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A Educação Mandeville

Por:   •  12/7/2019  •  Trabalho acadêmico  •  349 Palavras (2 Páginas)  •  248 Visualizações

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Madeville pensava que educação de boa qualidade , saber ler, escrever e ter conhecimento sobre aritmética, são coisas que deviam ser ensinadas para a burguesia mas e a classe baixa? Ele afirma que não é uma perda de tempo tentar dar educação aos pobres, mas sim que é perigoso, pois esses, se educados para além das necessidades de seu nível de vida, tornar-se-iam insatisfeitos com o que têm e conseguem, e quereriam mais. Tentariam sair de sua “classe”, por assim dizer.

Por mais que uma determinada sociedade melhore o seu nível de vida, a base dela sempre deve ser mantida: trabalhadores brutos e sem nenhuma tendência a almejar coisas melhores dos que a que já têm. Uma metáfora que o Mandeville usa é a do relógio: a sociedade pode ser comparada a um relógio, instrumento que demorou a ser planejado, construído e aperfeiçoado mas que, depois de montado e posto a funcionar, não precisa mais de intervenção externa. Tentar melhorar o relógio enquanto este funciona, levaria com certeza à sua parada.  O pobre não precisa se dar conta de que o trabalho é penoso. A ignorância tem utilidade. A liberdade e a propriedade poderão permanecer seguras enquanto o filho do pobre estivar com as roupas sujas do pó do trabalho, em lugar de manchadas inutilmente de tinta.

No trecho “Ensaio Sobre a Caridade e as Escolas de Caridade”, Mandeville  mostrava-se  contra o contato da igreja da Inglaterra de querer instruir e educar os filhos dos pobres. Ele considerava essa ação da Igreja indevida porque contraria o princípio de não intervenção na colméia humana.  As classes inferiores necessitam apenas das lições do Evangelho. É preciso conforma-se à vida dura. Há muito trabalho duro e sujo por fazer e alguém deve se submeter a ele com alegria e satisfação. A felicidade é relativa. Quanto menos noção o homem tenha de sua existência, melhor e mais contente se sentirá com ela.



Referências
BERNARD MANDEVILLE E AS ESCOLAS DE CARIDADE.   
La Fábula de las Abejas o los vicios privados hacen la prosperidad pública, México, Fondo de Cultura Económica.

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