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A História Do Racismo No Ambiente Escolar

Por:   •  2/5/2023  •  Trabalho acadêmico  •  7.960 Palavras (32 Páginas)  •  97 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ÉDER DAGOBERTO ROCHA - 1905609

A HISTÓRIA DO RACISMO NO AMBIENTE ESCOLAR

TABATINGA – SP

2022

UNIVERSIDADE PAULISTA

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ÉDER DAGOBERTO ROCHA

A HISTÓRIA DO RACISMO NO AMBIENTE ESCOLAR

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TABATINGA – SP

2022

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RESUMO

O presente trabalho pretende analisar o processo histórico do racismo no Brasil e a aplicação da Lei n.º 10.639/03, que trata sobre o Estudo da História e da Cultura Afrobrasileira. Averiguar como são ajustadas as relações étnico-raciais no ambiente escolar, tendo o foco que precisamos reconhecer a escola como um lugar onde as diferenças raciais se mostram com mais destaque, deste modo como docentes devemos estar atentos as práticas discriminatórias, semeando uma relação de respeito e valorização das garantias legais em nossa sala de aula. O objetivo é analisar a aplicação da Lei nº 10.639/03 no ambiente escolar e verificar a sua eficácia no combate ao racismo.

Palavra-chave: racismo, preconceito escolar, Lei nº 10.639/03, história do racismo


ABSTRACT

The present work studies the historical process of racism in Brazil and the application of Law n.º 10.639/03, which deals with the Study of Afro-Brazilian History and Culture. Investigate how they are racial as ethnic-racial relations, having the focus that we must recognize how a place as a highlight racial are shown with more, in this way as schools we must be aware of discriminatory practices, sowing a consideration of respect and appreciation of legal guarantees in our classroom. The objective is to analyze the application of Law nº 10.639/03 in the environment and verify its diligence in the fight against racism.

Keywords: racism, school prejudice, Law nº 10.639/03, history of racism


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        6

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA        7

2. MÉTODO         8

3. ANÁLISE E DISCUSSÃO         9

CONSIDERAÇÕES FINAIS        11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        12

APÊNDICE (SE HOUVER)                                                                                                   13

ANEXO I (SE HOUVER)        14

  1. INTRODUÇÃO

O Brasil é um país que possui uma grande variedade cultural, o que explica a existência de tantas falhas nas questões étnico-raciais. Na educação, que é o norte principal desse trabalho, as questões raciais foram, por muito tempo, caladas. No entanto, esta situação recebeu uma novo olhar desde 2003, especialmente com a introdução da Lei 10.639/03, que institui a obrigatoriedade do estudo da História e Cultura Africana e Afro-brasileira. Essa medida é nossa reflexão da comunidade sobre raça no contexto escolar. Essa iniciativa fez nossa sociedade refletir sobre o racismo nas escolas.

A luta pela defesa do racismo em toda a nossa sociedade não é atual, Diante disso, o ensino não fugiu de ser um espaço que tratasse os afrodescendentes de maneira desigual. O tratamento discriminatório dos negros iniciou-se desde a chegada dos Portugueses ao Brasil, em que o ensino dos negros, tinham como objetivo modelar aquele povo aos costumes dos Europeus, incutindo na mente dos povos nativos a lógica da escravidão, assim, os negros foram menosprezados por nossa sociedade portuguesa. Por um longo período, foram escravizados e banalizados pela relação de superioridade e submissão de uma sociedade branca e europeia.

Já no Brasil império, não havia escolas para a população negra, tão pouco projetos governamentais que visassem o ingresso dessa parcela da população no ensino. Esse tratamento que a população negra sofria sendo menosprezada e julgada como inferior no ambiente escolar perdurou por muito tempo na história do Brasil, por diversas vezes, os docentes utilizavam a expressão “de raça” como forma a tipificar diferentes povos humanos, usando traços biológicos para separar as pessoas de forma negativa. Sendo assim, estabeleciam níveis de superioridade fundamentados em ajuizamentos racistas, excluindo-os de certa forma.

Nota-se que o preconceito sofrido pelas crianças afrodescendentes ensino fundamental e médio, traz grandes reflexos na vida adulta das crianças, bem como em toda a sociedade atual, posto que apenas 50,7% da população negra do Brasil possuem formação em cursos superiores. Se formos adentrar em especializações de grande notoriedade, como por exemplo, o curso de medicina, esse percentual cai para apenas 2,7 concluintes negros.

O racismo no ensino no Brasil, pode acarretar, ainda, em diferentes formas de preconceito no seio social, posto que a população afrodescendente tem uma remuneração 40% menor que os brancos.

No Brasil, houve a difusão da ideia de igualdade racial, posto que até o século passado, o discurso sobre igualdade humana não possuía espaço, justamente pela história degradante ao qual o homem negro foi inserido em território nacional. Hoje a luta pela igualdade racial tornou-se uma pauta de grande relevância no âmbito social, sobretudo ao que se refere na igualdade de direitos e deveres entre homens negros e brancos na Constituição Federativa do Brasil

Atualmente, notamos que o posicionamento dos docentes mudou significativamente, toda essa tipologia aplicada pelos docentes antigos, contribuiu para que o preconceito fosse extirpado das nossas escolas, uma vez que os alunos tinham o professor como exemplos de vida e acabavam repetindo tais condutas racistas, quando cresciam ensinavam o tratamento discriminatório a seus filhos, tornando o racismo um ciclo vicioso.

No entanto, não há como negar que, por vezes, a equipe docente prefere não tomar partido acerca do preconceito existente em sala de aula. Aplicam conteúdos de diversas temáticas, mas que não debatem assuntos raciais. A escola, como um todo, é a principal responsável por tornar seus alunos em cidadãos conscientes sobre a igualdade social no território brasileiro.  Porém, a omissão desses mesmos profissionais acabam dificultando o fim da conduta racista em nossa sociedade, sobretudo na interação das crianças em ambiente escolar.

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