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Revolução Francesa e Desenvolvimento Geografico na Alemanha

Por:   •  22/3/2016  •  Ensaio  •  713 Palavras (3 Páginas)  •  683 Visualizações

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Após anos de lutas contra monarquia francesa, os revolucionários conquistaram a vitória a custa de milhares de mortos, no final da revolução francesa surgiu Napoleão Bonaparte, que foi responsável por uma vasta expansão territorial. Graças a essa expansão territorial e ao bloqueio continental o capitalismo ganhou grande força, chegando até mesmo na Alemanha que no séculos XVII era basicamente um Pais agrário, quando o capitalismo se inseriu na Alemanha não houveram alterações nas estruturas sociais. A economia alemã se assemelhava aos feudos, onde quem possuíam terras consequentemente tinha um status maior na sociedade. Apesar de ser um pais agrário o capitalismo na Alemanha estava voltado para exportação de produtos provenientes da agricultura, mas devido aos altos impostos alfandegários as cidades alemãs não se desenvolviam muito, sendo elas criadas na sombra de um Estado controlado burguesia agraria, neste cenário surge a ideia de unificação nacional, mais tarde essa ideia se torna a única saída para garantir o desenvolvimento futuro da Alemanha, que havia começado a se industrializar graças ao bloqueio alfandegário outrora criada por Napoleão.

Este ideal de unidade vai ter sua primeira manifestação concreta com a formação, em 1815, da “Confederação Germânica”, que congregou todos os principados alemães e os reinos da Áustria e da Prússia. Apesar de não constituir ainda uma unificação nacional, estabeleceu maiores laços econômicos entre seus membros, com o fim dos impostos aduaneiros entre eles. Neste momento as cidades estavam crescendo de forma desordenadas e a nação estava preocupada com o desenvolvimento desordenado das cidades, a partir dai a geografia foi inserida na Alemanha tenho como principal objetivo reestruturar a paisagem das cidades alemãs.

A sistematização da geografia vai se fundamentar a partir de domínio e organização do espaço, apropriação do território, variação regional, entre outros, estarão na ordem do dia na prática da sociedade alemã, da mesmo forma que a sociologia se desenvolvia na França, A geografia se desenvolvia na Alemanha. Os principais desenvolvedores do pensamento geográfico na Alemanha foram Humboldt e Ritter, ambos antes de morrerem possuíam altos cargos de hierarquia na universidade alemã.

Humboldt possuía uma formação naturalista e havia realizado inúmeras viagens ao redor do  mundo e para ele A geografia estava ligada os resultados de análises, na justificativa e explicação de seus próprios procedimentos.

“A contemplação da universalidade das coisas, de tudo que coexiste no espaço concernente a substâncias e forças, da simultaneidade dos seres materiais que coexistem na Terra”. Caberia ao estudo geográfico: “reconhecer a unidade na imensa variedade dos fenômenos, descobrir pelo livre exercício do pensamento e combinando as observações, a constância dos fenômenos em meio a suas variações aparentes”. ( MORAES, 1998. p. 15  )

Para Humbolt a geografia estava ligada principalmente ao conhecimento empírico da observação de mudanças da paisagem, que o geografo deveria observar a paisagem de forma estética.

A paisagem causaria no observador uma “impressão”, a qual, combinada com a observação sistemática dos seus elementos componentes, e filtrada pelo raciocínio lógico, levaria à explicação: à causalidade das conexões contidas na paisagem observada. Daí a afirmação de Humboldt: “a causalidade introduz a unidade entre o mundo sensível e o mundo do intelecto”. Pois é, ao mesmo tempo, algo existente de fato na natureza, porém só apreensível pela razão, assim, uma inerência do objeto e uma construção do sujeito. ( MORAES, 1998. p.15  )

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