Resenha HAESBAERT.R. PORTO-GONÇALVES,C.W. A nova des-ordem mundial. A des-ordem política mundial: os novos espaços do poder. São Paulo: Editora UNESP, 2006. (p. 51-83).
Por: Janaina Maia • 1/12/2019 • Resenha • 558 Palavras (3 Páginas) • 1.914 Visualizações
HAESBAERT.R. PORTO-GONÇALVES,C.W. A nova des-ordem mundial. A des-ordem política mundial: os novos espaços do poder. São Paulo: Editora UNESP, 2006. (p. 51-83).
No capítulo A des-ordem política mundial: os novos espaços do poder, os autores iniciam seu texto com indagações sobre o Estado-nação, essa divisão entre o nacionalismo e o crescente capitalismo neoliberal que “encolhe” o papel do Estado.
O título critica a chamada nova ordem mundial, os autores utilizasse da frase como A des-ordem politica mundial: os novos espaços do poder, devido a uma série de conflitos ao redor do mundo.
Os autores enfatizam ao longo do texto, a nova des-ordem mundial a partir de suas múltiplas dimensões: econômica, política, cultural e ambiental, concluindo com uma proposta de regionalização do espaço mundial contemporâneo.
Os autores têm como foco explicitar essa desordem mundial em torno do mundo devido a diversos fatores políticos, territoriais e sociais.
No capítulo, os autores dizeram “A desregulação dos mercados, que é uma característica central da globalização neoliberal, veio acompanhada também pela proliferação das redes ilegais ou ilícitas da economia… encontra-se plenamente associadas à expansão do capital financeiro globalizado.” (p-60). O mundo em constantes conflitos, elevou-se por toda parte a temperatura das tensões étnicas e sociais, no progredir do terrorismo, no avançar do crime organizado e do tráfico de drogas e armas. Além do papel do Estado que muitas das vezes tem ligações de dinheiro e poder do narcotráfico, principalmente nos países periféricos.
No texto, os autores englobam a maioria dos temas abordados nos seminários, quando ele fala da China onde as empresas estatais transformaram, de modo mais velado, em empresas capitalistas e do controle do fluxo da web. Já sobre a América Latina os autores enfatizam as ditaduras em diversos países, o narcotráfico, migração entre outros. No oriente médio, os autores destacam o terrorismo, explicam que é fundamental entender do ponto de vista geográfico a lógica das grandes redes terroristas utilizam-se do termo “território rede”. Em sua maioria instaurado nas áreas mais pobres e excluídas essa rede do terrorismo se fundamentam, utilizando-se de escalas: do local ao regional, do nacional ao global. Em relação, ao continente Africano, não houve menção, acredito que os autores poderiam ter abordado o continente em diversos pontos no texto.
Os autores também explicitam sobre o papel das ONGs e que muitas vezes não é diferentes de algumas empresas que se aproveitam de seus “funcionários” oferecendo nenhum tipo de direitos sociais e trabalhistas, concluindo com o que os autores colocaram em seu texto “ As organizações não-governamentais estariam, assim, contribuindo para a fragilidade da sociedade civil tradicional.” (p-72)
Por fim, os autores sinalização o período histórico atual, des-ordem mundial está em diferentes territorialidades em tensão que se expressam em lutas sociais de diferentes protagonistas para afirmar sua territorialidade por meio de determinada configuração territorial.
As ideias do autor no capítulo são ricas em detalhes, sendo bastante descritivo, utilizando de exemplos reais em torno do mundo para melhor entendimento sobre o tema.
A proposta dos autores
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