A SÉRIE HISTÓRIA DO BRASIL
Por: Marta Kalile • 16/4/2020 • Trabalho acadêmico • 3.197 Palavras (13 Páginas) • 160 Visualizações
SÉRIE HISTÓRIA DO BRASIL
EPISÓDIO 1 – PERÍODO COLONIAL
Grandes Navegações PIONEIRISMO PORTUGUÊS Portugal foi o primeiro país a se lançar ao mar, na aventura de buscar uma nova rota para as Índias, uma série de fatores deve ser levado em conta para compreender esse fato.
Principais Viagens Portuguesas Tomada de Ceuta (1415); Ilha da Madeira (1425); Açores (1427): Cabo Bojador (1434); Conquista da Guiné (1436-53); Bartolomeu Dias contorna o Cabo das Tormentas, extremo sul da África, rebatizado, então, por Cabo da Boa Esperança (1488); Vasco da Gama chega às Índias (1498);
PERÍODO PRÉ COLONIAL (1500-1530) Ao longo dos trinta primeiros anos da chegada dos portugueses as terras brasileiras observa-se um relativo “desinteresse” pela região, fato este que pode ser explicado por dois principais fatores:
a) a não descoberta de ouro; b) o lucrativo comércio com as Índias; As principais atividades desenvolvidas por Portugal nesse período serão o envio de algumas expedições para o Brasil as quais destacamos as seguintes:
Expedições de Reconhecimento Objetivo de mapear e reconhecer o território, verificando as potencialidades econômicas;
Expedições Guarda Costas Patrulhar o litoral e procurar defender as possessões portuguesas evitando o contrabando e outras práticas;
Expedições de Exploração Responsáveis pela extração de produtos que tenham valor econômico dentro da prática mercantilista europeia;
CICLO DO PAU BRASIL Madeira encontrada em grandes quantidades no litoral brasileiro e com alto valor comercial na Europa, da qual se extraía uma tintura avermelhada, revendida principalmente para a região de Flandres (Bélgica) – importante pólo produtor de tecidos. A mão de obra utilizada na extração do Pau Brasil era a indígena, principalmente por intermédio da prática do “ESCAMBO” – trocas desiguais, porém com significado cultural equivalente, uma vez que o que era “quinquilharia” para o europeu, tratava-se de “tecnologia” para o indígena e a recíproca também. Embora a prática mais comum fosse o escambo, não podemos descartar a utilização da escravidão indígena nesse período, todavia com baixa intensidade.
PERÍODO COLONIAL (1530 – 1808)
Colonização:
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS (1534)
Podemos compreender as Capitanias como uma espécie de “privatização do povoamento”, transferindo para particulares a responsabilidade por esta empreitada – claro que dentro dos limites impostos pela lógica absolutista/mercantilista.
O território brasileiro foi dividido em 15 lotes de terras que se estendiam do litoral ao meridiano de Tordesilhas, sendo distribuídos a 12 donatários, os quais possuíam a responsabilidade pela ocupação e exploração econômica das terras. Os donatários, portugueses provenientes de um grupo social bastante diversificado – nobres, burgueses, militares etc –, possuíam a posse vitalícia e hereditária do quinhão de terras recebido, desde que cumprindo suas obrigações junto ao Estado português. O ordenamento jurídico desta empreita se dava através de dois documentos: a Carta de Doação (que estabelecia a posse da Capitania ao seu respectivo donatário) e o Foral (que estabelecia as obrigações para com a Coroa).
Administração
GOVERNOS GERAIS (1548/49)
Essa forma organizativa tinha por objetivo promover a centralização política administrativa das Capitanias, para tanto o rei nomearia um Governador Geral, que seria uma espécie de extensão do poder político do monarca português no território colonial, responsável por fazer valer os interesses e políticas metropolitanas no Brasil. Para tanto o Governador Geral tinha por auxílio outros três cargos importantes: - capitão-mor: responsável pelas ações militares, proteção e patrulhamento; - ouvidor-mor: responsável pela aplicação das leis e pelas questões jurídicas; - provedor- mor: responsável pelas finanças e questões econômicas e impostos;
Podemos destacar como principais resultados da implantação deste sistema político-administrativo: a catequização de indígenas, o desenvolvimento agrícola e o incentivo à vinda de mão de obra escrava africana para as fazendas brasileiras. Os
Governos Gerais perduraram até o ano de 1640 (fim da União Ibérica), quando foram substituídos pelo Vice-Reinado.
Principais Governadores Gerais: Tomé de Souza (1549-1553) - vinda dos jesuítas – destaque: Manuel da Nóbrega; - fundação do Bispado; - subordinação de indígenas; - abertura de estradas; - incremento da lavoura açucareira; - fundação de Salvador (1ª capital);
Duarte da Costa (1553-1558) - chegada de Pe. Anchieta; - fundação do Colégio de Trabalhos Apostólicos de São Paulo (1554); - Invasão Francesa do Rio de Janeiro – França Antártica (1555); - Confederação dos Tamoios – aliança de algumas tribos indígenas com franceses;
Mem de Sá (1558-1572) - ampliação da lavoura de exportação; - fundação da cidade de São Sebastião do Rio de janeiro; - expulsão dos franceses do Rio de Janeiro (1567) - divisão política do território (1573): > Governo do Norte – Capital em Salvador; > Governo do Sul – Capital no Rio de Janeiro;
ECONOMIA COLONIAL PACTO COLONIAL
A economia colonial, orbitando principalmente em torno da produção do açúcar, não se dava de modo autônomo pelos senhores
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