Resenha A Geografia Clássica
Por: anaclaudia.msa • 12/9/2019 • Resenha • 436 Palavras (2 Páginas) • 235 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À CIÊNCIA GEOGRÁFICA
DOCENTE: JOAO MANOEL DE VASCONCELOS FILHO
DISCENTE: ANA CLÁUDIA MEDEIROS SOUZA
RESUMO
MOREIRA, R. A geografia clássica. In: O pensamento geográfico brasileiro: as matrizes clássicas originárias. São Paulo: Editora Contexto, 2011. P. 13-48.
No texto “A Geografia Clássica”, o autor supracitado disserta sobre duas fases da Geografia (Moderna e Clássica), embasado em fundamentos filosóficos de pensadores alemães e franceses que foram fundamentais no desenvolvimento dessa ciência. Nesse sentido observa-se que, desde a segunda metade do século XVIII até os primeiros anos do século XX, consolidou-se a ideia de que o método geográfico se baseava nos princípios elaborados por grandes pensadores, como Kant, Alexandre Humboldt, Karl Ritter, Freidrich Ratzel, e também por grandes geógrafos como Vidal de La Blache e Jean Brunhes.
A partir de Kant que, o avanço da Geografia se deu no campo da interpretação da natureza, a qual se redefine neste momento, surgindo assim, a concepção em torno da dualidade homem-natureza. No entanto, o autor menciona que o projeto kantiano não realiza grande transformação na Geografia, apenas confere à percepção geográfica do mundo o rigor da descrição e taxonomia que o seu conceito de espaço lhe permite.
Mas será Karl Ritter quem irá realizar uma grande transformação, assumindo a tarefa de evoluir de um pensamento geográfico meramente descritivo e classificatório para uma Geografia com status de ciência, criando o método comparativo (individualidade dos lugares). Em seguida, Humboldt vai orientar-se nesse novo fundamento de Ritter para tomar as formas de vegetação, surgindo a Geografia da Plantas.
Segundo o autor, encerra-se assim, a Geografia Moderna, dando lugar à Geografia Clássica, onde a base para o surgimento dessa nova Geografia está na divisão técnica do trabalho, trazida pela segunda Revolução Industrial e apresentando o sistema positivista como a expressão maior dessa sociedade técnica.
Dando sequência, o autor traz a discussão da fundação dos primeiros cursos de Geografia do Brasil, criados pelos geógrafos franceses (Pierre Monbeig, Pierre Deffontaines e Francis Ruellan). Por fim, apresentando uma Geografia de tom social e político proeminente, Reclus, Vidal de La Blache e Brunhes, tem em comum o mesmo momento histórico e como diferença, o que e como cada um vê o seu tempo por intermédio das categorias do olhar geográfico. Isto é, de acordo com o autor, a contribuição com obras deixadas por tais geógrafos apresentam como vantagem, a possibilidade de uma análise sobre o moderno pensamento geográfico em que o caráter de escola, o visgo da especialização setorial e o vazio da purificação do conteúdo não são o caso, onde o homem e a natureza são o tema e estão presentes.
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