Teoria Neomalthusiana_Damiani
Por: kikogeografia • 13/9/2015 • Trabalho acadêmico • 877 Palavras (4 Páginas) • 266 Visualizações
No segundo capitulo se seu livro Damiani traz de volta uma reflexão na discussão das teorias de Malthus e neomalthusianismo, assim como as criticas Marxista relacionadas à população e modos de produção, o texto trata as questões de superpopulação e modo de subsistência da população decorrente das atividades humanas.
Com o advento da revolução Industrial no final do sec. XVIII e inicio do sec. XIX e a consequente mecanização e substituição da manufatura, desencadeou se também outra revolução, revolução esta no cotidiano de milhares de trabalhadores, pois, muitos ficaram desempregados e outros foram substituídos por mão de obra infantil ou de mulheres, tal situação viria a se desdobrar num movimento contrário a mecanização do trabalho trazido pela Revolução Industrial em um movimento de quebra proposital das maquinas, denominada Ludismo.
Malthus em sua visão ou leitura da população olha o seu crescimento atrelada à questão do pauperismo, e faz criticas aos autores que ele chama de socialistas utópicos, os quais as obras pressupunham uma sociedade igualitária mediante a realidade de miséria vivida pela sociedade. Segundo Malthus a miséria não esta relacionada à luta de classes, mas, a um obstáculo positivo que reequilibra a desproporção natural entre o crescimento populacional e a produção de alimentos, ou lei natural, que trata o crescimento da população numa progressão geométrica e a dos produtos de subsistência numa progressão aritmética.
A Miséria para Malthus é necessária, pois ela denota; fome, desemprego, salários menores, faz adoecer, reduz matrimônios, ou seja, a miséria mata; discordando inclusive da assistência do estado aos mais pobres por favorecer assim o casamento e a proliferação dos indigentes, ou seja, defender que desastres naturais como a fome a epidemia e a guerra eram benéficas no sentido de ser um controle no que tange o crescimento populacional.
A sua teoria acaba por permanecer viva através do pensamento neomalthusiano do sec. XX orientando na construção da demografia ao dar importância sócio econômico (qualitativo) aos problemas de crescimento populacional (quantitativo).
Para Karl Marx, a população excedente ou sobrepopulação, ou seja, aquela que excede pelo crescimento da população a quantidade dos meios de subsistência e que geraria pobreza inexiste. Para Marx o pobre não é somente o privado de recursos, mas aquele que é incapaz de se apropriar dos meios de subsistência por meio do trabalho. Em outras palavras Marx define população levando em consideração não mais a relação entre população e alimentos, mas sim, a população e oferta de trabalho. Então considera a seguinte mediação social: A qualidade de necessitado dado ao trabalhador é decorrente do fato dele depender sempre da necessidade que o capitalista tem de seu trabalho, ou seja, é o capitalista que o coloca na condição de necessitado ou não. Isso porque para o capitalismo o que importa é o lucro e não a satisfação das necessidades da população.
Daí então a necessidade do mercado em constituir uma massa de trabalhadores disponível, ou excedentes populacionais uteis, que constituem numa reserva de trabalhadores inativos, prontos a serem utilizados a qualquer momento, dependendo das necessidades de valorização e/ou expansão do capital. Isso decorre por vários fatores correlacionados, tais como: a maquinaria, substituição pelo trabalho feminino e infantil, aumento da jornada de trabalho ou trabalho excessivo, engrossando assim as reservas de trabalhadores miseráveis. Para Marx essa questão é fundamental para entender que a miséria é causa da superpopulação.
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