Regimes Políticos No Mundo Social-econômico

REGIMES POLÍTICOS NO MUNDO SOCIAL-ECONÔMICO

Um regime político caracteriza-se pelas regras e instituições que regulam a disputa pelo poder político e o seu exercício entre os cidadãos ou grupos sociais, ou seja, a forma de se reger uma nação, dividindo-se em: regimes democráticos e totalitários.

Entretanto, durante a pesquisa, foram encontrados resultados divergentes em relação ao conceito de regime político, sendo considerado, por alguns autores, sinônimo de forma de governo.

Portanto, vale ressaltar a diferença entre regime político, forma e sistema de governo.

Segundo Dalmo de Abreu Dallari (p. 80, 1998),

[...] há uma relação íntima entre forma política e estrutura da vida humana social. O conceito de forma afeta os diferentes graus da realidade política, permitindo a identificação de três espécies distintas: regime político, quando se refere à estrutura global da realidade política, com todo o seu complexo institucional e ideológico; forma de Estado, se afeta a estrutura da organização política; sistema de governo, quando se limita a tipificar as relações entre as instituições políticas.

Ou seja:

Forma: diz respeito à instituição do poder e à relação entre governantes e governados. São formas de governo a República e a Monarquia.

Sistema: relacionado à forma de interação entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo em suas funções governamentais. São sistemas de governo o Presidencialismo e o Parlamentarismo.

Ao analisarmos os regimes políticos em um contexto mundial, percebe-se, ao longo da história, o surgimento de diversos regimes de caráter democrático e totalitário.

Dentre os totalitários, estão o Fascismo (Itália, séc. XIX), o Nazismo (Alemanha, séc. XX), o Comunismo (China, séc. XX) e a Monarquia Absoluta (Inglaterra, séc. XVI).

Fascismo

Este regime político surgiu na Europa entre 1919 e 1945, portanto, no intercurso das duas grandes guerras mundiais (I Guerra Mundial e II Guerra Mundial), mais precisamente, na Itália, sendo implantado por Benito Mussolini.

Diante de um contexto histórico pós-guerra, a Itália se encontra em profunda crise econômica e social, promovida pelas destruições da guerra e pela humilhação geral sentida pela população italiana, extremamente patriota. Em meio a esse confuso cenário, Benito Mussolini é convocado para chefiar o país.

Em relação ao regime, destacam-se como características econômicas o corporativismo (que prega a cooperação entre as classes), o intervencionismo econômico por parte do Estado e o expansionismo militarista (altos investimentos na produção de armas e equipamentos de guerra) com o objetivo de promover expansão territorial por meio de guerras.

Destacam-se, quanto aos aspectos sociais: o nacionalismo extremo, ideologia baseada na idéia de que só o que é do país tem valor, o culto à força física onde, desde jovens, os homens eram treinados e preparados fisicamente para a guerra; a censura como forma de coibição de qualquer crítica ou idéia oposta ao governo.

Mussolini permaneceu no poder até 1943. Foram, portanto, 21 anos de governo sob o regime fascista, resumido, por Mussolini, da seguinte forma:

“Tudo para o Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”.

Fascismo nos dias de hoje:

Embora tenha entrado em decadência após a Segunda Guerra Mundial, alguns aspectos da ideologia fascista perduram até os dias atuais, como por exemplo, em alguns partidos políticos da Europa que baseiam suas idéias na xenofobia (aversão a estrangeiros).

Nazismo

Assim como na Itália, o período pós-guerra enfrentado pela Alemanha foi de profunda crise econômico-social. Para sair da guerra e manter o que restou de seu exército, os alemães assinaram um acordo de paz chamado “Tratado de Versalhes”. Esse tratado, além de responsabilizar a Alemanha pela Primeira Guerra, proibia o país de fabricar armas, tanques e aviões; obrigava a devolução de territórios conquistados e a redução do exército alemão, além de exigir o pagamento de uma indenização aos países vitoriosos, pelos danos de guerra. Essas imposições criaram na Alemanha um clima de revolta por parte da população, que estava se sentindo humilhada.

Proporcional ao crescimento de ódio dos alemães, alastrou-se a ideologia de Adolf Hitler. Ele culpava comunistas, liberais e judeus pela desordem instaurada no país e considerava a Alemanha como dotada de uma raça superior e única.

Semelhante ao fascismo, o nazismo também promoveu, socialmente, a censura à imprensa, o culto à força física, o racismo e o patriotismo extremos e o expansionismo militarista.

Já no final da Segunda Guerra, quando as tropas aliadas entraram na capital alemã, Hitler (que estava em seu esconderijo) cometeu suicídio.

V de Vingança

No filme V de Vingança, que se desenvolve numa Inglaterra futura, apresenta um Estado cruel e corrupto. Um governo que prendia, torturava e eliminava negros, homossexuais, manipulava o povo por meio da mídia e da alienação televisiva, numa tentativa de promover uma limpeza étnica e social. Portanto, percebe-se a semelhança entre o governo presente no filme e o regime nazista.

Comunismo

Regime político que visa a criação de uma sociedade sem classes sociais. De acordo com esta ideologia, os meios de produção (fábricas, fazendas, minas, etc) deixariam de ser privados, tornando-se públicos. No campo político, a ideologia comunista defende a ausência do Estado. Quanto aos aspectos econômicos, este pregava a abolição da propriedade privada e a inexistência de classes sociais.

Socialismo: embora as teorias comunista e socialista caminhem para o mesmo objetivo, o socialismo seria caracterizado pela instalação de um estado forte ("ditadura do proletariado"), capaz de consolidar o regime e promover a diminuição da desigualdade social, enquanto no comunismo a figura do Estado não existe. O socialismo seria um passo para o comunismo.

Entretanto, os países ditos comunistas, como Cuba e China, são assim chamados por se inspirarem nas idéias marxistas, mas a etapa do comunismo nunca foi