A REEXISTÊNCIA NEGRA E ESCRAVIDÃO NA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO
Por: lennacarol • 22/6/2017 • Ensaio • 1.204 Palavras (5 Páginas) • 335 Visualizações
CIDADE E HISTÓRIA
MARIA STELLA BRESCIANI
&
HISTÓRIA DA CIDADE, HISTÓRIA DO URBANISMO, HISTÓRIA DA URBANIZAÇÃO
OU HISTÓRIA URBANA? A INTERDISCIPLINARIDADE É O CAMINHO PARA A
PESQUISA EM ARQUITETURA E URBANISMO
RODRIGO DE FARIA
Lenna Carolina da Silva Solé Vernin
Mestranda em Ensino de História (ProfHistória/UFRJ)
lennacarol@hotmail.com
O presente trabalho tem como objetivo estabelecer um diálogo entre os textos“Cidade, história da urbanização ou história urbana? A interdisciplinaridade é o caminho para a pesquisa em arquitetura e urbanismo” de Rodrigo de Faria e “Cidade e História”de Maria Stella Bresciani, uma vez que os autores abordam questões semelhantes de lugares de fala distintos, isto é, do urbanista e da historiadora, respectivamente.
Inicialmente Bresciani faz uma breve cronologia do pensamento sobre as cidades enquanto Faria localiza a gênese dos estudos sobre as cidades no Brasil e a ampliação dos objetos de pesquisa, em princípio circunscritos ao interesse por capitais, logo, majoritariamente em cidades portuárias . Buscando localizar o surgimento dos estudos sobre cidade, Bresciani, a princípio, aponta a aproximação das diversas áreas de conhecimento se fazem necessárias a partir do processo de industrialização, ainda que de forma marginal a ele, com o objetivo de entender a questão urbana. No entanto, avançado o texto, coloca que o conhecimento multifacetado das cidades como o conhecemos tem um dos seus diversificados inícios com a idéia sanitária e sua necessidade de salubrizar os corpos e a moral dos trabalhadores, passagem também abordada por Faria.
O último autor afasta-se da escrita de “Cidade e História” quando na produção reporta-se a Nestor Goulart Reis filho e sua afirmação de que “autor define o termo História Urbana como uma "redução conceitual" e propõe como prática dos pesquisadores arquitetos e urbanistas um história da urbanização.” Desta feita, utilizando variadas escalas de apreensão dos objetos e costurando-as através da visão do conjunto, tão específica da História. Contudo, esta afirmação é debatida com argumento de que uma visão totalizante pode hierarquizar as escalas global, nacional, regional e local, além de
anular fenômenos que só podem ser compreendidos se os avaliarmos partindo da Idea de território enquanto espaço dotado de dinâmica social, isto é, observável apenas em escala local.
Ambos os textos discutem o caráter interdisciplinar que envolve o conhecimento sobre as questões urbanas, nos quais os dois profissionais ( Bresciani historiadora e Faria arquiteto) buscam dar contribuições, sobretudo, sua sobre a história das cidades /história do urbanismo, cada qual reconhecendo a demarcação de sua abordagem.
O diálogo entre historiador e arquiteta prossegue destacando os limites que uma interpretação estritamente técnica ou neutra a respeito da história das cidades representaria, além do impasse acerca da discussão sobre a configuração da história urbana como uma disciplina independente. Os textos também concordam em relação ao caráter constitutivamente interdisciplinar da abordagem urbanística sobre as cidades, sem que necessariamente as especificidades conceituais e as identidades disciplinares de cada área de saber sejam superadas, contribuindo para a construção de um conhecimento que se aproxime mais da complexidade do real.
Finalmente, Bresciani e Faria conferenciam-se com a citação do último à primeira em “Portanto, correr os riscos, primeiro, de uma possível unificação das análises sobre o objeto em estudo e, segundo, da eliminação de uma estrutura disciplinar, pode significar o fechamento daquelas de várias portas conceituais de entrada na cidade (BRESCIANI, 1991).
“O DIÁLOGO NA EDUCAÇÃO”
MARIA LÚCIA VASCONCELOS
&
“REEXISTÊNCIA NEGRA E ESCRAVIDÃO NA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO – RACIAIS”
ERISVALDO PEREIRA DOS SANTOS
Lenna Carolina da Silva Solé Vernin
Mestranda em Ensino de História (ProfHistória/UFRJ)
lennacarol@hotmail.com
O texto que se desdobrará a seguir visa paralelizar as idéias desenvolvidas nos textos “Reexistência negra e escravidão na educação das relações étnico – raciais” de Erisvaldo Pereira dos Santos “O diálogo na educação”de Maria Lúcia Vasconcelos.
O primeiro debate as abordagens feitas em salas de aula da educação básica em torno do conceito de reexistência negra com o objetivo de valorizar a experiência negra na história do Brasil não apenas retratando-o como escravo objetificado e sim como sujeito histórico agente na complexidade inerente ao contexto da escravidão tanto na colônia quanto na África. Ainda que o sistema o objetificasse, não se permitindo introjetar tal princípio, o negro ressignificava suas tradições através de adesões a valores culturais europeus análogos às suas práticas de modo a subvertê-los e, com isso reexistir, configurando uma prática também resistente, ainda que não se opondo diretamente a escravidão enquanto sistema econômico, mas como instituição desumanizadora.
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