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Avaliação História Moderna

Por:   •  3/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  683 Palavras (3 Páginas)  •  131 Visualizações

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                                           Avaliação de História Moderna I

                     Tema: A Idade Moderna: as muitas faces de um novo tempo

Docente:Dilton Candido Santos Maynard
Alunos: Matheus Souza Alves

             Matheus Tavilhão Sereno

   O século XVI caracterizou-se por ser um período de modificação no status quo da Europa. Diversos aspectos da humanidade foram afetados nesse processo, inclusive o próprio comportamento humano e a suas concepções sobre o mundo que o cercava.  O historiador Lucien Febvre descreve essa variação como sendo algo não apenas intrínseco ao homem, mas também perpétuo em sua caminhada pela história.

   Segundo o próprio Febvre, uma notória mudança, dentre estas, foi causada por um embate entre os campos da Religião (predominantemente cristã) e da Ciência. É importante ressaltar o contexto da época. O historiador Colin McEvedy aponta o fanatismo religioso nos povos europeus, herdado de uma mentalidade medieval e acentuado pelo antagonismo que se dava entre o Cristianismo e o Islamismo,  por questões religiosas, culturais, econômicas, territoriais e etc. O que boa parte dos indivíduos europeus acreditavam – influenciados por sua religiosidade – era que o homem era o ser pelo qual a natureza era regida, o protagonista de um universo criado por uma força divina e entregue a ele. A ciência, no entanto, apresentou uma nova visão sobre este tópico, em que o ser humano seria apenas mais um ser dentre tantos outros, fruto de um mesmo processo evolutivo e sujeito às mesmas leis da natureza, que atinge a todos igualitariamente. Essa perspectiva científica força a Religião a mudar a sua forma de abordagem (ainda que de forma sutil e sem se desprender das premissas cristãs), uma vez que muda o próprio âmago do europeu, ao fazê-lo usar a lógica em seus pensamentos, raciocinar a respeito de suas escolhas e crenças. A própria Igreja Cristã se vê, posteriormente, alvo de uma ruptura interna, causada pelo questionamento de atitudes antes nunca questionadas de tal forma e que dão origem às diversas vertentes do Protestantismo que sobrevivem até hoje.

   No que diz respeito ao comportamento humano, a sociedade europeia passou por uma reforma no entendimento daquilo que é civilizado ou socialmente aceitável. À medida que a Europa se tornava mais unificada, exigia-se o cumprimento de novos padrões  de conduta, como o domínio de uma língua comum, que na época era o italiano. De acordo com os estudos do sociólogo alemão Norbert Elias, essa padronização contribuiu para que  as pessoas passassem a reparar mais nos costumes e hábitos uns dos outros. A partir da obra De civilitate morum puerilium de Erasmo de Rotterdam, uma espécie de manual condizente com as noções da aristocracia, mas direcionado ao europeu em geral, em que ele exemplificava que tipo de comportamentos enquadravam-se ou não no conceito de civilité, ou de seres “civilizados”.

   Já no contexto político e das relações de governo, Maquiavel mostra um novo ideal de governante que, para ele, seria necessário para unificar um território disperso e, de forma eficaz, manter o seu domínio sobre um povo. Tal modelo de liderança deveria, por vezes, tomar atitudes que não condizem com a ética e moral cristãs, teria de ser dissimulado e duro em relação às questões administrativas. Isso distoava por completo do conceito antigo de um bom governante, que deveria ser um bom cristão, baseando-se nos valores que a Igreja pregava para definir suas escolhas. Isso exemplifica o redirecionamento dos holofotes para o homem, conhecido como antropocentrismo, uma das principais marcas da Idade Moderna.

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