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Resenha Geografia Política e Geopolítica: Velhas e Novas Convergências

Por:   •  24/5/2021  •  Resenha  •  2.068 Palavras (9 Páginas)  •  339 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ-UVA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS-CCH

CURSO DE GEOGRAFIA-LICENCIATURA

SEMESTRE 2020.2

7º PERÍODO

RESENHA CRÍTICA

SOBRAL-CE

2021

MARIA RAYLANE SILVA MESQUITA.

Geografia Política e Geopolítica: Velhas e Novas Convergências.

Trabalho apresentado à prof.ª Glauciana Teles como requisito parcial à obtenção de nota da referente à disciplina de Geografia Política.

Orientadora: Prof.ª Glauciana Teles.

SOBRAL-CE

2021

SUMÁRIO

1.        Introdução        4

2.        Geografia política e geopolítica: conceitos e preconceitos        4

3.        Geografia Política/ Geopolítica: consciência geográfica do território        7

4.        Considerações finais        9

5.        Referências Bibliográficas        10

  1. Introdução

O texto aborda inicialmente questões pertinentes na hodiernidade relacionada as diferenças existentes entre a geopolítica e a geografia política. Em continuidade, vale ressaltar que o texto aborda a limitação dos estudos por parte dos pesquisadores da geopolítica e da geografia política, restringindo-se ao poder do Estado Nacional. Nesse contexto, esse fator torna-se um impasse na análise das relações entre território e política.

Sendo assim, é evidente que as relações entre o espaço e o poder ultrapassa a ação dos Estados. Contudo, percebe-se que estudos e pesquisas não têm acompanhado a lógica de que os mais recentes movimentos politicamente organizados atuam contra elou independentemente do Estado. Diante disso, o autor suscita um questionamento relacionando por qual motivo há essa persistência anacrônica que limita os objetos de pesquisas ao papel dos Estados.

É mister, portanto, que o presente trabalho aborda concepções sobre as nomenclaturas de geopolítica e geografia política. Em continuidade, tem o intuito de realizar questionamentos sobre os propósitos políticos correlacionando-os em uma perspectiva interdisciplinar. Ademais, a produção do conhecimento tanto na geografia política como na geopolítica tem influenciado a buscar por novos estudos. Diante disso, o autor contribui para a desmistificação e a ruptura de alguns conceitos e preconceitos referentes à geografia política e à geopolítica.

  1. Geografia política e geopolítica: conceitos e preconceitos

Segundo Yves Lacoste a terminologia geopolítica foi proscrita com a justificativa da relação à argumentação do expansionismo hitleriano. Diante disso, pesquisadores, geógrafos, historiadores, cientistas políticos e outros, aproximaram os conceitos de geopolítica e de geografia política. Por outro lado, percebe-se que há pesquisadores que preferem distinguir os termos.

Outrossim, sob a perspectiva da dicotomia entre as nomenclaturas é visível que esses pesquisadores consideram a centralidade do problema na perspectiva histórica. Segundo o autor, dentre essas discussões de diferenciações entre a geopolítica e a geografia política é necessário considerar alguns equívocos. Pontua-se como primeiro questionamento o resguardo da geografia política uma vez que os trabalhos apresentam uma abordagem mais neutra, isto é, uma silenciosidade diante de várias problemáticas a exemplo as guerras mundiais, nazismo e etc.

Em continuidade, o segundo equívoco relaciona-se à análise dos estudiosos sobre as pesquisas de geopolítica uma vez que são vistos com certa exclusividade em determinado período. Nesse contexto, é visível que há uma estagnação conceitual da Geopolítica. Para os pesquisadores a geopolítica restringe-se aos trabalhos originários do passado. Desse modo, é válido ressaltar como exemplo na Alemanha, Haushofer destacou-se por ser um dos fundadores da Revista de Geopolítica (Zeitschrift fir Geopolitik). Nesse sentido, a associação dos estudos de distinção à essa revista notabiliza que o expansionismo de guerra da Alemanha nazista parece ter camuflado, para alguns estudiosos, qualquer outra conotação para a geopolítica distinta de algo que faça referência ao totalitarismo, ou seja, a uma geografia da guerra.

Por outro lado, Manoel Correia de Andrade e Hélio Evangelista também contribuem para essa discussão uma vez que defende uma perspectiva de geopolítica mais libertadora com relação a essas atribuições. Ademais, consideram essas concepções históricas relevantemente negativas do ponto de vista ético no decorrer dos estudos e análises geopolíticas.

Em continuidade, observam contribuições diversas produzidas nesse contexto visualizando assim as significativas diferenças nos trabalhos que atualmente estão sendo desenvolvidos. Além disso, é válido ressaltar que a geografia política elabora por Ratzel favoreceu a expansão imperialista alemã e também colaborou para os estudos de Haushofer relacionados ao contexto da Alemanha Nazista. No texto também há a presença das contribuições dos estudos de Wanderley Messias da Costa, ele salienta que a maior parte do conhecimento produzido pela geopolítica tem gênese na geografia política.

Sendo assim, para Wanderley a mesma não deve ser colocada, simples e diretamente, como sendo uma área de contato entre a geografia política, a ciência política, a ciência jurídica, etc. Ademais, para esse geógrafo, a geopolítica constitui um saber diminuído em relação as análises geográfico políticas de Ratzel, Vallaux, Hartshorne, etc.

Na geografia política há estudos em que o conhecimento geopolítico também comparece. A práxis que envolve os trabalhos em geopolítica e em geografia política é diversa e contraditória no interior de ambas áreas de conhecimento. Em síntese, do ponto de vista epistemológico, valorizar as várias semelhanças entre elas constitui um posicionamento mais adequado do que localizar as poucas diferenças. Em síntese, nota-se que a utilização dessas nomenclaturas sem conhecimento epistemológico pode associar-se a uma alienação na pesquisa. O autor aborta ao longo do artigo que o uso aleatório dessas terminologias é comum como na utilização das expressões por comodismo vocabular ou modismos.

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