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Utilazação dos espaços públicos para lazer

Por:   •  13/11/2016  •  Artigo  •  2.722 Palavras (11 Páginas)  •  352 Visualizações

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OCUPAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS DE LAZER E ESPORTES

NO  BAIRRO DA PENHA – SÃO PAULO

Antonio Sidney Caldo* - ascaldo01@gmail.com

Creunice Santos Rodrigues* - creu.santos14@gmail.com

Wilson Felix de Oliveira* - wilson.felix66@gmail.com

Geografia Urbana  – Professor: Rafael da Ponta Vicente

Resumo

      Nos espaços públicos às margens dos ribeirões Tiquatira, e Rincão, e nessas várzeas que se desenvolve objetivo do nosso artigo a ocupação dos espaços públicos  de  lazer e esportes, da população residente no próprio bairro ou nas adjacências.  A população residente no bairro de Penha é constituída historicamente por operários dos mais diversos setores,  evidencia-se portanto nos dias atuais  mudança nesse perfil, hoje além dos operários tradicional temos também um grande numero de profissionais liberais, entretanto o bairro mantém  sua característica de ser  estritamente residencial, exceto alguns bolsões de comercio e serviços nas Avenidas Penha de França e Amador Bueno da Veiga.  

        O terreno em estudo está localizado na Zona Leste de São Paulo, entre duas estações de metrô da linha vermelha, Penha e Vila Matilde. Ele é resultado do conflito dos diversos fluxos e do desenvolvimento urbano descontrolado. Uma área lindeira às linhas de trem e metrô que apresenta um processo de degradação natural intenso, passando pela canalização do córrego Rincão e a criação do sistema de piscinão para controle das enchentes.      

Palavras-chave:  espaço público; lazer e esporte; Bairro da Penha

  1. INTRODUÇÃO

                A cidade de  São Paulo apresenta um desequilíbrio na distribuição de seus espaços livres, possuindo praças urbanizadas em sua área mais central e, à medida que nos dirigimos aos bairros mais distantes, sua presença cede lugar aos pequenos campos de futebol improvisados, ruas com calçadas estreitas e sem arborização, além de ocupação habitacional de áreas a córregos e de topografia íngreme. Alguns parques foram criados especialmente na década de 1970 em locais mais distantes do centro, porém com acessibilidade restrita, projetos parcialmente adequados às demandas e em função da possibilidade imediata de aquisição de seu terreno, sem um critério sistêmico mais consistente.

                         O  Bairro da Penha  possui dois espaços públicos para  lazer e atividade esportiva, ambas construídas as margens dos córregos Tiquatira e Rincão. As áreas sociais são áreas que tem em comum a uniformidade da população. Essa uniformização ocorre através de três características: status socioeconômico, grau de urbanização e etnias.  A segregação da classe dominante está cada vez mais presente, com a existência de condomínios fechados. Esses são uma espécie de bairros luxuosos, com muros e sistema próprio de vigilância, dispondo de áreas de lazer e certos serviços comerciais exclusivos. (CORREIA, 1989).

Por outro lado, observamos  que nos últimos anos a Prefeitura do Município de São Paulo tem se voltado para o atendimento das crescentes demandas da população no que se refere à criação de novas opções de recreação e lazer em áreas públicas, isso sugere aprofundamento das questões relativas à apropriação do sítio urbano como forma de melhoria das condições ambientais da cidade em sua totalidade.

Segundo CORREA (1989),  as áreas sociais aparecem sob diversas formas espaciais. Áreas de condomínios exclusivos, que concentram população de alto status e áreas de favelas, onde vivem populações de baixo status social. São os extremos sociais em sua espacialidade. Entre os extremos situam-se bairros de classe média, diferenciados segundo diversas frações, e que aparecem sob forma verticalizada ou de habitações uni familiares, as áreas de cortiços, deteriorada e objeto de intervenções, sendo revalorizadas, conjuntos habitacionais e áreas de autoconstrução, de natureza popular e localizadas nas periferias urbanas. Este fato também ocorre no bairro da Penha, casas que antes  eram ocupadas por uma família hoje se transformam e pequenos   grupos de sobrados de 5 ou 6 unidades.

  1. Dados históricos

        O bairro da Penha, situado no subúrbio da capital paulista, foi fundado por volta de 1667, pelo padre Jacinto Nunes Siqueira, que possuía uma igreja chamada Nossa Senhora da Penha em sua fazenda. Com o passar dos anos, o povoado ao seu redor foi crescendo e na década de 1920, com a facilidade de locomoção existente no bairro, muitas pessoas já haviam se instalando na região. Muitas dessas invasões foram de grileiros, surgindo por consequência o trabalho informal.

[pic 1]

 Praça N. Sra. da Penha em 1908  - Fonte  memorial penha

Praça N. Sra. da Penha em foto de 1908. Ao fundo, o Externato São Vicente de Paulo, das irmãs vicentinas, ainda um edifício térreo, antes da reforma. Este era o único caminho para qualquer viajante que fosse do sul ao norte do país, de S. Paulo à então capital, Rio de Janeiro.

         

                 Porém, outra história sobre a fundação da Penha é contada, diz-se de um viajante que pernoitou em uma colina para descansar, ele tinha na bagagem uma imagem de Nossa Senhora da Penha. Seguiu viagem no dia seguinte, mas logo sentiu falta da santa, voltando para buscá-la. Partiu e léguas a frente, percebeu novamente a ausência da imagem. Encontrando-a outra vez na colina, o viajante concluiu que aquele fora o local escolhido pela santa para ficar, então construiu uma capela.

           A fundação da Penha é incerta, mas a data mais citada é a de 5 de setembro de 1668, quando foi concedida uma sesmaria ao padre Mateus Nunes da Siqueira que, conforme esclarece o próprio documento, já possuía uma fazenda no local e que havia, por iniciativa de seu irmão, o padre Jacinto Nunes da Siqueira, construído uma capela para Nossa Senhora da Penha. O primeiro documento de fé data de 1667, referente a uma doação em testamento à igreja.

Segundo Maria Cândida Vergueiro Santarcangelo, no livro Penha de França 1668-1968, também a primeira igreja da Penha pode ter sido construída mais cedo do que a data oficial indica. “Muitos moradores deixavam a vontade expressa de serem sepultados na Igreja de Nossa Senhora da Penha de França, como era costume de outrora. Alguns testamentos datavam da primeira metade do século 17, o que faz supor que a capela tenha sido erguida entre 1630 e 1650”. Curiosamente, permanece gravada no pórtico de entrada da igreja a data 1682. De acordo com Bomtempi, essa inscrição foi feita na reforma de 1937. “Nessa época, não haviam documentos que comprovassem a verdadeira data de fundação” (SANTARCANGELO,  2011).

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