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A História Serial e Quantitativa no Movimento dos Annales

Por:   •  9/6/2016  •  Resenha  •  642 Palavras (3 Páginas)  •  1.063 Visualizações

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HISTÓRIA ECONÔMICA

Resenha

No texto “A história serial e história quantitativa no movimento dos Annales”, José D’Assunção de Barros começa dizendo que a história serial e a história quantitativa convergiram para oferecer a história econômica uma nova abordagem e se tornar sua “coluna de sustentação”. E um importante nome para essa conexão foi Enerst Labrousse. Barros afirma que essa história serial quantitativa foi introduzida já nos primeiros anos da Escola dos Annales e intensificada na segunda geração (a de Braudel) chegando à terceira geração.

José Jobson de A. Arruda no texto “História e Crítica da História Econômica Quantitativa”, afirma que foi com o renascimento comercial e urbano na Europa Ocidental, por volta do século XII, que ocorrem as primeiras manifestações do espírito quantitativo e na idade moderna surge ocorrências da primeira series estatísticas, manifestação concreta do sentido de precisão. Mas tanto Barros quanto Arruda concorda que a Historia Serial Quantitativa acontece de forma concreta a partir de 1930 e que a mesma quando se resume em exposição de quantidades ou de informações numéricas, se transforma em uma descrição narrativa e factual, descrevendo simplesmente os dados econômicos de certa sociedade. Quando nos expressamos desta maneira, entramos nesta categoria discreta que os números e a porcentagem parecem ser e não nos aproximamos do humano. Eles afirmam também que a História serial quantitativa foi construída coletivamente por economistas e historiadores. Exemplo dessa nova postura metodológica foi o livro de Ernest Labrousse sobre o movimento geral dos preços na França do século XVIII. Na concepção de Labrousse, a sua História era ao mesmo tempo sociológica e tradicional uma ciência econômica que colocará, ao lado de cada numero problemas como a repartição desigual das rendas e seu papel nos conflitos sociais.

Barros define a História Serial como a um tipo de fontes e a um modo específico de tratamento destas mesmas fontes possibilitando quantificar e serializar as informações no intuito de identificar regularidades, variações, mudanças e discrepâncias reveladoras. A história Serial também lida com serialização de eventos e dados, propondo avaliar eventos históricos de determinados períodos de tempo, sendo a História Serial um campo que se abril para uma nova “oportunidade de saber”. Para Arruda a História Serial são dados numéricos e levantamento de séries que permitiriam uma interpretação global. Com os resultados obtidos a Historia Serial tornou se mais econômica e social passando a análise do essencial, mental ou dos sistemas de civilizações.

Já a História Quantitativa, Barros afirma que esta deve ser definida pelo seu campo de observação e que a mesma pretende observar a realidade pela noção do número, quantidade e valores a serem medidos. As técnicas utilizadas pela História quantitativa são as estatísticas através de gráficos diversos. Afirma também que algumas análises quantitativas mais sofisticadas poderão utilizar logaritmos, recursos matemáticos avançados e que o computador oferece uma ajuda imprescindível. Com relação as fontes, a História Quantitativa costuma constituir “fontes seriais”.

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