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A América que os Europeus encontraram (fichamento)

Por:   •  4/4/2016  •  Resenha  •  2.076 Palavras (9 Páginas)  •  2.293 Visualizações

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Fichamento – A América que os Europeus encontraram

  • O rei viking Eric, o vermelho, chegou muito antes às terras americanas que Colombo.
  • Eurocentrismo – usa a palavra descobrir; “superioridade” dos europeus colocada em primeiro plano.
  • Civilizações mais evoluídas ou menos evoluídas são assim caracterizadas de acordo com o relacionamento do homem com a natureza e no relacionamento entre si a fim de dominar a natureza.
  • As civilizações “menos evoluídas” foram as que mais lutaram contra os invasores.
  • Há três grupos de estudiosos: 1. Eurocentristas, 2. Pessoas que se opõem aos eurocentristas, 3. Os que consideram as civilizações americanas sociedades de transição onde uma classe-Estado explorava as comunidades aldeãs por meio de tributos.
  • Impacientes para se tornar ricos, os marinheiros de Colombo não se conformaram com os presentes dados pelos habitantes locais e saquearam as aldeias com total desprezo.
  • Os astecas logo percebera, que os invasores eram bárbaros e não deuses, passando a chamá-los de popolocas.
  • Os europeus dizimaram os construtores de uma civilização que em muitos aspectos superava a deles, desestruturaram um sistema produtivo que alimentava milhões de pessoas, queimaram avanços científicos...
  • Astecas (México), Maias (região central), Incas (América Andina).
  • Europeus afirmavam que quanto mais nos aproximarmos desse modelo capitalista mais seremos felizes. Como os colonos ingleses construíram na América do Note uma sociedade semelhante da europeia, seu desenvolvimento foi muito mais rápido.
  • Todos os povos são potencialmente iguais.
  • Europa era o “espelho do mundo” na visão dos europeus. Porém, evoluiu de primitiva para o escravismo e feudalismo para chegar no capitalismo.
  • América não, ela possuía outros modos de produção.
  • Comunidades primitivas americanas: unificadas, com um Estado.
  • Modo de produção tributário: característica fundamental é a existência de comunidades aldeãs, sociedade sem classes, existência do Estado representado por sacerdotes, funcionários e guerreiros que extraem tributos de comunidades. Esse modo de produção é uma forma de transição de uma sociedade sem classes para uma com classes.
  • Se constitui em regiões onde a produção excedente econômica agrícola requer transformações no meio ambiente (irrigação, drenagens...) por meio de uma aglutinação das comunidades aldeãs ao redor do núcleo central.
  • Estado intervém diretamente na produção.
  • Maias: cidades-Estados. Maior utilização da força produtiva de trabalho humano do que meios de produção.
  • Mexicas ou Astecas: Uma das altas civilizações americanas que desenvolveram arquitetura, cálculos, escrita... O homem procurou dominar a natureza sem destruições.
  • Em Tabasco, atual México, era habitada pelos olmecas (habitantes do país da borracha). La Venta era um centro cerimonial importante de lá. Foi obra do povo, onde eles mesmo se concentravam para fins cerimoniais.
  • Sua desestruturação coincidiu com o aparecimento dos nahuas (vindos do norte).
  • Teotihuacán (cidade dos deuses) – São Juan de Teotihuacán, ao norte da cidade do México foi famosa por um gigante conjunto arquitetônico. Era o centro de um “império”. Ausência de sacrifícios humanos, de deuses belicosos... Império teocrático, comandado pelos sacerdotes de Quetzalcoatl. Destruída pelos nahuas.
  • Quetzalcoatl: Sua história é a busca incansável da realização humana. Não é um deus que desce à Terra para salvar os homens, mas sim um fim, o fim do aperfeiçoamento interior. É um homem que se transforma em deus após se libertar do condicionamento da matéria e mostra aos demais esse caminho.
