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Usina de Belo Monte - Histórico

Por:   •  20/4/2016  •  Relatório de pesquisa  •  671 Palavras (3 Páginas)  •  798 Visualizações

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Usina Hidrelétrica de Belo Monte

A UHE de Belo Monte começou a ser idealizada ainda no governo militar, em 1975, com o nome de Kararaô. O projeto inicial tinha dimensões maiores do que o atual. Ele foi pensado com seis barragens entre os rios Xingu e Iriri. No começo do planejamento, previa-se uma produção de 20.000 MW de potência (superior à Usina Hidrelétrica de Itaipu), e o alagamento de um território de 18.000 quilômetros quadrados (cerca de doze vezes maior que a cidade de São Paulo).

Segundo o site da Norte Energia, empresa responsável pela construção da usina, a UHE de Belo Monte levará desenvolvimento à região de Altamira e aos municípios vizinhos (PA), além de propiciar a melhoria da condição de vida de cerca de 5.000 famílias que vivem em palafitas. A região receberá também uma compensação financeira anual de R$ 88 milhões. O site ainda diz que o projeto gerará, no pico, 11.233,1 MW de potência, e como energia firme média, 4.571 MW. De acordo com a empresa, o projeto foi estudado intensamente, desde os possíveis impactos ambientais que a instalação de uma usina e tal porte causaria, até a preocupação com os povos indígenas ao redor.

Mas desde o início do projeto, em 1975, até os dias de hoje, a Usina Hidrelétrica de Belo Monte tem gerado muita polêmica. Podemos começar falando no aumento da população na região. Antes do projeto, a população de Altamira, PA, estava em torno de 100 mil habitantes – número que subiu para 150 mil habitantes. Devido à essa migração, o número de ocorrências policias também subiu – a taxa de homicídios foi de 48 para 57 casos por 100 mil habitantes. Além do aumento no número de homicídios, houve aumento no número de acidentes de trânsito – de 456 para 1169 em um ano. Nas escolas, foi registrado também um aumento no número de alunos. Em 2012, havia em Altamira cerca de 25.000 alunos no ensino infantil e fundamental. Em 2015, esse número subiu para quase 28.000, e isso amplia a pressão sobre os recursos municipais.

Além de afetar a população crescente de Altamira, a implantação da Usina de Belo Monte afeta também a população indígena. A empresa alega ter ofertado, como mencionado anteriormente, uma compensação financeira para as aldeias. A UHE tem desviado grande quantidade de água, e isso traz mais prejuízos à população ribeirinha, pois sua fonte de alimento está na pesca. Por causa disso, esse povo vê-se forçado a consumir alimentos industrializados, o que traz ainda mais prejuízos às suas saúdes, principalmente à das crianças. No site da empresa, é possível encontrar a seguinte afirmação: “A UHE Belo Monte não terá impacto direto sobre terras indígenas, nem haverá remoção de qualquer de seus habitantes.” Aqui faz-se necessária a menção do índio Raoni. Ele é um chefe indígena, líder caiapó e ativista ambiental, reconhecido internacionalmente. É nascido no estado de Mato Grosso, em 1930. Raoni declarou guerra contra a Usina de Belo Monte, em 2010, em entrevista à televisão francesa. Segundo ele, a usina ameaça os territórios indígenas localizados na beira do Rio Xingu. Na entrevista, ele diz: “Eu pedi aos meus guerreiros para se preparar para a guerra. Também falei com as tribos do Xingu. Nós não deixaremos isso acontecer. Nós iremos matar todos os brancos que se atreverem a construir essa barragem.” Ele possui uma petição internacional apoiada pelos demais líderes caiapós contra a barragem de Belo Monte. Essa petição foi escrita em cinco línguas, e recebeu o apoio de personalidades internacionais como James Cameron, Sigourney Weaver e Arnold Schwarzenegger.

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