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A Psicologia na Idade Média

Por:   •  27/3/2024  •  Trabalho acadêmico  •  602 Palavras (3 Páginas)  •  121 Visualizações

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Idade Média (até Renascimento)

A Psicologia na Idade Média tem como base uma forte base no Cristianismo, que se desenvolveu significativamente ao longo da Idade Média, tornando-se a religião predominante da época.

Dado que a igreja católica detinha a maioria dos recursos financeiros e políticos, a monopolização também do conhecimento científico e, consequentemente, o estudo do psiquismo.

Dois grandes filósofos representam esse período: Santo Agostinho (354–430) e São Tomás de Aquino (1225–1274).

Santo Agostinho, influenciado por Platão, acreditava em uma cisão entre a alma e o corpo. Entretanto, Santo Agostinho não concebia a alma somente como a sede da razão, mas como a evidência de uma manifestação divina no homem. A alma era vista como um vínculo entre o homem e Deus e, assim sendo, a Igreja se preocupava com a compreensão da alma, sendo ela também a sede do pensamento.

O período em que São Tomás de Aquino passou foi marcado pela ruptura da Igreja Católica, com o surgimento do protestantismo (um conjunto de doutrinas religiosas cristãs do século XVI, que se originou da Reforma Protestante liderada pelo padre alemão Martinho Lutero). Esse período foi marcado por diversas revoluções e mudanças, incluindo a revolução francesa e a revolução industrial na Inglaterra. Essa crise econômica e social leva ao questionamento da igreja e dos conhecimentos produzidos por ela. São necessários, assim, encontrar novas justificativas que fizessem a ligação entre Deus e o homem. São Tomás de Aquino foi buscar em Aristóteles a distinção entre essência e existência. Como o filósofo grego, considera que o homem, na sua essência, busca a perfeição através de sua existência. Porém, introduzindo o ponto de vista religioso, ao contrário de Aristóteles, afirma que somente Deus conseguiria reunir a essência e a existência, em termos de igualdade. Portanto, a busca de perfeição pelo homem seria a busca de Deus. São Tomás de Aquino encontra argumentos racionais para justificar os dogmas da igreja e continua garantindo a ela o monopólio do estudo do psiquismo.

Passados cerca de 200 anos, temos o início de uma era de grandes mudanças no mundo europeu, que se denomina Renascimento ou Renascença. O sistema mercantilista estimula a exploração de novas terras, resultando em uma acumulação de riquezas para as nações em desenvolvimento (França, Itália, Espanha e Inglaterra). Dessa forma, temos o início do Capitalismo, uma nova forma de organização socioeconômica e, consequentemente, iniciamos um processo de valorização do homem.

As transformações ocorrem em todos os setores da produção humana, no campo da arte vemos exemplos como Dante ao escrever A Divina Comédia, Michelangelo esculpe o Davi e Leonardo da Vinci pinta o quadro Anunciação.

As ciências também têm seu avanço, mostrando que o nosso planeta não é o centro do universo e, em 1610, Galileu estuda a queda dos corpos, realizando as primeiras experiências da Física moderna. Esse avanço na produção de conhecimento contribui para o início da sistematização do conhecimento científico.

Neste período, René Descartes (1596–1659) postula a separação entre mente (alma, espírito) e corpo. Ele afirmava que o homem possui uma substância material e uma substância pensante, e que o corpo, desprovido de espírito, é apenas uma máquina. Esse Dualismo mente-corpo permite o estudo do corpo humano morto, o que era impraticável nos séculos anteriores. Dessa forma, foi possível avançar na Anatomia e na Fisiologia, o que, consequentemente, seria extremamente benéfico para a Psicologia.

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