  • Toltecas (tribos nahuas do norte) penetraram na Mesoamérica no ano de 908. Um Estado. Sua capital era Colhuacán. Após o assassinato do soberano Mixcóatl (947), Topiltzin, seu filho, assumiu o título de Quetzalcoatl. Topiltzin-Quetzalcoatl melhorou os costumes guerreiros, reformou a religião e aumentou a produção agrícola.
  • Em 1194 chega ao fim o Estado tolteca debilitado por lutas internas e pela destruição da invasão dos nahuas.
  • Mexicas/Astecas, vindos do norte, se instalaram em Chapultepec, no vale do Anahuac. Como tinham cidades lá, houve conflito por terras e os Mexicas perderam. Por estarem fracos militarmente, pagaram impostos e criaram alianças, dando origem à Confederação Asteca (conjunto de cidades, povos, etc. que se uniram aos Mexicas. Dividida em 38 porvíncias.)
  • Zapotecas: Se fixaram no vale de Oaxaca e construíram um centro religioso. Eram bons artesãos, usavam a habilidade para pagamento de tributos aos astecas, após serem conquistados.
  • Mixtecas: Também na região Oaxaca. Bem organizada. Achavam que seus antepassados teriam surgido da própria terra (árvore, lagoa...). Dividida em pequenas cidades-Estados.
  • Totonacas: Viviam na região do golfo do México. Exerceram comércio por toda a Mesoamérica. (Yugos – ferramentas de pedra talhada). Nada de importante.
  • Estrutura social Asteca: Tecuhtli (chefe que representava a comunidade perante o Estado, mas com a burocratização aconteceu o inverso, ele representava o Estado perante a comunidade). Responsável pela distribuição de terra e respondia pela ordem pública; Calpullec – nas aldeias, cuidava do registro das terras coletivas; Tlatoani – imperador, rodeado de 4 dignitários com funções militares; Sacerdotes – não iam para a guerra mas construíam, previam o futuro, ofereciam tributos...Tinham também os Calpixques – arrecadadores.
  • Para os astecas a guerra tinha caráter econômico.
  • A economia da Confederação Asteca se baseava na comunidade aldeã (Calpulli). Cada família tinha um lote de terra, onde trabalhava pra pagar impostos e autossuficiência. O Estado se preocupava com o crescimento demográfico.
  • Os escravos astecas eram os Tlatlacontin. Eram a camada mais baixa da população e podiam ser vendidos no mercado, porém, eles podiam se tornar livres.
  • Meyeques – tipo de mão de obra, em que trabalhavam em uma espécie de servidão pela vida.
  • Em dominações, os astecas eliminavam a estrutura militar inimiga mas mantinha as estruturas socioeconômicas.
  • Usava o modo de produção tributário, que era a base de sua sociedade e foi o passo anterior do subdesenvolvimento. Agricultura se baseava no milho.
  • Pillalli – Únicas terras privadas que tinham; Pochtecas – mercadores.
  • Maias: Modo de produção tributário estava evoluindo mas foi interrompido com a chegada dos espanhóis. Nas comunidades aldeãs a terra era vista como prolongamento do ser. Divisão do trabalho permitia o homem dominar a natureza. Para explorar a natureza, o homem passa a explorar outros homens.
  • O direito das comunidades ao uso da terra torna difícil a libertação da mão de obra, e por isso, dificulta sua evolução.
  • Formações sociais atrasadas: em que o tributo não mercantil de origem interna é considerado pobre.
  • Formações sociais avançadas: quando o excedente interior é elevado.
  • A história Maia pode ser dividida em 3:
  • 1 – grupos de totonacas percorriam o território caçando e colhendo da natureza oferecia, lento processo de sedentarismo.
  • 2 (Antigo Império) – os Maias se aglutinaram no centro da península
  • 3 (Novo Império – Estavam no sul do Yucatán. Essa fase nada mais é que um prolongamento do Antigo Império.
  • A decadência dos Maias veio por causa de terremotos, pestes, doenças, mas veio da agricultura principalmente. Faltava terra cultivável, pois a demanda era grande.
  • Estrutura social Maia: Mazehualob – trabalhadores/classe inferior; Halach- chefe supremo; Ahucan – sacerdote; Batabs – administradores e magistrados; Nacom – liderava os soldados no exército; A comunidade era representada por um Conselho; Tupil – delegado; Chilanes – adivinhos; Haviam também escravos, só que eles construíam edificações militares.

