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A FESTA DA PENHA

Por:   •  5/1/2017  •  Seminário  •  3.087 Palavras (13 Páginas)  •  175 Visualizações

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Universidade Federal Fluminense

Instituto de Ciências Humanas e Filosofia

Curso de História

Disciplina: Seminário História da Cultura X – Festas, Poder e Política no Brasil Império.

Professor: Lídia Rafaela

Festa da Penha: Ontem e Hoje

Apresentado por:

Luiza Fritsch Toros T. da Silveira

Niterói

2016


SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO...................................................................................................3

2 CONTEXO HISTÓRICO...................................................................................4

3 A IGREJA DA PENHA......................................................................................6

4 O BAIRRO DA PENHA.....................................................................................7

5 A FESTA DA PENHA........................................................................................8

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................12

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................14

1        INTRODUÇÃO

O presente estudo tem como objetivo abordar as características dos festejos da Penha, enquanto um evento tradicional no cenário carioca, ontem e hoje. Quais as principais características da festa da Penha? Quais as transformações ocorridas no seu ritual e no seu contexto? Serão questões a serem respondidas pelo estudo.

Sabe-se que a tradição da Festa da Penha tem motivação religiosa ligada às peregrinações à antiga ermida no alto do morro, onde, hoje, está o Santuário de Nossa Senhora da Penha, no entanto,também é uma festa com forte apelo popular.

No artigo serão tratados os dois tipos de festividade existente na festa da Penha: o religioso e o profano, que mantém uma coexistência pacífica dentro de um mesmo espaço urbano.

O texto aborda o contexto histórico da festa, passando por uma descrição sucinta do espaço geográfico onde ela ocorre e finaliza com apresentação das principais características do Santuário e da festa em si.

Vale a pena ressaltar que a festa da Penha também acontece em outros estados do Brasil como no Espírito Santo, São Paulo e Paraíba, mas o presente artigo será dedicado à festividade que ocorre no Rio de Janeiro e em sua influência durante o período Imperial.

2        CONTEXTO HISTÓRICO

Segundo registros históricos, existem várias versões para a origem das comemorações em torno de Nossa Senhora da Penha. Uma das mais populares, conta que, por volta de 1434, o peregrino francês Simão Vela sonhou com uma imagem de Nossa Senhora enterrada no topo de uma montanha, pedindo para que ele a procurasse. Consta que seu sobrenome deriva do fato de que na sua busca, constantemente ouvia a advertência: “Simão, vela e não durma”. A sua peregrinação durou cinco anos,e um dia, parou para descansar e relata ter visto uma senhora com o filho no colo que lhe indicou o lugar onde encontraria o que procurava. Auxiliado por alguns pastores da região, conseguiu achar a imagem que avistara em sonho. No lugar onde encontrou a imagem, Simão Vela construiu uma ermida que logo se tornou célebre pelo grande número de milagres atribuídos à imagem, denominada de Senhora da Penha de França, um morro localizado na Espanha. Ao saber dos milagres, o Senado da Câmara de Lisboa prometeu construir um grandioso templo dedicado a Nossa Senhora da Penha, se ela livrasse o país da peste. A diminuição drástica dos casos da doença foi interpretada como um milagre e a Câmara cumpriu a promessa construindo um grandioso santuário de Nossa Senhora da Penha em Lisboa.

Já no Brasil, a devoção a Nossa Senhora da Penha começa devido às peregrinações à antiga ermida localizada no alto da colina, onde hoje reside o santuário.As romarias ao local ocorrem desde 1713.

De acordo com a Arquidiocese do Rio, a ermida teria sido erguida pelo Capitão Baltazar de Abreu que subiu na pedra, onde se situa a igreja atualmente, para ver suas plantações e se viu frente a frente a uma serpente. Diante do perigo, rogou ajuda a Nossa Senhora e interpretou como milagre o fato de não ter sido atacado pelo animal. Em retribuição, resolveu erguer uma pequena capela onde pôs uma imagem de Nossa Senhora.

A partir desse momento, o Capitão passou a subir a pedra para agradecer e pedir proteção, sendo seguido por parentes, amigos e vizinhos. Como a ermida estava em cima de uma pedra, a Nossa Senhora lá postada passou a ser chamada de Nossa Senhora da Penha - palavra que deriva de rocha, dorso de uma serra, de acordo com o dicionário Michaelis[1].

3        A IGREJA DA PENHA

A divulgação dos milagres atribuídos a Nossa Senhora da Penha levou a intensificação de peregrinos e demandou uma série de mudanças na igreja e no seu em torno. Assim, após o capitão Baltazar doar todas as suas propriedades a Nossa Senhora da Penha, foi criada a Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Penha para administrar a manutenção do Santuário. Coube a ela a empreitada da demolição da primeira capela em 1728. Essa capela foi substituída por outra em 1870, já durante a crise do Império. Essa, por sua vez, possuía uma torre e novos sinos.

Em 1900, o templo foi ampliado, ganhando duas novas torres e, posteriormente, um carrilhão com 25 sinos. Desde 1906 a igreja passou a ter a aparência atual, com seus 365 degraus. Antes, porém, a escadaria tinha 382 degraus que foram entalhados na rocha custeada por um casal, em agradecimento pelo nascimento do filho.

Recentemente, foram realizadas obras de melhoria da igreja, como novos banheiros e uma Concha Acústica que pode acomodar até 30 mil pessoas. O santuário também conta com um bondinho que pode transportar até 500 pessoas por hora.

A Arquidiocese do Rio espera construir, em breve, um abrigo para peregrinos, um restaurante panorâmico e uma praça de alimentação. Ainda existe a perspectiva da Irmandade, construir uma nova igreja com capacidade para 20 mil pessoas.

O fluxo cotidiano mais intenso de peregrinos acontece aparecem na Rua dos Romeiros, devido à maior concentração comercial e à proximidade da estação, mas de modo geral as calçadas de toda a área são muito ativas. A área da irmandade, em contraste, é bastante vazia fora dos horários de eventos da Igreja. Os fluxos ficam restritos à população que vive na comunidade adjacente e que eventualmente a acessa pela Estrada da Penha.

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