A IMPORTÂNCIA DO HIDRANTE URBANO
Por: CFO06 • 21/10/2022 • Artigo • 1.938 Palavras (8 Páginas) • 74 Visualizações
A IMPORTÂNCIA DO HIDRANTE URBANO
Ivanildo da Silva Barros
Gestão Pública - UEMS – Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, Av. Dom Antônio Barbosa, 4155 – Vila Santo Amaro, Campo Grande – MS, e-mail: Ivanildo.barros@cbm.ms.gov.br Metodologia da Produção Acadêmica e Cientifica Prof.ª Vânia Maria Basílio Garabini
RESUMO
O objetivo deste trabalho é apresentar a importância deste mecanismo de auxílio dos bombeiros no combate aos incêndios urbanos. Tendo por certo que o incêndio urbano representa uma ameaça real e crescente à vida das pessoas e à estrutura das edificações, trazendo graves e incalculáveis consequências de ordem social e econômica, além de afetar o bem estar da coletividade. O incêndio é compreendido como uma propagação abrupta e violenta do fogo que age queimando tudo ao seu redor e que tem como consequência danos materiais e/ou perdas de vidas humanas. Caso não seja controlado e extinto, o incêndio pode se configurar como um desastre de grandes proporções, ceifando vidas e destruindo patrimônios. Os hidrantes urbanos têm fundamental importância no combate a incêndios, pois sua função é suprir a necessidade de material extintor neste caso, água. Fundamentada na perspectiva qualitativa de investigação, foi possível compreender a estrutura de funcionamento do sistema de suprimento de água via hidrantes. Como resultados, pode-se afirmar que a malha de hidrantes em Campo Grande tem um déficit da ordem de 95,58%, além de apresentar uma distribuição espacial irregular, havendo concentração em determinadas regiões da cidade e bolsões desprovidos desse equipamento.
Palavras Chave: incêndio urbano, hidrantes, equipamento.
1 INTRODUÇÃO
De acordo com a (NT- 03/2013-CBMMS – Terminologias de Segurança Contra Incêndio)” Incêndio: é o fogo sem controle, intenso, o qual causa danos e prejuízos à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio.” Incêndio é o fogo que foge ao controle do homem, queimando tudo aquilo que a ele não é destinado queimar; capaz de produzir danos ao patrimônio e à vida por ação das chamas, do calor e da fumaça. Representa uma ameaça real e crescente à vida das pessoas e à estrutura das edificações, trazendo graves e incalculáveis consequências de ordem social e econômica, além de afetar o bem estar da coletividade.
Novos riscos são gerados diariamente nas cidades brasileiras em função de inovações e mudanças nas plantas industriais, nas empresas e nos edifícios, privados e públicos. Deriva desse cenário a redução das condições de segurança da população, e, por conseguinte, ao aumento do risco de incêndio nas edificações, sejam elas residenciais, comerciais ou industriais. Dessa forma, torna-se imprescindível conhecer os riscos de incêndio, sua probabilidade de ocorrência e a magnitude de seus possíveis danos, bem como as medidas necessárias para reduzir suas consequências deletérias. Não é simples, contudo, manter uma noção mais precisa dos possíveis riscos de incêndio, na medida em que as atividades desenvolvidas no interior de uma edificação modificam periodicamente a probabilidade de ocorrência de um incêndio. Vale ressaltar que determinados comportamentos colaboram para que a vulnerabilidade da edificação aumente os riscos, como, por exemplo, a falta de manutenção periódica dos extintores e hidrantes, o acúmulo de material combustível em determinados compartimentos, as condições das instalações elétricas, etc.
