meados do século XX. Entretanto, junto a essas inovações e melhorias, deve-se evidenciar um outro lado da situação: a desigualdade e a exclusão social. Esses problemas sociais recentes vêm se expandindo ao longo dos anos e devem ser solucionados, e porventura, suprimidos.

O primeiro fator que deve ser analisado em relação à situação em questão é a desigualdade social por ela proporcionada, tema que está ligado diretamente ao sistema capitalista, onde a concentração de poder e renda encontram-se em maior parte, nas mãos da minoria. Pode-se verificar um exemplo disso na expansão das multinacionais, que controlam boa parte do mercado mundial. No campo informacional, nos princípios educacionais e na disseminação de valores, também observa-se uma desigualdade. Isso é evidenciado pela cultura americana, que é facilmente reconhecida no planeta. Nesse sentido, é notável a formação de uma hegemonia, em que os principais centros de poder exercem controle sobre o menos favorecidos.

O segundo fator importante para a reflexão é a exclusão social, oriunda desse processo de hegemonia. O que observa-se na contemporaneidade, é que a globalização não ocorre de forma linear para todos, ocasionando algumas situações, que o sociólogo polonês Zygmund Bauman, retrata, no contexto atual, que alguns podem agora mover-se para fora da localidade – qualquer localidade – quando quiserem. Outros, impotentes, observam a única localidade que habitam movendo-se sobre seus pés. Um exemplo disso é a construção de muros físicos ou metafóricos nas fronteiras dos países, como entre os Estados Unidos e o México.

 Em decorrência disso, existem muitos movimentos antiglobalização, que não lutam pelo fim da globalização, mas sim para que ela ocorra de uma forma diferente, sem que haja exclusão de classes sociais e para que os privilégios de um mundo globalizado não sejam desfrutados apenas por uma parcela da população. Antes de mais nada, deve-se admitir que a globalização não é só benefícios, e nesse sentido, procurar evidenciar esses problemas sociais causados por ela através da mídia. Discussões afim de conscientizar que a globalização é um processo que deve ser melhorado são fundamentais e devem ser feitas, sobretudo, ressaltando todos os problemas sociais decorrentes desse processo.