A Importância do patrimônio e como se trabalhar em sala de aula
Por: Brubstomazi30 • 23/5/2018 • Trabalho acadêmico • 2.169 Palavras (9 Páginas) • 279 Visualizações
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
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PRÉ-ROJETO DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
BRUNA TOMAZI
LUCAS CANTOS
SUELEN ANDRADE
PELOTAS, JANEIRO DE 2018.
- Apresentação
Com a finalidade de exploração e pesquisa, os alunos do 2º ano da Escola Estadual de Ensino Médio Adolfo Fetter, situada no bairro Fragata, realizarão um projeto pelo centro da cidade de Pelotas, onde será apresentado ao professor e os demais alunos sobre dois monumentos históricos diferentes. A sala com 30 alunos será dividida em 2 grandes grupos, cada grupo será dividido em subgrupos de pesquisa com patrimônios distintos. O Museu Municipal Parque da Baronesa e o Casarão 8, o Museu do Doce da cidade de Pelotas, serão objetos de estudo para essa turma. Além desses dois patrimônios o professor proporcionará a entrada e explanação do Teatro 7 de Abril e o Mercado Público Central.
O Teatro 7 de Abril iniciou suas construções em 1831 e somente em 1833 foi inaugurado, mas em 1934 foi realmente concluído. Esse teatro tem um grande valor histórico para a comunidade pelotense e também para o restante do país. Seu nome foi dado a partir da data que Dom Pedro I resignou do trono. A história desse teatro nasceu com um grupo de pessoas de uma sociedade dramática que por sua vez trazia a comunidade a possibilidade de vislumbrar algo diferente para entreter a população. O patrimônio passou por várias reformas, com o intuito de modernizar o local, mas em 1988 em uma das reformas entendeu-se a necessidade de voltar com a originalidade do espaço. O prédio foi tombado pelo SPHAN e também municipalizado, assim reconhecido por sua importância na história.
O Mercado Público Central, que pertence a Prefeitura de Pelotas, foi construído em 1848 e ao longo dos anos passou por reformas, sendo uma delas em 1912 que modificou suas particularidades em decorrência de a prefeitura não obter um valor necessário para manter sua originalidade. Em 1969, por consequência de um incêndio uma parte do prédio foi destruída e não se preservou algumas características anteriores ao incêndio. Mas em 2009, com a finalidade de trazer de volta as características originais do prédio, advindas de 1848, o prédio passa por mais uma reforma e dessa vez para trazer ao público a visualização do prédio construído no século XIX.
O Casarão 8, com um estilo Neoclássico, foi construído em 1878, o prédio foi construído com a finalidade de residir a família de Francisco Antunes Maciel. Em 1950 o Casarão perdeu sua ideia inicial e passa abrigar diversos serviços públicos em seu interior, com a mudança da família Maciel para o Rio de Janeiro, com o passar dos anos e sem uma devida reforma em 2006 o prédio passa para os domínios da Universidade Federal de Pelotas com o propósito posterior em 2010 de restauro e reforma desse imóvel valioso historicamente para a cidade. Em 1977 o IPHAN, tombou o prédio como Patrimônio Histórico, que faz parte de um conjunto com seus vizinhos, o Casarão 2 e o 6.
Museu Municipal Parque da Baronesa, construído em 1863 abrigava a família de Aníbal Antunes Maciel, que ficou conhecido por ter sido o primeiro no Brasil a outorgar alforria a seus escravos, que por sua façanha foi concedido pelo Imperador Dom Pedro II o título de Barão dos Três Serros. O imóvel foi ampliado por Aníbal e sua esposa Amélia Hartley Brito durante o período que o casal viveu no local. Após o falecimento de Aníbal sua esposa voltou para sua cidade de origem no Rio de Janeiro, uma das filhas do casal, Dona Amélia Anibal Hartley Antunes Brito, passou a residir no imóvel, que posteriormente passa a se chamar Solar da Baronesa. No ano de 1978 a Prefeitura de Pelotas passa a ser a mantenedora do local. Em 1982 abrem-se as portas para o então Museu da Baronesa e em 1985 há o tombamento do prédio como patrimônio histórico municipal.
2 Referencial teórico
É importante que o aluno saiba conceituar a palavra patrimônio e suas diferenças podendo utilizar o livro: FUNARI, Pedro Paulo; PELEGRINI, Sandra. Patrimônio Histórico e Cultural. RJ: Jorge Zahar, 2006. p. 7-60.
É valida a leitura do livro FUNARI, Pedro Paulo; PELEGRINI, Sandra. O que é patrimônio cultural imaterial. SP: Brasiliense, 2008. p. 43-99. Para que o estudante saiba diferenciar o material e o imaterial, além de poder entender com mais clareza as suas diferenças e onde o patrimônio que será abordado se encaixa.
Pode-se utilizar também do autor POLLAK, Michel. Memória e identidade social. Estudos históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, 1992, p. 200-212, que trata sobre a memória e identidade social, para que o aluno consiga entender a ligação entre a memória e a identidade social e como os patrimônios foram importantes para a criação de uma identidade local de onde os monumentos serão estudados. Além de entender como esses conceitos são construídos e podem ser entendidos de formas diferentes nos mais variados grupos.
3 Objetivos
4 Etapas da ação educativa
Segundo (HORTA, GRUNBERG e MONTEIRO, 1999, p. 5) a educação patrimonial tenta fazer com que crianças e adultos tenham conhecimento de sua herança cultural e possam valorizar e se apropriar destes bens e assim contribuir para a geração de novos conhecimentos mantendo o ciclo de criação cultural sempre vivo e ativo.
O primeiro passo deste trabalho é a divisão da turma em dois grandes grupos de pesquisa onde cada grupo pesquisará sobre um patrimônio, os patrimônios escolhidos foram a Baronesa e o Casarão 8. Um grupo de 15 alunos pesquisará sobre o Casarão 8 e o outro sobre a Baronesa. Dentro do grande grupo um grupo menor será formado composto por 5 estudantes para facilitar a pesquisa e para que a mesma fique mais completa e que nenhuma informação importante seja despercebida.
Serão pesquisados três tópicos importantes em cada propriedade:
- Prédio- construção - histórico;
- História
- Importância para cidade
Conforme os autores é importante delimitar o que vai ser estudado, dada a multiplicidade de aspectos que podem ser analisados, e cada aspecto tem infinitas faces que podem ser observadas.
De acordo com (HORTA, GRUNBERG e MONTEIRO, 1999, p. 5) esse processo de aprendizado através da pesquisa e conhecimento dos seus bens comunitários culturais cria nos indivíduos um sentimento de que aquele bem pertence a ele, dessa forma o indivíduo preserva esse patrimônio e fortalece o sentimento de identidade e cidadania.
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