AS EXPEDIÇÕES CIENTÍFICAS NAS AMÉRICAS (SÉCULO XV AO XVIII)
Por: Rafaela_Mebus • 15/9/2021 • Projeto de pesquisa • 2.094 Palavras (9 Páginas) • 115 Visualizações
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca
Curso Técnico em Telecomunicações Integrado ao Ensino Médio
RAFAELA MEBUS
EXPEDIÇÕES CIENTÍFICAS NAS AMÉRICAS (SÉCULO XV AO XVIII): JOÃO MANSO PEREIRA
Petrópolis
2021
RAFAELA MEBUS
EXPEDIÇÕES CIENTÍFICAS NAS AMÉRICAS (SÉCULO XV AO XVIII): JOÃO MANSO PEREIRA
Trabalho de História e Química, apresentado ao Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET, como requisito para compor a média da nota do 2º (segundo) trimestre, pertencente ao curso técnico em telecomunicações integrado ao ensino médio.
Orientador: Prof. Patrícia F. de S. Lima; Cristiano B. de Moura
Petrópolis
2021
ROTEIRO:
Tópico 1
Nome e minibiografia do cientista: destaque para a formação e seleção de eventos biográficos que interessam à História e a Química (Ciências Naturais).
Tópico 2
Estado Nação e contexto de quem patrocina a exploração: de onde ele vem, qual a intenção, quem representa na sociedade estamental europeia.
Tópico 3
Percurso da expedição nas Américas: roteiro de viagem, espaços e territórios explorados, acidentes de percurso.
Tópico 4
Descobertas, registros, relatos descritivos da viagem: contribuições para o avenço de pesquisas cientificas, interferências do pensamento religioso, relacionamento com indígenas e africanos.
Tópico 5
Contribuições para a ciência moderna: aspectos da mundialização cultural; miscigenação; hibridização no período da colônia.
Tópico 6
Referências: sites e leituras realizadas para realização do trabalho.
1. NOME E MINIBIOGRAFIA DO CIENTISTA
João Manso Pereira foi um químico autodidata. Pouco se sabe sobre sua história, uma vez que nunca saiu do Brasil. Algumas informações sobre o cientista escolhido serão escritas abaixo.
João Manso Pereira nasceu um pouco antes do ano de 1750 em Minas Gerais. Ele faleceu com mais de 70 anos em 20 de agosto de 1820 no Rio de Janeiro. No Rio ele foi nomeado como professor de gramatica latina, os seus estudos foram feitos no seminário de Lapa. Além do latim, ele também estudava o grego e o hebraico. Falava fluentemente o francês, como exemplifica os seus escritos, e também conhecia um pouco do inglês. Sempre vivia ocupado com muitas atividades.
Por relatos de Moreira de Azevedo, Manso Pereira viva com um ex-escrava chamada Joana de Melo. João era alto, magro e de cor de pele parda.
Ele também fabricava inúmeros artigos muito variados. Ao Vice-Rei D. Luís de Vasconcelos, ele ofereceu uma mesa de sua lavra onde o tampo exibia em ouro as cores da Bahia de Guanabara. Ao D. João VI, ele ofereceu um aparelho de caixa para sabão de barba em porcelana. Fez também os bustos de D. Maria I e D. Pedro III enviados a Lisboa.
João Manso publicou ao todo 5 (cinco) obras de pequeno formato, que revela seu caráter estudioso e interessado mesmo nunca vivendo fora do Brasil e, portanto, nunca estudando em um curso superior. Procurava sempre se inteira melhor do possível desenvolvimento da ciência e das técnicas de química contemporâneas. Ele se dedicou especialmente a mineralogia e a química.
Uma parte curiosa de sua história é que pode se dizer que ele foi o primeiro químico de fato 100% (cem por cento) brasileiro. As suas cinco obras são:
- Memória sobre a reforma dos alambiques[1] ou de um próprio para a destilação das águas ardentes.
- Memória sobre um método econômico de transportar para Portugal a água ardente do Brasil com grande proveito dos fabricantes e comerciantes.
- Sobre ensaios de nitreiras em Santos, S. Sebastião e Ubatuba. – essa obra teve uma continuação – Continuação da copia de uma carta sobre a Nitreira artificial estabelecida na Vila de Santos da capitania de São Paulo.
- Considerações sobre as cinzas da Cambará, do imbó, etc.
- Memória sobre uma nova construção do alambique para se fazer com maior economia e proveito no resíduo. Sobre destilação de águas ardentes.
2. ESTADO NAÇÃO E CONTEXTO DE QUEM PATROCINA
Todas as obras descritas no capítulo anterior foram enviadas para a cidade de Lisboa. Pelo fato de que João Manso nunca saiu do Brasil e nunca foi estudar em uma universidade europeia como era incentivado e costume de se fazer na época, pode se dizer que João Manso não pertencia a um Estado Nação. O Estado Nação que ele mais havia contato era Portugal, metrópole do Brasil.
Não pude encontrar relatos se ele era patrocinado. Mas olhando sua primeira obra conseguimos tirar algumas conclusões:
“A depois de ter sido, SENHOR, tantas vezes honrado por SUA MAJESTADE, seria criminoso da mais punível ingratidão, se uma vez não fosse ao pé do trono, desde esta distância, em que exilo, confessar a minha dívida para o que me aproveito dessa pequena Memoria, que será da maior utilidade para o País em que nasci, em que habito, e para o qual V. ALTEZA REAL olha, não como Senhor, mas como Pai; tendo ele a indisivel honra de nuca conhecer outros Soberanos [...] Assim o confessa. ” João Manso Pereira, 1797
Pode-se concluir que Manso havia uma dívida com Portugal e, assim, Portugal era quem patrocinava seus estudos e suas experiências. Além disso também podemos perceber que João Manso sempre se colocava a disposição de ajudar alguma forma o pais em que nasceu, tendo assim grande paixão por essa terra.
3. PERCURSO DA EXPEDIÇÃO
A sua primeira obra publicada foi Memória sobre a reforma dos alambiques ou de um próprio para a destilação das águas ardentes. Ele é entendido para uns como tradução ou adaptação de um livro já existente de Antônio Baumé, porém essa intepretação não leva em consideração o julgamento dos livros científicos antigos nem sempre é feito tão cuidadosamente como obras literárias.
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