A EDUCAÇÃO, PANDEMIA E DOCÊNCIA: NOVOS TEMPOS, NOVOS DESAFIOS
Por: Marcia Oliveira • 19/11/2020 • Trabalho acadêmico • 2.266 Palavras (10 Páginas) • 372 Visualizações
EDUCAÇÃO, PANDEMIA E DOCÊNCIA: NOVOS TEMPOS, NOVOS DESAFIOS
Márcia de Jesus de Oliveira – R.A.: 19145023-5
RESUMO
Este artigo é resultado de um estudo sobre tecnologias e inovações na Educação Básica no Ensino à distância. Busca-se conceituar e diferenciar os termos tecnologia e inovação no ambiente escolar na contemporaneidade. Também, exemplificar tecnologias e inovações na prática pedagógica, bem como sua utilização consciente e de modo crítico em diferentes contextos. Além disso, quais os desafios e as possibilidades que o ensino de História poderá ofertar na abordagem do tema. A metodologia utilizada foi baseada em pesquisa bibliográfica de leis vigentes, políticas públicas, artigos científicos, livros e boas práticas pertinentes ao assunto, dentro da educação brasileira. Ao fazer essa análise constata-se que há várias metodologias e ferramentas disponíveis para os educadores, possibilitando e viabilizando o ensino remoto nas rotinas escolares. Outrossim, demonstrar as possibilidades e os desafios que o ensino de história poderá ofertar na abordagem da temática, contribuindo nos métodos currículo-pedagógicos, principalmente, no que diz respeito à conscientização e reflexão crítica dos educandos.
Palavras-chave: [Educação. Ensino Remoto. Inovações. Pandemia. Tecnologias]
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo visa fazer uma explanação sobre tecnologias e inovações na Educação Básica, buscando conceituar e diferenciar os mesmos, bem como demonstrar e exemplificar sua aplicabilidade e disponibilidade na prática pedagógica, possibilitando assim que o educador consiga dar continuidade ao processo de ensino- aprendizagem dos estudantes, através da forma remota.
O objetivo deste estudo busca evidenciar a disponibilidade de metodologias e ferramentas para o uso no ensino à distância, assim como demonstrar sua permissibilidade no ordenamento jurídico da educação brasileira. Tais mecanismos visam auxiliar os docentes nos desafios impostos pela Pandemia, que exige uma nova postura na forma de ensinar.
A metodologia estará voltada para a pesquisa bibliográfica, onde pretende-se conceituar e destacar as tecnologias e inovações. Exemplificar algumas boas práticas disponíveis em artigos científicos, que possam contribuir nas rotinas deste novo modelo educacional, emergente em tempos atuais.
O objetivo principal é demonstrar como a área de ciências humanas, em específico a disciplina de história, tem um papel importante na aplicação de novos métodos no âmbito da educação básica, bem como sua utilização consciente e de modo crítico em diferentes contextos.
2 REFLEXÕES SOBRE TECNOLOGIAS E INOVAÇÕES: DESAFIOS E POSSIBILIDADES NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Um dos grandes desafios dentro da educação básica tem sido dar continuidade ao processo de ensino-aprendizagem, desde que houve a paralisação das aulas presenciais, em meados de março do ano presente, para a prevenção e o enfrentamento da Pandemia de Coronavírus.
Diante deste quadro por meses seguidos, sem uma previsão efetiva de volta, foram necessárias tomar medidas legais que permitissem uma continuidade do ensino, de maneira remota. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) já previa a possibilidade de ensino a distância em casos emergenciais. A partir deste entendimento, os Conselhos de Educação de vários estados também se manifestaram para regulamentar as atividades pedagógicas de maneira remota.
No artigo 24, inciso primeiro, da LDB, está previsto que a carga horária mínima anual da Educação Básica, nos níveis Fundamental e Médio, será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver. Contudo, no dia de 1º de abril de 2020, através da Medida Provisória nº 934, o poder executivo federal estabeleceu a desobrigação do cumprimento dos 200 dias letivos desde que cumprida a carga horária mínima de 800 horas. Ainda na LDB, no artigo 23, 2º, está disposto que “o calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem, com isso, reduzir o número de horas letivas previsto na Lei”. Já no artigo 32, § 4º, a LDB afirma que “o Ensino Fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais”.
Diante disso, as instituições de ensino foram obrigadas a se adaptarem à nova situação, e ofertarem aos seus estudantes esta nova modalidade de ensino, surgindo assim mais um problema: Como ofertar um ensino à distância com eficiência e qualidade?
A partir daí, toda a comunidade escolar começou a enfrentar vários dilemas relacionados às tecnologias necessárias para o ensino remoto, como: a falta ou dificuldade de acesso dos alunos, corpo docente sem experiência em ferramentas ou metodologias, ausência de materiais pedagógicos pertinentes ao momento etc.
Era necessária uma nova postura de todos, principalmente, dos educadores. A escola havia saído dos prédios e agora estava nas telas de um computador. Era necessário mudar. Mas, como afirma Cortella (2014, p.32), mudar é um desafio:
Se há algo que nós, humanos, temos dificuldade é de assimilar processos de mudança. Mudar é complicadíssimo. Gostamos muito daquilo que nos é familiar, ao que já estamos habituados.
Então, novos métodos e ferramentas, além dos já existentes, são imprescindíveis de serem adotados para suprir e dar suporte ao ensino à distância emergencial na Educação Básica.
Muito tem se falado sobre tecnologias e inovações na Educação. Entende-se por tecnologia o resultado da fusão entre ciência e técnica. O conceito de tecnologia educacional pode ser enunciado como o conjunto de procedimentos (técnicas) que visam "facilitar" os processos de ensino e aprendizagem usando a ciência. Já inovar não é, necessariamente, fazer algo inédito e mais complexo, mas, sim, fazer diferente. Também significa rever conceitos, entender um processo e pensar em como melhorá-lo, reavaliando o papel do educador e do aluno no processo de aprendizagem. Assim, os recursos tecnológicos são aliados importantes, na medida em que eles desempenham um papel facilitador na vida dos gestores, dos professores e dos alunos.
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