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A Visão de Jacob Burckhardt em A Civilização da Renascença Italiana

Por:   •  23/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.343 Palavras (6 Páginas)  •  293 Visualizações

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*RESUMO*

A visão de Jacob Burckhardt em A Civilização da Renascença Italiana.

Jacob Burckhardt (1818-1897) foi um filosofo, historiador e professor suíço, conhecido por ser o autor do livro A Civilização da Renascença Italiana publicado em 1860, onde apresenta os antecedentes, como surgiu, como aconteceu e o que o Renascimento Italiano significou para o mundo moderno.

Nas observações preliminares, Jacob apresenta sua primeira crítica à Antiguidade e ao Renascimento. Dizendo que o italiano, poderia ter encontrado o Renascimento, sem sofrer a influência da Antiguidade. No entanto, diz logo após que o movimento não seria admirável aos olhos do mundo se não optasse por essa influência. Que em algumas áreas foi muito aparente, como na literatura. E em outras como nas artes plásticas, foi muito independente da Antiguidade.

O Renascimento é sempre muito citado nas áreas do conhecimento atual, por retornar as idéias perdidas durante quase toda Idade Média. Devido a grandiosidade não só histórica, mas literária, artística, cientifica e cultural que teve este período, muitos autores, pintores, cientistas que conhecemos hoje fizeram parte disso, como é o caso de Shakespeare e Leonardo Da Vinci.

Devida à grandeza do Renascimento, pensa-se de maneira errada que ele atingiu todas as camadas sociais de igual forma. Entretanto não é isso que Jacob demonstra em um momento do livro quando cita: --A grande censura que se poderá fazer a este novo elemento, é de ser exclusivo, e de dividir fatalmente toda Europa em duas classes, a classe instruída e a classe ignorante-- (BURCKHARDT, J. 1860. P.142). Logo após expor esta divisão social que o renascimento contribuiu para acentuar, Jacob apresenta sua crítica a esta censura, quando apresenta: --Mas essa censura perde todo o valor desde que temos de reconhecer que o mal subsidie ainda hoje que toda a gente o verifica e que, entretanto, não podemos fazer desaparecer. Aliás, falta muito para que esta demarcação seja tão nítida e tão inexorável em Itália, como nos outros lados-- (BURCKHARDT, J. 1860. P.142).

E uma opinião sobre o período que viveu a Itália, entretanto pode ser contestada. Pois quando o autor pontua que a divisão criada não poderia desaparecer, tanto na Idade Moderna com o Renascimento, como atualmente na Idade Contemporânea esta classe ignorante a que o autor se refere, poderia receber instrução da classe instruída que detinha o capital, para uma maior participação nas áreas que surgiram com o Renascimento, pois eles não eram ignorantes de saber, mas de capital.

Apesar disso, o autor começa a expressar os vários fatores que propiciaram no pioneirismo italiano com o surgimento do Renascimento. Fatores estes que somados as recordações, monumentos (presentes em várias cidades, nos dias de hoje), o sentimento nacionalista que começava a surgir e a vontade de retomar a grandeza que o país possuía antes da Idade Média, fizeram da Antiguidade Clássica, um tesouro que a Itália precisaria encontrar, para retomar a superioridade com relação as outras nações.

O autor descreve que a História, Arqueologia, Arquitetura e o conhecimento de idiomas tiveram papeis fundamentais na construção do Renascimento Italiano, pois a vontade de conhecer cada vez mais a Antiguidade Clássica pelos humanistas foi fundamental para o surgimento do interesse nas escavações, historiografia, construções e traduções de livros do mundo antigo; não só do eixo Roma-Grécia, mas das sociedades orientaistambém.

Este interesse além de retornar aos estudos dessas áreas do conhecimento, parcialmente esquecidas durante a Idade Média fizeram florescer o sentimento da Antiguidade Clássica no mundo moderno que se consolidou no século XV. Podemos perceber isto nessa passagem presente no livro de Jacob: -- De momento, e antes de mais, só temos que salientar como um fato que a cultura do século XlV, desse século bem temperado, teve também de contribuir necessariamente para o completo triunfo do humanismo e foram sobretudo os representantes mais ilustres do gênio italiano que se abriram as portas do culto servil que o século XV professou pela Antiguidade--. (BURCKHARDT, J. 1860. P.163).

No que diz respeito a Idade Média o autor a nomeia como barbárie, entretanto, apresenta em muitos momentos do livro exemplos do Renascimento do Século Xll, que ao contrário do que muitos pensam foi uma tentativa de volta à antiguidade ainda na Idade Média, servindo de exemplo para o Renascimento Italiano. Foi neste período, precisamente, no século Xlll que se deu a criação das universidades que fora muito importante para o surgimento dos Humanistas um século mais tarde.

Sobre as universidades do século XlV, o autor pontua que antes do Renascimento as matérias principais eram as de Direto Canônico, Medicina e Direito, mas com o tempo matérias como retórica, filosofia e astronomia, foram acrescentadas no currículo. A Retórica era a mais cobiçada pelos Humanistas, que abriram as portas para a Antiguidade Clássica, as ideias antropocêntricas e o rompimento com a cultura religiosa presentes na Idade Média.

A visão de Jean Delumeau de A Civilização do Renascimento.

Jean Delumeau autor do livro A Civilização

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