POLÍTICA INTERNACIONAL
Pesquisas Acadêmicas: POLÍTICA INTERNACIONAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: simoneteles • 17/3/2014 • 452 Palavras (2 Páginas) • 321 Visualizações
POLÍTICA INTERNACIONAL - TEORIA
A guerra e o direito internacional
Renato Cancian*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
O sociólogo francês Raymond Aron foi o pioneiro na formulação de uma teoria sobre as relações internacionais, focada no fenômeno da guerra entre os países.
Aron delimitou o campo das relações internacionais - sua originalidade e singularidade entre os vários domínios sociais -, diferenciando as relações entre as coletividades politicamente organizadas (os Estados nacionais) de todas as outras relações presentes na vida social.
Segundo Aron, a soberania se configura, no plano interno do Estado nacional, mediante a capacidade do governo de - ao dispor do monopólio estatal da produção e da aplicação do Direito - manter a lei e a ordem social.
Por outro lado, quando observamos o plano das relações entre os Estados nacionais, o que se nota é a ausência de uma instância (instituição ou organização multinacional) que detenha o monopólio da violência legítima.
Portanto, a política internacional é concebida como uma política de busca ou de afirmação do poder, encarada sob o ponto de vista de uma ética da responsabilidade (também chamada de razão de Estado), voltada à sobrevivência da comunidade política no tempo e no espaço.
Ou seja, o caráter específico das relações internacionais - ou relações entre os Estados soberanos - está na legitimidade do recurso à força armada.
Direito internacional
Contudo, se a legitimidade do recurso à força bélica, efetivada por parte dos Estados nacionais, é o cerne da teoria das relações internacionais, não podemos conceber o sistema internacional como um campo no qual prevalecem a anarquia geral e a guerra total, pois sabemos que os Estados firmam acordos, sempre objetivando regular os conflitos de interesse entre as partes.
Assim, o Direito internacional é o instrumento jurídico que regulamenta, por meio do consenso entre os Estados nacionais, os limites do uso da força armada.
O poder de cada Estado
Como medir ou avaliar a força ou o poder que cada Estado nacional tem no cenário das relações internacionais?
Teorizando sobre essa questão, o cientista político americano Ray Cline formulou uma análise estratégica das relações internacionais de poder.
Na opinião de Cline, a força de uma nação determina até que ponto ela pode exercer sua política sem levar em consideração, ou mesmo contrariando, os interesses de outras nações.
Dessa forma, o estudo do poder internacional diz respeito não somente à capacidade de fazer a guerra, mas também à capacidade de impor uma vontade dentro de certo contexto político e econômico.
Para Cline, a força das nações e dos conglomerados de nações (situação de predomínio de alianças entre os Estados nacionais) cresce e esmorece de acordo com os ritmos das mudanças econômicas, militares e políticas, que produzem crescimento e estabilidade - ou conflito, desgaste e destruição.
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