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As origens da Indepedência da América

Por:   •  12/11/2017  •  Resenha  •  1.068 Palavras (5 Páginas)  •  190 Visualizações

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Capítulo I – As Origens da Independência da América Espanhola

  1. “ A ESPANHA ERA uma metrópole durável, mas de modo nenhum desenvolvida. No final do século XVII, após três séculos de domínio imperial, os hispano-americanos ainda viam em sua mãe-pátria uma imagem de si mesmos. ” Pp. 19
  1.  ‘’[...] uma economia colonial dependente de uma metrópole subdesenvolvida. ” Pp 19
  1. “ Durante a segunda metade do século XVII, a Espanha dos Bourbons tomou consciência de sua própria condição e tentou modernizar sua economia, sua sociedade e suas instituições. A ideologia reformista era eclética na inspiração e pragmática na intenção. ” PP. 19
  1. “ A ilustração também exerceu sua influência, não tanto nas novas ideias políticas ou filosóficas quanto na preferência concedida à razão e a experimentação em oposição a autoridade e a tradição. Se, de um lado, foi possível conciliar essas tendências divergentes nas mentes dos intelectuais, de outro elas ajudam a explicar as incoerências na formulação da política, na medida em que a modernidade lutava com a tradição. ” Pp. 19
  1. “ [...] o objetivo econômico básico era desenvolver a agricultura mais do que estimular a indústria.” Pp 19
  1. “ O aumento da demanda de produtos agrícolas, na Espanha e no mercado internacional, elevou enormemente os preços e os lucros dos proprietários rurais. ” Pp. 20
  2. “ E os regulamentos do comercio libre, estabelecidos em 1765, eliminaram as restrições mais sérias ao comércio com a América espanhola. ” Pp. 20
  1. “ O desenvolvimento econômico não suscitou grandes mudanças sociais. Houve uma coincidência de interesse entre os reformistas do governo, cujo desejo era aumentar as ofertas de alimento, os proprietários rurais – sobretudo a nobreza e o clero – que queria maximizar os lucros, e os exportadores que procuravam mercados. ” Pp. 20
  2. “ Na análise final, as medidas modernizadoras de Carlos III (1759- 1788), tiveram o objetivo de revitalizar um setor tradicional da economia, e tornou-se mais evidente do que nunca que o mundo hispânico estava erigido, não sobre uma divisão do trabalho entre a metrópole e as colônias, mas sobre nefastas semelhanças. Antigas estruturas sobreviveram e o próprio movimento de reforma ruiu em meio ao pânico

Provocado pela Revolução Francesa e pela subsequente reação no reinando de Carlos IV (1788-1808).” Pp. 21

  1. “ A economia inglesa passava, no século VVIII, por mudanças revolucionarias. E, de 1780 a 1800, período em que a Revolução Industrial se efetivou de verdade, a Inglaterra experimentou um crescimento comercial inédito, com base sobretudo na produção fabril de tecidos. ” Pp. 23
  2. “ Embora contasse com uma variedade limitada de produtos de exportação capazes de gerar lucros na Inglaterra, a América espanhola tinha um meio vital de comércio: a parta. Por isso, a Inglaterra prezava bastante o comércio com a América espanhola e procurava expandi-lo, quer mediante a reexportação de produtos espanhóis, quer pelos canais de contrabando nas índias Ocidentais e no Atlântico sul. ” Pp 23
  3. “ A desagradável comparação entra a Inglaterra e a Espanha, entre desenvolvimento e estagnação e entre força e a fraqueza, causava um poderoso impacto nas mentes dos hispano-americanos. E havia ainda uma sutileza psicológica: se uma potência mundial como a Inglaterra podia perder a maior parte de seu império na América, que direito tinha a Espanha de mantê-lo? ” Pp. 24  
  4. “ O império espanhol na América sustentava-se com base num equilíbrio entre os grupos de poder – a administração, a Igreja e a elite local. A administração possuia poder político mas pouco poder militar, a derivava de sua autoridade da soberania da coroa e de sua própria função burocrática. A soberania secular era confirmada pela Igreja, cuja missão religiosa se apoiava no poder econômico e jurídico. Mas o maior poder econômico pertencia às elites. ” Pp. 24
  5. “ A política dos Bourbons alterou as relações entre os principais grupos de poder. A própria administração foi a primeira a romper o equilíbrio. O absolutismo esclarecido ampliou a função do Estado em prejuízo do setor privado e terminou por afastar a classe governante local. Os bourbons remodelaram o governo imperial, centralizaram o mecanismo de controle e modernizaram a burocracia. ” Pp 25
  6. “ [...] departamento de comercio, e por meio dele foram atendidos os diferentes frupos de interesses. Os índios foram forçados a produzir e a consumir; os funcionários da coroa receberam uma renda. Os comerciantes obtiveram uma produção para exportação; e a coroa poupou o dinheiro na abdicação do controle imperial em face das pressões locais. Essa pratica estendeu-se ao México; e no Peru constituiu uma das causas da rebelião indígena de 1780. ’’ Pp. 25
  7. “ A reforma administrativa nos moldes da Ilustração não funcionou necessariamente na América. Os interesses coloniais, tanto dos peninsulares quanto dos criollos, acharam inibitória a nova politica e se melindraram coma indesejada intervenção da metrópole. A extinção dos repartimientos ameaçou não apenas os comerciantes e proprietários rurais, mas também os próprios índios, desacostumados do uso do dinheiro num mercado livre e dependentes de créditos para a aquisição de gado e de mercadorias. ”  Pp. 26
  8. “ À medida que os Bourbons fortaleciam a administração, enfraqueciam a Igreja. Em 1767, expulsaram da América os jesuítas, cercas de 2.500 no total, a maioria deles americanos nativos, que dessa forma foram afastados de sua terra natal e de suas missões. A expulsão representou um ataque a semi-independência dos jesuítas e uma afirmação do controle imperial. ” Pp. 26
  9. “ Todo privilégio é odioso”, dizia o Conde de Campomanes. Um tema essencial da politica dos Bourbons foi a oposição a órgãos corporativos detentores de privilégios especiais de Estado,. À encarnação do privilegio era a Igreja, cujos fueros garantiam a imunidades dos religiosos à jurisdição civil e cuja riqueza a transformava na maior fonte de capital de investimento da América espanhola. Portanto, não foi a doutrina da Igreja, mas o seu poder um dos principais Alves dos reformadores Bourbons. ” Pp. 27
  10. “Outro centro de poder e de privilégios era o exercito. A Espanha não tinha recursos para manter na América grandes contingentes de tropas regulares; portanto, teve de depender fundamentalmente das milícias coloniais, reforçadas por algumas unidades de peninsulares. A partir de 1760 nova milícia foi criada e o ônus da defesa foi imputado diretamente a economia e ao pessoal da colônia. Muitas vezes, porem, as reformas dos Bourbons foram ambíguas em seus efeitos. ” Pp. 27

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