Redação sobre a relação dos aspectos físicos de Mato grosso com a sua produção de renda, pobreza e desigualdade
Por: andressaconto • 7/5/2017 • Dissertação • 561 Palavras (3 Páginas) • 335 Visualizações
Redação sobre a relação dos aspectos físicos de Mato grosso com a sua produção de renda, pobreza e desigualdade
Mato Grosso com menos mato
A melhor compreensão da produção de renda, e desenvolvimento populacional do Mato Grosso provém do entendimento da hidrografia, clima e relevo da região, já que esses fatores físicos contribuem diretamente para o desenvolvimento do cultivo de culturas perenes ou/e semi-perenes ou/e anuais ou/e atividade pecuária, que, além de compor as atividades econômicas características do perfil brasileiro de produção primária, movem a economia de cada município do Estado, variando de acordo com sua respectiva macrorregião, entretanto, não faz com que os níveis de pobreza e desigualdade sejam inexistentes.
Segundo a Embrapa, com relação à topografia do estado, 55% é levemente plana, 30% plana, 10% ondulada e 5% montanhosa, dessa forma é fácil entender o quão propício se mostra para a bovinocultura, suinocultura, para a avicultura e também para o plantio. Sendo o clima caracterizado como tropical chuvoso com nítida estação seca, torna-se promissor o cultivo de soja, algodão, cereais, leguminosas e oleaginosas. A isto se deve a favorável instalação de indústrias, que colabora com a oferta de empregos.
O Mato Grosso possui diversos chapadões, possui altitudes modestas, compreende três ricas bacias hidrográficas, possuía diversa vegetação, clima propício para atividades agropecuárias e se mostra um dos principais produtores e exportadores de soja do país, logo, possui uma economia emergente que acompanha a economia nacional, porém possui insuficiência nas políticas de transferências governamentais, já que de acordo com os indicadores de pobreza extrema, no contexto rural esse índice se encontrava desfavorável em relação ao resto do estado apresentando 17,5% em 2001 e 9% em 2009, mesmo com o aumento de 66,2% as desigualdades de renda média diminuíram apenas um pouco. Mas ao avaliar esses indicadores no contexto urbano, percebe-se diminuição de 8,3% em 2001 para 4% em 2009, em desvantagem ao Centro-Oeste, mas em vantagem ao Brasil.
De acordo com o indicador da renda domiciliar per capita, em 2001 no Mato Grosso era de R$ 491,4 e elevou-se para R$ 616,2 em 2009. Todos esses dados mostram o poder aquisitivo da população, e são calculados pelas fontes de renda que uma família tem, dividido pela quantidade de componentes da família, eles revelam evolução na movimentação de renda nas cidades e, deduz-se que as atividades produtivas citadas geram empregos e atraem migrantes à procura de novas oportunidades principalmente na capital e nas cidades polos, todavia, por mais que a economia mato grossense esteja focada na agropecuária, o turismo também atrai pessoas de fora e movimenta a economia de algumas cidades, como as localizadas no Pantanal e Chapada dos Guimarães por exemplo, esta é uma ótima exemplificação de como o relevo, o clima e a vegetação contribuem para a economia, logo, a vida das pessoas locais.
Toda essa economia existente hoje na região mato grossense se fez a partir de um gigantesco desmatamento para fins de plantio e pastagens, a mineração sempre existiu nessa região desde os primórdios de sua ocupação, mas toda essa renda poderia ser melhor distribuída deixando de se concentrar no poder dos grandes latifundiários, que em suma fazem parte do poder político, passando a se fazer acessível aos pequenos produtores e auxiliando os projetos de agricultura familiar, por meio de subsídios ou até mesmo uma reforma agrária, tendo como resultado final a diminuição substancial das dívidas e pobreza extrema no contexto rural.
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