A Construção social dos regimes autoritários
Por: Adegildo Junior • 27/10/2018 • Trabalho acadêmico • 626 Palavras (3 Páginas) • 214 Visualizações
Título da obra A construção social dos regimes autoritários | |
Título do conteúdo fichado “Uma parte do povo Uruguaio feliz, contente, alegre” | Nº da ficha 01 |
Pag. 565 | “Por meio de certas propostas culturais, o regime tentou construir um caminho para consolidar e amplificar o possível apoio de setores da sociedade civil ao Estado autoritário.” |
Pag. 566 | Em geral, os enfoques priorizaram a análise das dimensões repressivas do regime, mas não atenderam às maneiras como essas políticas repressivas em conjunção com outras, não necessariamente coercitivas, procuraram gerar novos consensos ao redor do regime ditatorial.” |
Pag. 567 | “O período ditatorial promoveu o aparecimento de determinadas associações culturais, meios de comunicação e intelectuais que constituíram um tipo de paradoxal “sociedade civil” do regime ditatorial e atribuiu um novo status a elas.” |
Pág. 568 | “A universidade sofreu um tipo similar de perseguição, mas, diferentemente do ocorrido com o ensino fundamental e secundário, as transformações perpetradas pela ditadura realmente implicaram uma ruptura definitiva com relação ao marco autonômico que a mesma tinha mantido durante o período democrático.” |
Pág 569 | “No caso daqueles intelectuais, jornalistas e artistas que foram considerados pela ditadura “perigosos”, mas sobre os quais não existia nenhuma forma de controle, já que não pertenciam a nenhum âmbito da cultura estatal, os mecanismos básicos de controle foram a censura e a perseguição política.” |
Pag. 571 | “A Dinarp teria duas funções: por um lado, produzir informação e atividades que em seguida se amplificavam pelos meios de comunicação (alguns reproduziam quase de forma textual seus informes); ao mesmo tempo este organismo atuava como censor sobre a mídia.” |
Pag. 571 | “Como se tratava de uma real “refundação” do Uruguai, o projeto dos militares também requeria mudar as maneiras como os uruguaios se relacionaram com sua cultura nacional nas últimas décadas. A cultura do “novo Uruguai” devia ser construída com referentes alternativos ao que tinha sido a cultura da década de 1960” |
Pag. 572 | “A violência da expressão “geração perdida” expressava a dureza com que foram atacadas as imagens representativas da geração anterior. O índice mais importante de presos políticos pertenceu a esta geração, seus âmbitos de socialização educativos sofreram intervenções (secundária e universitária) e suas organizações sociais foram dissolvidas.” |
Pag. 574 | “Embora a maioria das destituições tenha sido realizada até 1976, depois deste ano as legislações internas continuaram marcando as características da perseguição e determinando claramente os limites do que os professores podiam falar e o que não.” |
Pag. 575 | “Isto foi particularmente notório no futebol, em que os militares, aproveitando um período em que as seleções juvenis obtiveram muito bons resultados no âmbito internacional, procuraram capitalizar politicamente estes êxitos.” |
Pag. 576 | “As transformações urbanas do período, as cerimônias patrióticas nas instituições educativas e públicas, os desfiles cívico militares, a euforia escultórica relacionada com a figura de Artigas são apenas algumas amostras desta expansão.” |
Pag. 578 | “A segunda independência ou refundação nacional eram conceitos utilizados para expressar o desejo de liberar definitivamente a nação da ameaça subversiva que tinha sofrido nas últimas décadas.” |
Pag. 579 | “Existia uma só cultura nacional, que era a que se promovia nestes eventos. Essa proposta cultural basicamente se reduzia a uma visão idealizada de certos fenômenos da vida rural do século XIX.” |
Pag. 579 | “Depois dos primeiros anos a censura nos meios de imprensa decresceu. Isto não foi o resultado de uma suavização das medidas do regime autoritário, mas, pelo contrário, a mais clara demonstração de que as medidas impulsionadas nos primeiros anos tinham sido efetivas para controlar e promover a autocensura nos jornalistas e empresas” |
Pag. 581 | “Embora a ditadura tenha tentado promover expressões culturais que tivessem caráter oficioso, em sua grande maioria tais projetos fracassaram por não contar com um corpo de intelectuais capazes de impulsioná-los” |
Pag. 583 | “Assumia-se que o Uruguai anterior ao golpe era inviável, reconhecia-se boa vontade no regime e por último se pedia mais radicalidade em suas reformas econômicas.” |
Pag. 285 | “O fato de que a anistia tivesse sido resolvida por aprovação popular foi uma coisa bastante difícil de digerir para os setores progressistas. Diversos analistas elaboraram diferentes hipóteses para explicar este comportamento eleitoral.” |
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