  • Putunes, “irmãos” dos Maias: Chamados de mercadores da Mesoamérica, eram excelentes navegadores. Estenderam vias de comércio. Mantiveram uma linha de comércio com a Confederação Asteca, com os Maias e com a península de Yucatán. Dominavam algumas regiões. O cacau servia de moeda. Comércio de longa distância bem organizado. Seu modo de produção tributário mercantilizado mantinha redes comerciais.
  • O modo de produção tributário se baseia na autossuficiência da comunidade e nos tributos cobrados pelo Estado. A impossibilidade de fazer essas duas coisas provocaram uma crise no sistema. O colapso da agricultura explica essa crise, assim como a decadência Maia (que possuía o modo de produção tributário mercantilizado).
  • Incas: Ficavam na Cordilheira dos Andes. Diferentes povos unificados. Inexistia a fome, exploração e violência. Os tributos serviam para manter as fornecer alimentos às pessoas nas épocas de más colheitas, cuidar de doentes...
  • Integrou povos de diferentes culturas; Construíram impressionante sistema de dominação, mantendo as aldeias como fundamental estrutura econômica. Os Incas impuseram a 15 milhões de pessoas a mesma língua, cultura e religião, além de um Estado centralizado, porém, isso foi feito com violência.
  • Possuíam excelente esquema de comunicação. Chasquis (correio inca).
  • Chavín de Huantar foi um centro cerimonial para onde convergiam peregrinos. Ele possibilitou a unidade cultural das aldeias espalhadas pelo Peru.
  • Mochicas (norte): Eram dos vales de Moche, Vicus e Chicamba. Cultura resultante de uma evolução de culturas antigas. Se organizavam em cidades-Estado.
  • Nazca (sul): Eram dos vales de Pisco, Ica e Nazca. Cultura resultante de uma anterior. Organização social e política desconhecida.
  • Recuay (serra): Eram de Callejón de Huaylas, Peru. Civilização subterrânea. Estrutura social desconhecida.
  • Tiahuanaco: Ficavam no altiplano boliviano, perto do lago de Titicaca. Modernos, obras em estradas de ferro. Foi um centro religioso.
  • Expansão Inca: eles se expandiram pelos vales vizinhos, e tiveram de enfrentar a Confederação Chanca, derrotando-os. Os Incas tinham tendências expansionistas.
  • Tauantisuyu (Império dos Quatro Quadrantes): Cuzco era a capital do Império, sendo que o território Inca estava dividido em duas partes, que se subdividiam em quatro. Havia hierarquias nas duas metades. Em cada capital de província tinha um governante (Tocricoc). Províncias divididas em departamentos (Sayas).
  • Líder do estado, encontra-se o Inca, pessoa divinizada, adorada e reverenciada por todos.
  • Os Incas tinham caráter guerreiro, com treinamento rigoroso. A classe-Estado se mantinha do excedente extraído de aldeias.
  • Incas tinha grande controle de números de pessoas em cada província, pois eles possuíam um sofisticado sistema de contabilidade. Os Quipucamayucs eram os responsáveis pela contabilidade.
  • Terra e água era do Estado, que distribuía para as pessoas, menos às que não pagavam os impostos ou faziam revoltas. A vida não era fácil no Império Inca.
  • O milho era o principal produto agrícola.
  • Os Incas tinham como base o modo de produção tributário avançado, baseado na exploração das aldeias por uma classe-Estado formada de sacerdotes, guerreiros e burocratas. Foi um sistema de dominação violento.
  • Destruição das altas culturas: As mudanças aceleradas provocaram alterações na consciência dos homens.
  • Eurocentristas destacam as virtudes da colonização.
  • O rei viking Eric, o Vermelho (Leif Eriksson, norueguês), chegou ao Canadá no ano 1000d.C., porém, ele não é lembrado porque a Europa ainda não tinha formado seus Estados e não tinha como viabilizar expedições nesse continente.
  • Para os eurocentristas, Colombo foi o verdadeiro descobridor da América, pois integrou-a à história europeia, coisa não feita por Erik.
  • O que realmente aconteceu na América foi uma planejada e consciente destruição. Tudo em busca de riquezas.
  • Colombo: Fanaticamente religioso, homem de transição da época medieval para o Renascimento europeu. Dominava as melhores técnicas de navegação da época. Em seus argumentos privilegiava sua autoridade e não sua experiência.
  • Seu desmando e as arbitrariedades na sua administração lhe tornaram prisioneiro e fizeram-no voltar à Espanha. Perdeu seu prestígio, morreu velho e solitário num mosteiro.
  • Cortés: Promoveu a conquista, assim como Colombo promoveu o “descobrimento”. Na América confrontaram-se muito mais do que duas civilizações materiais, confrontaram-se dois tipos de mentalidade.
  • Os astecas quase se entregaram aos colonos, pois para eles a realidade estava baseada nas adivinhações e profecias. A sociedade sofreu profunda transformação mental.
  • Mariana: Asteca que traduzia para Cortés tudo o que os Astecas falavam e faziam. Foi uma traidora no ponto de vista asteca.
  • Pizarro: O mais sanguinário dos colonizadores. Ambicioso, valente, analfabeto. Tomou o poder Inca. Ele enganou o líder Inca e tomou o poder, matando o antigo líder.
  • Foi assassinado por Almagro, seu parceiro de conquistas e carnificina.
  • Cortés morreu de velhice.
  • Eurocentristas eram incapazes de entender o pensamento pré-colombiano (no qual a natureza tinha que estar em harmonia com o homem).
  • Conclusão: Segundo os eurocentristas, tinham os índios aproveitáveis (podiam ser “domados”) e os descartáveis (indomáveis). Eles rebaixavam os habitantes à uma besta de carga. Eles se achavam o referencial a se seguir, se não existisse a Europa não existiria a América.
  • Os pré-colombianos se baseavam na reciprocidade, solidariedade, no controle público da autoridade, trabalhos coletivos, etc.
  • Os americanistas afirmam que a recuperação do passado só tem sentido se a projetarmos para o futuro.
  • Os pré-colombianos se ajudavam, eram recíprocos, e não visavam acumular riquezas enriquecendo a minoria e empobrecendo a maioria.
  • As sociedades Asteca, Maia e Inca não eram um paraíso. Existia a exploração de camponeses...Porém, eles eram muito organizados e eram capazes de criar estruturas produtivas para alimentar decentemente 25 milhões de pessoas por exemplo.
  • Eurocentristas tem a visão dos latino-americanos como subdesenvolvidos, mas a culpa foi deles mesmo que impossibilitaram um desenvolvimento próprio, querendo impor o seu sistema, sendo que o sistema existente aqui já era melhor que o deles. Nós não nos desenvolvemos pois nossa cultura e consciência estão marcadas pelo passado de exploração.

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