América Portuguesa Segundo Maria Lígia Prado
Por: Izadora43 • 25/10/2019 • Resenha • 663 Palavras (3 Páginas) • 241 Visualizações
De início, a autora Maria Lígia Prado destaca as diferenças existentes no processo de colonização das duas Américas: a América portuguesa e a América espanhola . A atividade açúcareira nos dois primeiros séculos, não se equiparava a riqueza gerada pelos metais preciosos na América espanhola. Somado a isso, o processo de conquista e evangelização da América espanhola sofreu o impacto das culturas pré-colombianas, o que não aconteceu na América Portuguesa. A América espanhola apresentava uma organização mais rígida comparada a da América Portuguesa, e mesmo apesar de Portugal ter um lado administrativo melhor e apresentar uma centralização dentro da ação de tomada de decisões, ainda sim a burocracia rígida prometida, Não funcionava. Nisso o Brasil se dividia em dois estados : do Brasil e do Pará e Maranhão, e essa divisão era apenas nominal , já que era o vice-rei do Brasil que detinha controle do território desses estados .
Desse modo, a autora Maria Lígia Prado retrata o sistema colonial da América espanhola como mais controlador, ou seja sem aberturas, e com isso pode-se que a sua Igreja também era mais poderosa do que a da América Portuguesa, apesar de que havia algumas características parecidas, Como a de que o Papa dava ao rei o direito de intervir nos negócios religiosos, bem como a administração dos dízimos, a administração dos dízimos e a nomeação dos bispos. O que se destacava de diferente na América Portuguesa era que o clero estava ligado aos poderes locais, e diferente do que havia na América espanhola , o clero não explorava os mais pobre.
A força militar mais importante da América Portuguesa eram as tropas de linha, essa que contava com regimentos portugueses. O exército, por sua vez, privilegiava os nobres nos postos de oficial e preferia o recrutamento de brancos Para soldados rasos, os mestiços e mulatos so eram recrutados com havia dificuldade no preenchimento das vagas, sem esquecer que os indígenas não ascendiam dentro do militarismo.
Dando continuidade, a autora Maria Lígia Prado afirma que os ideias reformistas do século XVIII influenciaram a reforma dirigida por Portugal, essas medidas tinha intuito de driblar a crise colonial. De modo geral , buscava-se a o fim do monopólio existente no comércio, e a mudança para uma economia mais liberal, no entanto isso não ocorreu, tendo em vista que a Metrópole continuou proibindo a produção de manufaturas, e isso dificultou o comércio intercolonial, portanto a reforma se mostrava contraditório já que umas das suas medidas era justamente a de acabar com o monopólio comercial.
Em 1808, a situação do Brasil era marcada por tensões e descontentamentos, e é ai que vemos a importância da vinda da coroa portuguesa já que suas ações foram importantes para o controle da situação, é não só isso, a vinda da coroa definiu a passagem da colônia para o império independente.
Ainda se tratando da vinda da coroa portuguesa, a autora Maria Lígia Prado destaca a abertura dos postos para as nações amigas, em outras palavras a Inglaterra. Outro ponto é a influência da Corte para o acesso a cultura , bem como a criação da imprensa nacional, A criação de bibliotecas, etc.
Segundo Maria Lígia Prado houve após a penetração inglesa no tratado do comércio de 1810, acirrou -se os conflitos entre o monopólio português do comércio e o comércio livre inglês. Os fazendeiros que lucraram com o mercado liberal e desejava o fim do monopólio, descansaram e viram a implantação da monarquia dual, somente quando Portugal ameaçou as medidas liberais já vigentes, Foi que as classes proprietárias romperam de vez com a Metrópole, Assim a passagem da colônia a império independente foi lenta e gradual.
...