Trabalho Final de HPG
Por: ricardoflexa • 6/2/2021 • Trabalho acadêmico • 1.212 Palavras (5 Páginas) • 230 Visualizações
Trabalho Final de HPG
Vocês terão que fazer uma breve redação que explique o encadeamento e o sentido dos conteúdos (o sentido que fez pra vocês, pois, afinal, é o que importa). Imaginem a seguinte situação: se vocês não tivessem assistido às aulas e olhado o material que enviei, teriam, certamente uma ideia um pouco vaga dos temas assinalados; no entanto, como assistiram o curso e olharam o material, conseguem explicar melhor o sentido que aquelas expressões fazem. É exatamente isso que eu quero que façam; que contem para mim o que entenderam dos temas que trabalhamos , que eu tentei ordenar na forma de um programa de HPG.
Quero dizer em primeiro lugar que aprendi muito com o senhor professor, Obrigado.
Aprendemos que desde antiguidade o ser humano procura conhecer o lugar aonde vive, fazendo marcas nas cavernas e mapas dos lugares de caça e aonde encontrar água fresca e comida para os tempos difíceis ou para o tempo de inverno aonde não poderia caçar nem plantar os alimentos.
Desde então o espaço vem sendo alvo de estudo por parte do homem. Pelo fato de viver no espaço e se sentir parte dele, indagações, na medida em que a humanidade ia adquirindo experiências, foram desenvolvidas. Saber os motivos e o porquê dos fenômenos tornou-se necessário
Se sentia como você quando citou o poema de Carlos Drummond de Andrade:
Não, meu coração não é maior do que o mundo
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
.......................................................
Tu sabes como é grande o mundo.
Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão.
Viste as diferentes cores dos homens, as diferentes dores dos homens,
sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso
num só peito de homem... sem que ele estale.
Falou-nos da importância de outras sociedades que também produziram saberes geográfico e não foram contempladas nos livros de historia como a China, Egito e a Mesopotâmia, mas ressaltou a importância dos saberes da Grécia e como ela foi e ainda é um parâmetro para a nossa sociedade ocidental e como aceitamos de forma absoluta as matrizes geográficas criadas ali (geografias matemática, descritiva e médica) e nos fez ver que nós não estamos só aqui, antes de nós vieram outros para esclarecer muitas duvidas e foram pavimentando a grande estrada que é o conhecimento geográfico e o saberes de outros povos.
Você citou ainda falando dos gregos: Mesmo que tenha havido um “milagre grego”, ele não pôde dispensar conhecimentos “importados” de outras regiões do mundo antigo, como
o Egito (geometria, medicina), a Fenícia (aritmética) e a Mesopotâmia (astronomia).
O que os gregos fizeram com esses conhecimentos foi algo notável, porque deu origem a novas formulações em diferentes saberes (escalas musicais de Pitágoras, cálculo do diâmetro da Terra por Erastóstenes). Também apresentou o currículo de alguns pensadores pra nós exemplo:
Heródoto de Halicarnasso (485-425 a.C): viajou por diversas regiões do mundo antigo; escreveu História (ou Histórias), relato interpretativo bem diferente dos anteriores e repleto de referências geográficas.
Hipócrates (460-370 a.C): fundador daprimeira escola de medicina que se tem notícia; escreveu Sobre os ares, águas e lugares, onde dizia que um bom médico tem que ser, sobretudo um bom conhecedor de meteorologia.
Eratóstenes de Cirene (276-194 a.C): poeta, gramático, bibliotecário, matemático, astrônomo e (por fim... geógrafo); seu conhecimento de geometria lhe permitiu calcular a circunferência da Terra e elaborar um famoso mapa-múndi.
Erastóstenes: cálculo do diâmetro e da circunferência da Terra.
Também nos contou que ouve um divórcio na Historia entre a geografia e a matemática e a aproximação da História, incorporando a geografia descritiva a seu projeto cognitivo. O esquecimento da geografia médica e sua absorção posterior pela geografia acadêmica, via relação homem-natureza. Logo depois veio a grande virada e coloco com suas palavras:
“ Nesse cenário, compreende-se que a geografia possa ter adquirido um estímulo capaz de redefinir sua condição subalterna frente à história e libertá-la de fórmulas antigas, como a da descrição enciclopédica de países. Em tal perspectiva, ela era vista como um saber com- prometido com a atualidade e irmanado às “ciências afins” (tais como a geologia e a ocea- nografia), mais capacitado que qualquer outro para documentar a marcha do progresso e da civilização na superfície da Terra. Difunde-se nessa época, entre os entusiastas da geografia, a crença em seu valor como “a mais cultivada de todas as ciências”, (SGRJ, 1886:42), substituta da história no papel de formação intelectual e cívica.
A ressignificação da geografia aqui destacada pode ser verificada, entre outros fatores, através de sua autonomização como campo de conhecimento. Devido ao relativo atraso na criação de cátedras universitárias destinadas exclusivamente à nova disciplina, o pioneirismo no sentido apontado deve ser creditado às sociedades geográficas organizadas no período.
Atuando como centros de incentivo à exploração e de intercâmbio científico, tais sociedades aglutinaram interesses tão diversos quanto seus associados – engenheiros, cientistas, militares, diplomatas, comerciantes, empresários e outros profissionais. Assim, curiosidade científica, “razões de Estado” e interesses comerciais ali coexistiam. Ainda que o objetivo de fornecer conhecimentos instrumentais a governantes e empresários, como ambicionavam as sociedades geográficas, nem sempre tenha se mostrado factível, estas, porém, cumpriram um importante papel na conformação do imaginário ocidental sobre terras distantes e seus habitantes, através de publicações, conferências, exposições e congressos científicos.” (Sergio Nunes)
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