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São Paulo e Mumbai na Índia

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Por:   •  4/10/2014  •  Tese  •  2.680 Palavras (11 Páginas)  •  273 Visualizações

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São paulo e mumbai na índia

Fundada sob o nome de Vila de São Paulo de Piratininga em 25 de Janeiro de 1554, a São Paulo de hoje apresenta quase nenhuma semelhança com suas características iniciais. Hoje a metrópole só encontra paralelos em raras cidades do mundo. O crescimento desmedido e sem planejamento que caracterizou e ainda caracteriza São Paulo, é a mesma fonte de onde nascem a riqueza e a pobreza da cidade, o fator que impulsiona os sucessos e falhas desta grande cidade.

Dona do maior PIB municipal no Brasil, a representatividade econômica da cidade é primordial no contexto nacional além de ser um grande indicador da situação econômica brasileira. Apresenta problemas profundo de distribuição de renda, tendo os chamados bolsões de pobreza incutidos mesmo em regiões consideradas abastadas. Para se ter uma idéia São Paulo concentra uma larga parcela do numero de milionários brasileiros mas a distribuição de riquezas ainda se mostra irregular, e esse aspecto serve de espelho para a situação do resto do Brasil que gera cerca de 60 mil milionários em um ano mas ainda ocupa o posto número 2 dentre os países mais desiguais do mundo.

Além do problema de renda, São Paulo enfrenta constantes problemas de infra-estrutura, com um transito caótico e sistema de transporte público deficitário. A poluição é outro grande problema da cidade, fazendo com que em meses de inverno, a condição do ar se torne quase intolerável para seus cidadãos. Isso em decorrência da enorme quantidade de gases expelidos por veículos e indústrias. Rios importantes não só para a cidade mas para o estado em que esta se localiza, como o Tietê e seus afluentes encontram-se em situação precária com relação ao aspecto ambiental.

Obviamente todos estes problemas geram repercussão no campo econômico e constituem-se em desafios à governabilidade.São Paulo ainda enfrenta um problema gravíssimo comum às grandes cidades: a violência e a falta de emprego. Esses dois caminham juntos como fator desagregados dentro da sociedade paulistana. Apesar dos séculos de história, marcadamente definidos e moldados por contrastes e paradoxos, os desafios da cidade são de grande magnitude e devem ser encarados com seriedade pelos formuladores de políticas públicas.

São Paulo pode ser considerada uma versão nacional de Mumbai, Índia. Apesar de ser uma cidade milenar, o grande surto de desenvolvimento da cidade aconteceu durante a década de 1970, mais ou menos na mesma época em que São Paulo desafiava qualquer tipo de parâmetros dentro do Brasil.

Mumbai é a maior cidade da Índia, assim como São Paulo é maior cidade do Brasil. É a capital financeira do país, abrigando importantes instituições. Assim como São Paulo é considerada uma cidade multicultural. Transito caótico também faz parte do cotidiano do habitantes de Mumbai, com média de deslocamento de 13 km\h. A cidade vive sob o constante risco de sofrer apagões já que só a demanda de energia encontra-se no limite do que é disponibilizado. Assim como em São Paulo as favelas também são um problema social de grande preocupação para a cidade. Em Mumbai metade da população de 14 milhões de habitantes, vivem em favelas. Outros pontos onde as cidades apresentam similaridades são os problemas de transito e poluição.

Constata-se que assim que as duas cidades usadas como exemplo de metrópoles, inseridas dentro de contextos internos muito similares, apresente o mesmo dinamismo econômico, mas infelizmente também diversos paralelo problemáticos comuns.

Toquio..

Por sua condição de capital, Tóquio é o centro da política, da economia, educação e cultura do Japão. É sede do governo nacional e da residência imperial. Atualmente é área da Tóquio-Yokohama, que conforma a maior aglomeração urbana do planeta, com uma população de 35 milhões de habitantes. O governo metropolitano foi constituído juridicamente em 1943 e administra 23 distritos especiais, mais 39 municipalidades na parte oeste da prefeitura e duas da série de ilhas externas.

Dado que Tóquio localiza-se em uma das fronteiras de placas tectônicas Euro-asiáticas e do Pacífico, a cidade está submetida a recorrentes terremotos. Estas circunstâncias incentivaram a, mais que adensar em altura, crescer em extensão e se espalhar de forma radial. No entanto, os avanços tecnológicos e a escassez de solo urbanizável impulsionaram a construção de arranha-céus, que dominam o cenário com uma moderna arquitetura de torres residenciais de 40 e 50 andares.

Hoje existem na cidade mais de 3 mil edifícios altos, dos quais 60% correspondem a torres de grande altura e 10% a arranha-céus. O mais alto é o Midtown Tower, com 54 andares, e seguido pela própria sede do governo metropolitano, duas torres gêmeas de 48 andares, localizadas no distrito de arranha-céus, Shinjuku. E acaba de inaugurar a Tokyo Sky Tree, com uma estrutura de 634 metros de estúdios de radiodifusão e abriga um restaurante e um mirante.

Os programas de renovação urbana

Cortesia de Plataforma Urbana

Em Tóquio existem programas de renovação que impulsionam processos de densificação em baixa escala, enquadrados no redesenho de residências de madeira nos bairros extensos da primeira periferia. Trata-se de 24 mil hectares com altos níveis de superlotação, ruas muito estreitas, uma rede viária fraca e espaços públicos insuficientes.

O governo metropolitano desenvolveu dois tipos de aproximação para as áreas residenciais de casas de madeira: uma em grande escala, com enfoque no "top-down", que surgiu nos anos 60, e outra de pequena escala, com um enfoque baseado em estratégias dos anos 80 sobre a base comunitária, com melhorias aplicadas de forma incremental "botton-up". Este processo é referido como um dos exemplos da prática machizukuri, de "desenvolvimento comunitário", com uma forte ação política e social.

Em tal sentido, está colocado um plano de renovação por 50 anos, que implica o redesenho e a modernização urbana, consolidando Tóquio como:

● A maior metrópole, com suporte para 35 milhões de habitantes;

● A cidade líder mundial, com uma vitalidade econômica de nível nacional;

● Uma cidade viva, a cabeça de uma nova civilização no continente;

●Uma cidade culturalmente atrativa, que guarda uma história milenar;

●Uma cidade amiga de seu ambiente, onde coexistem montanhas e oceano;

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