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Resenha Texto Lobato Correia

Por:   •  28/5/2015  •  Resenha  •  823 Palavras (4 Páginas)  •  628 Visualizações

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Resenhista:

Resenha do Livro: O Espaço Urbano

        No livro espaço é analisado a partir dos agentes sociais que o produzem e os processos e formas espaciais: centralização, descentralização, coesão, segregação e sua dinâmica, e inércia e considera a cidade como espaço urbano que pode ser como um conjunto de pontos, linhas e áreas ou ainda considerá-los como forma espacial em suas conexões, com estruturas sociais, com processos e funções urbanas.

        A cidade capitalista é fragmentada e articulada. Ela possui vários setores da cidade, que abrigam elementos distintos, mas que se articulam, ou seja, se relacionam através de fluxos de pessoas, obtenção e prestação de serviços. A sua estrutura espacial e social é modelada pelos agentes produtores do nicho urbano. Estes são: Estado, Proprietários dos meios de produção, Promotores imobiliários, Grupos sociais excluídos

        Os interesses do Estado, dos proprietários, dos promotores podem muitas vezes se contraporem, como também podem apresentar pontos em comum para o benefício dos mesmos. Os proprietários dos meios de produção podem precisar de favores do estado para facilitar a sua locação nas áreas centrais, assim como os promotores imobiliários necessitam das obras públicas para valorizar suas terras e vendê-las com um lucro maior. E por fim os grupos sociais excluídos são o produto das ações da elite social e do Estado.

        A forma espacial está intimamente ligada ao capitalismo e a interesses que podem beneficiar as classes mais dominantes, o estado não interfere para impedir que a classe excluída permaneça no estado de exclusão. As residências populares são sempre criadas nos lugares mais afastados da cidade, onde não há uma boa rede de transporte, impedindo que os menos favorecidos tenham acesso a melhores empregos, boa educação e uma chance de ascender socialmente.

        No século XIX a concentração das indústrias em locais onde havia meio de transporte interurbanos que possibilitavam a distribuição dos produtos para outras regiões possibilitou o surgimento área central. Os comércios, os escritórios e outras atividades que foram posteriormente instaladas, situavam-se perto das indústrias, trazendo uma grande aglomeração em uma só área, que aos poucos foi crescendo, tornando necessário o transporte intra-urbano. O acesso concedido pelo transporte intra-urbano estimulou ainda mais o surgimento de quaisquer atividades na área central. As disputas ocorridas posteriormente por terras localizadas no centro, abriram portas para a especulação imobiliária. Os terrenos centrais tornaram-se caros, obrigando as indústrias – grandes consumidoras de espaço – a buscarem outras instalações originando a zona de periferia do centro.

        A Periferia é caracterizada por residências de baixo poder aquisitivo. Nessas residências moram pessoas que trabalham no núcleo central, que é foco de políticas de restauração urbana.

        Essas terras de periferias de amenidades são destinadas à populações de status como se trata de uma demanda solvável e possível aos proprietários fundiários tornarem-se também promotores imobiliários; loteiam e vendem e constroem casas de luxo, criando assim os bairros de seletivos em setores de amenidades usam a palavra periferia com o sentido pejorativo. No Brasil há uma crescente implantação de ex periferias no Rio de Janeiro, Salvador, Recife entre outros. Já aos proprietários de terrenos mal localizados em periferias, mas que não possuem nenhum tipo de amenidade parte para outras estratégias, como lotear em forma de loteamentos populares como mínimo de estrutura, tendo em vista o baixo poder aquisitivo da população que para ai se desloca e não há nenhum interesse nesses proprietários em se transformar em promotores imobiliários

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