As Defesas Contra a Morte Terrena e a Morte Eterna
Por: betina19 • 12/9/2018 • Resenha • 1.159 Palavras (5 Páginas) • 280 Visualizações
Reforma: por que?- capítulo 1- Lutero
O protestantismo da ênfase a três doutrinas principais: a justificação pela fé, o sacerdócio universal, a infalibidade apenas da bíblia. Essa teologia respondia as necessidades religiosas do tempo.
O pecado pessoal; a caminho da justificação pela fé. Presença da morte e sentimento de culpabilidade: a reforma foi uma resposta religiosa a uma grande angustia coletiva, como a guerra dos cem anos a peste, as crises, o grande cismo, as guerras das duas rosas, as guerras hussitas e o desaire do grande estado burguinhão. Só o pecado poderia explicar tantas desgraças. Em XV, se difundiu a crença de que depois do grande cisma, ninguém tinha entrado no paraíso. Nesta atmosfera de pessimismo e inquietude a justiça dos homens se torna mais dura do que nunca. Acreditava-se que o mundo estava perto do fim. Os artistas representaram o tema do julgamento final dum mundo pecador em suas obras. Mais ainda que o juízo final e o inferno, a morte é o grande tema da iconografia da idade média. A sociedade era perseguida pelo temor da morte. O culto pela paixão de cristo e a virgem das dores foi geral nas vésperas da reforma.
Defesas contra a morte terrena e a morte eterna:
Foi difundido o culto dos santos no final de XV e inicio do XVI. Já renascendo o politeísmo por meio do culto dos quatorze santos. Venerar as relíquias dos santos dava o direito a indulgencias. Para obter indulgencias é necessário se confessar e comungar. A beira do desespero as pessoas acreditavam ser possível comprar a salvação. Contudo ficaram com uma duvida que é a angustia da idade média. É ela que explica o sucesso de Lutero. A doutrina luterana da justificação pela fé foi a resposta. Lutero declarou que deus não é um juiz severo, mas um pai compadecido. Nos continuaremos sendo pecadores a vida inteira, porem se credes no redentor, vos estarais já salvos. O povo cristão andava a deriva. Para que nele se aquietasse a angustia, a reforma protestante e depois a reforma católica se esforçaram cada uma a sua maneira por responder a esta necessidade.
Em direção ao sacerdócio universal. Ascensão do individualismo e do espirito laico:
Um tal individualismo é evidentemente solidário de uma certa afirmação do espirito laico. Haviam dois domínios radicalmente separados: o do divino, em que a razão não penetra e o dos fenômenos terrestres susceptíveis de ciência. O primeiro era explorado pela teologia e o segundo devia possuir a sua autonomia e escapar a inquisição da igreja. Numa sociedade em que qualquer ação conservava uma significação religiosa, williamoccam pretendia deliberadamente ampliar o lugar dos leigos na própria igreja. Face ao individualismo laico um outro individualismo deve ser esclarecido, o da piedade pessoal. Esse modo de viver a religião se tornava misticismo. Os canais hierárquicos e litúrgicos que conduziam para deus, pareciam insuficientes a alguns. Não seria o misticismo um processo de escapar a disciplina eclesiástica? Lutero em todo o caso foi um discípulo dos místicos da idade media.
Depreciação do sacerdócio:
Com a ascensão da burguesia tinha também uma ascensão do elemento laico, numa sociedade com uma afirmação de um sentimento nacional. A confusão de espírito num clima de insegurança em suma, os defeitos da igreja engendraram no final da idade media uma espécie de anarquismo cristão. Na frança e na Alemanha o baixo clero vivia em XV numa situação material miserável, vendendo sacramentos principalmente o batismo e a confissão. Quando a religião chegava a este materialismo, como não teria perdido seu relevo a figura do padre? O esforço que a igreja romana levaria a cabo mais tarde em XVI até XVII para revalorizar a função sacerdotal é uma prova suplementar do descredito em que o padre caíra na época da renascença.
Os leigos socorrem a igreja.
A sociedade laica havia entrado em conflito com a sociedade eclesiástica nos ultimo séculos da idade média. A ingerência do estado na igreja aparecia mais evidente de dia para dia. Em face ao enfraquecimento da igreja e numa época em que os papas se comportavam muitas vezes como príncipes, as autoridade laicas ganharam cada vez mais consciência de suas responsabilidades religiosas. Os príncipes que impuseram a reforma eram movidos muito mais por um sincero sentimento cristão que por sórdidas ambições
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