Resenha Morfologia Cárstica
Por: Adilson Ferreira • 21/11/2022 • Resenha • 1.052 Palavras (5 Páginas) • 117 Visualizações
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ATIVIDADE COLABORATIVA
Atividade colaborativa apresentada à professora Maria Ribeiro dos Santos, como parte do critério de avaliação da disciplina Geomorfologia, do curso de Geografia UAB/Unimontes).
Acadêmico:
Adilson Ferreira Gomes
Turmalina, Janeiro – 2022
Descrição da atividade: Leia o artigo de Piló (2000) Geomorfologia Cárstica, e a partir dos conhecimentos adquiridos faca uma resenha critica do artigo.
Luiz B Piló
Membro do grupo Bambui de pesquisas espeleológicas-GBPE
Revista Brasileira de Geomorfologia , volume 1
Belo Horizonte –MG
ARTIGO : GEOMORFOLOGIA CÁRSTICA
RESENHA DO ARTIGO : GEOMORFOLOGIA CÁRSTICA
O autor tem uma definição própria para o termo “carste” que é usado para descrever um tipo especial de relevo, que hospeda cavernas e um extenso e complexo sistema hídrico subterrâneo. Além disso, este relevo apresenta uma morfologia específica, caracterizada pela presença de feições características como dolinas, feições residuais, vales cegos, surgências e sumidouros, entre outras (FORD;WILLIAMS, 1989; 2007; PILÓ, 2000).
De acordo com Piló e Auler (2011), cerca de 90% das cavernas reconhecidas em todo o mundo desenvolvem-se em rochas carbonáticas e são formadas a partir da dissolução da rocha pela água ácida proveniente da precipitação.
As rochas carbonáticas, particularmente calcários e dolomitos, apresentam se como as mais frequentes no desenvolvimento de paisagens cársticas, inclusive no Brasil. Na elaboração dessas paisagens, a rocha exerce uma influencia marcante, pois propriedades petrograficas estão intimamente relacionadas à dissolução. Porém somente a dissobilidade da rocha não é suficiente de um típico carste. A estrutura representada pelo arranjo das geometrias planares e lineares, e também fundamental, tendo em vista sua influencia como guia inicial dos processos de dissolução.
Piló defende que a porosidade da rocha no domínio cárstico está dividida entre primário e secundário. A primária está relacionada a porosidade intergranular, não é de muita importância tendo em vista que os calcários , geralmente apresentam-se de forma maciça, não permitindo uma circulação de agua de forma eficiente através de seus grãos.
Já a porosidade secundária, representada por juntas, planos de acamamentos , fraturas, falhas, entre outras estruturas, formadas pós diagênese são de real importância no carste. Destacando que o ambiente de deposição determina muito da pureza, textura, expessura dos bancos e outras propriedades da rocha carbonática final, importantes para análise geomorfológica.
Para Piló o exocarste é o conjunto morfológico superficial do carste, que pode adquiriu uma grande variedade de tipologias em função do conjunto de variáveis que se ajustam para configurar o relevo. Seus principais componentes : carste de colinas , carste em torres, carste em pavimento, carste labiríntico, carste poligonal, fluviocarste, etc.
O autor estudado divide as dolinas em quatro tipos : dolinas de dissolução , dolinas de colapso ou abatimento, dolina de colapso devido ao carste subjacente e dolinas aluvias ou de subsidência.
Sob o ponto de vista morfodinâmico, Piló vê as dolinas que se constituem em unidades hidrográficas elementares, comparáveis a simples bacias que com sue sistemas de vertentes, convergem inicialmente as águas superficiais para pontos de absorção localizados no fundo das depressões e em seguida, para o meio subsuperficial.
Em seus estudos sobre o epicarste , o autor supra citato entende que são uma zona subcutâneas, e é constituída pela porção superior da rocha subjacente coberta por material inconsolidado ou não, contendo uma rede de fissuras alargadas por processos cársticos.´
O resultado dos processos de alteração pelicular é a acumulação do resíduo insolúvel da rocha, normalmente encontrado em pequenas quantidades nos calcários. Isso faz com que seja necessário muito tempo para a formação de um perfil de solo. Nessas condições de dependência do produto residual, os solos sobre calcários frequentemente antigos e , por consequência, quase sempre policíclicos.
Piló entende que os estudos sobres os solos tem passado por importantes transformações. Inicialmente, pode destacar a introdução da não de cobertura pedológica, no qual o solo passou a ter um significado não só vertical, mas também lateral. Para o autor estudado o endocarste são os condutos subterrâneos e seu depósitos químicos, cársticos e orgânicos . Para Ford e Willliams (1989) a gênese das cavernas está condicionado à atitude estrutural da rocha e sua relação geográfica entre a área de recarga e de descarga hídrica.
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