A Década de 1960 ficou marcada em nossa história como o início da ditadura militar no Brasil
Por: FabyThiMannu • 18/9/2015 • Dissertação • 2.366 Palavras (10 Páginas) • 356 Visualizações
Trabalho final Maria Aparecida
INTRODUÇÃO
Para compreendermos a história é importante que refaçamos o percurso histórico da década anterior.
A década de 1960 ficou marcada em nossa história como o início da ditadura militar no Brasil. Este fato está relacionado diretamente com a economia e com a crise desencadeada com a renúncia do presidente Jânio Quadros que havia conseguido estabelecer um período de grande crescimento econômico para o país.
Um período onde o país passava por um processo de industrialização mais aprofundado, com a ditadura militar o governo conseguiu trabalhar para o crescimento nacional, o que ficou conhecido como “milagre brasileiro”. Através da exacerbação do nacionalismo e na repressão aos movimentos sociais e com isso ampliando a exploração aos trabalhadores conseguiram fazer a economia nacional crescer a olhos vistos neste primeiro momento.
Esta realidade não se sustentou a longo prazo, tendo causado, posteriormente, o aumento da inflação e a crise que o Brasil atravessaria durante as décadas de 1970 e 1980. Já em 1979 há um grande salto inflacionário, ocorrido em função da crise mundial do petróleo e da política interna de fixação de preços A ditadura militar implantada em 1964 atinge o apogeu. O AI-5 vigorava por quase todo o período, assim como o sistema bipartidário, com a Aliança Renovadora Nacional (Arena) dando sustentação ao governo e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) fazendo oposição. Há também a crise da economia altos juros internacionais do preço do petróleo. A década se aproxima do fim com o ressurgimento dos movimentos sociais e se fecha com o início da redemocratização.
Partidos, Governos e Principais Propostas
Governo Médici
Durante a década de 1970, três generais se sucedem no governo do Brasil: Emilio Garrastazu Médici Bagé (1969-1974), Ernesto Geise João (1974-1979), Baptista de Oliveira, e Figueiredo (1979-1985).o governo Médici dispunha do AI-5, o mais discricionário e duradouro dos atos institucionais o qual garantia a supremacia do Poder Executivo sobre os demais poderes – além de manter suspensas as garantias constitucionais, o AI-5, editado em 1968, dava poderes ao presidente da República para fechar por tempo ilimitado o Congresso Nacional, as Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais; suspender direitos políticos, cassar mandatos eletivos e demitir ou aposentar juízes e funcionários; decretar estado de sítio e prorrogá-lo por tempo indeterminado. Fazendo decidido uso de recursos como esses,
O presidente Emílio Médici, havia assumido o poder em 30 de outubro de 1969 para um mandato de quatro anos e meio, igualmente intolerante a críticas e à contestação pacífica, o governo Médici baixa um decreto-lei estabelecendo a censura prévia a livros e periódicos, o qual é ratificado pelo Congresso em maio de 1970. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes e músicas são censurados e tudo aquilo que desagrada às autoridades governamentais é proibido.
Em 1970, a televisão já atingia mais de um quarto da população brasileira. Buscando construir uma imagem positiva do governo, Médici faz intenso uso da propaganda. Com efeito, um dos slogans dessa propaganda dirá: "Brasil, ame-o ou deixe-o". Já outros, como "País que vai pra frente" e "Ninguém segura este país", celebrarão com ufanismo os fatos marcantes da época: crescimento extraordinário da economia, expansão das telecomunicações, conquista do tricampeonato mundial de futebol e etc.
Entretanto, havia senões na política de desenvolvimento seguida pelo governo Médici. Por um lado, aumentava a desigualdade na distribuição de renda, a ponto de o próprio presidente chegar a afirmar que "a economia vai bem, mas o povo vai mal". Por outro lado, crescia-se ao preço do endividamento externo, tanto que no final de 1973 a dívida externa já era de 12,6 bilhões de dólares (em 1964, era de 1,5 bi).
No Governo Geisel
No governo Geisel, numa conjuntura internacional abalada pela repentina crise do petróleo, é adotado o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND). Com o intuito de diminuir a dependência em relação ao petróleo importado, do qual o Brasil era 80% dependente, e ao mesmo tempo realinhar a capacidade da infraestrutura ao patamar de desenvolvimento então alcançado pelo País, o II PND prioriza os investimentos no setor energético e em transportes, comunicações e indústrias de base. Nesse sentido, em 1975 é lançado o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), assinado o acordo nuclear com a Alemanha e adotada a política de contratos de risco entre a Petrobras e empresas estrangeiras para a prospecção de petróleo em território nacional. Outras importantes iniciativas são a exploração do minério de ferro da Serra dos Carajás e a construção das usinas hidrelétricas de Itaipu, Tucuruí e Sobradinho.
Contudo, a queda na taxa de crescimento econômico, o impacto das crises do petróleo, o contínuo aumento da dívida externa e o crescente desequilíbrio no balanço de pagamentos e na balança comercial tornam as metas do II PND inatingíveis. Além disso, Geisel tem de enfrentar a alta da inflação, que sobe para 27,6% em 1974 e continua subindo nos anos seguintes. Em 1979, os principais problemas da economia continuavam sendo o crescimento da taxa de inflação (alimentado pelos seguidos aumentos dos preços dos combustíveis no mercado interno) e da dívida externa, a qual atinge 49,9 bilhões de dólares nesse ano.
Além disso, Geisel tem de enfrentar a alta da inflação, que sobe para 27,6% em 1974 e continua subindo nos anos seguintes. Em 1979, os principais problemas da economia continuavam sendo o crescimento da taxa de inflação (alimentado pelos seguidos aumentos dos preços dos combustíveis no mercado interno) e da dívida externa, a qual atinge 49,9 bilhões de dólares nesse ano.
Governo Figueiredo
Em 31 de dezembro de 1978 o AI-5 é finalmente abolido e em 15 de março de 1979 Figueiredo assume a presidência da República. Em 28 de agosto, dando continuidade à abertura política, agora em fase de redemocratização, o novo presidente sanciona a Lei de Anistia, que beneficia 4.650 pessoas entre presos, cassados ou destituídos dos seus empregos e permite a volta dos exilados e banidos, anistiando-se também os responsáveis pelas arbitrariedades cometidas em nome do combate à subversão.
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