A segurança contra incêndio e pânico inicia-se no planejamento de uma cidade, bairro ou quadra, isto é, no planejamento urbanístico. Nessa fase, deve ser pensada a localização dos hidrantes urbanos e do quartel de atendimento a emergências, conjuntamente com a definição dos critérios de parcelamento territorial (taxa de ocupação dos lotes, afastamentos, vias de acesso), de destinação dos imóveis (comerciais, residenciais, industriais) e de porte das edificações (altas, baixas, etc.). (CAMPOS e CONCEIÇÃO,2006, p.60)
Campo Grande vem se destacando nos últimos anos pelo significativo crescimento econômico-social, resultando em intensificação do processo de urbanização, aumento da população, verticalização dos edifícios e instalação de plantas industriais. Entretanto, o mesmo não se pode afirmar quanto aos mecanismos de prevenção e combate a incêndios. Nesse meio destaca-se o hidrante, um importante mecanismo de combate aos incêndios urbanos, tais como os que irromperam nas lojas; Planeta, Paulistão, e o mais recente na Casa das Borrachas. E em todos esses sinistros, o Corpo de Bombeiros do Estado do Mato Grosso do Sul, se viu perante grande insalubridade na atuação do combate aos referidos sinistros, haja vista a praticamente inexistência de hidrantes na região onde ocorreram os eventos.
2 METODOLOGIA
A pesquisa é uma das formas que se tem para conhecer a realidade das relações do mundo, pois, é através dela que se descobrem fatos e dados em qualquer campo do conhecimento. Das diversas técnicas existentes para coleta de dados, o presente trabalho foi realizado com o apoio da entrevista do tipo semiestruturada. Seguiram-se, assim, as orientações de Santos (2000, p. 219), para quem “os instrumentos mais comuns em uma pesquisa, principalmente nos estudos explorativos e estudos descritivos, são o questionário e a entrevista”. Desse modo, adotando-se a entrevista com sete perguntas abertas. Elas foram realizadas com os gestores dos órgãos do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Mato Grosso do Sul.
3 A MELLHOR SOLUÇÃO POSSÍVEL
A partir das entrevistas foi possível constatar que a escassez de equipamentos de prevenção e extinção de incêndios, principalmente, a inexistência de uma malha de hidrantes urbanos eficiente que possa fornecer água para abastecimento das viaturas do corpo de bombeiros contribui para o estado de segurança contra incêndio e pânico débil em que se vive. Por outro lado, uma malha de hidrantes eficiente contribui sobremaneira para a diminuição do tempo respostas nas ocorrências de combate a incêndio e para o reabastecimento das viaturas de socorro e combate.
Contudo, sabe-se que a segurança absoluta, em qualquer situação da vida, é uma condição inviável de ser alcançada, pois a segurança é proporcional ao custo para obtê-la. Assim, não se deve procurar a segurança absoluta, mas sim a melhor solução possível, levando em conta a segurança e o seu custo. (VARGAS e SILVA, 2003, p. 76).
3.1 Fundamental Importância
A segurança e o combate contra incêndios não é absoluta, porém, podem-se mitigar os seus riscos, mediante a adoção de providências imperiosas sem as quais a preservação da vida humana torna-se limitada e as medidas para redução dos danos ao patrimônio resultam ineficientes. Os hidrantes urbanos têm fundamental importância no combate aos incêndios, pois sua função é suprir a necessidade de água para as atividades de extinção das chamas. Quando falta água nas viaturas do corpo de bombeiros, os hidrantes urbanos são a fonte de água mais rápida e acessível para que os bombeiros possam dar prosseguimento às operações de extinção do incêndio. Os hidrantes são instalados para proteção urbana. Entretanto, com o crescimento muito rápido da cidade de Campo Grande surgiram vários bairros que hoje estão totalmente desprotegidos, sem contar com um único dispositivo. Isso também caracteriza muitas cidades interioranas. A falta de hidrantes é um dos fatores que obriga o Corpo de Bombeiros a adquirir um grande número de viaturas de apoio para transporte exclusivo de água, conhecidas também como ATR (Auto Tanque Resgate). Além disso, os recursos financeiros que poderiam ser utilizados para adquirir outros equipamentos ou até mesmo viaturas de combate a incêndio são remanejados para a compra de viaturas de apoio (ATR) devido à falta de água nos incêndios. Portanto, um melhor dimensionamento e distribuição da rede de hidrantes traria resultados satisfatórios diretamente para a segurança da população.
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