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Escola Metodica

Por:   •  18/7/2017  •  Relatório de pesquisa  •  843 Palavras (4 Páginas)  •  351 Visualizações

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ESCOLA METÓDICA DITA “POSITIVISTA” (RANKE)

HISTORICISMO (DILTHEY)

CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA

Reino do espírito que se manifesta de forma individual (“grandes homens”); é a ciência que estuda o passado da humanidade; história universal (eurocêntrica) e história nacional; basicamente estuda feitos políticos, relações diplomáticas, guerras e heróis;

Sua filosofia de vida é irracionalista e a obra histórica se torna arte. A abordagem do vivido só poderia ser intuitiva, empática, compreensiva. Seu modelo é a biografia: começa pelo indivíduo e não pelo grupo e quando aborda o grupo transforma-o em indivíduo. O indivíduo é a unidade concreta, real, uma duração psicológica.

SUJEITO

Estado Nacional (sujeito histórico universal)= “grandes homens” (políticos e militares)= sujeito consciente e autocentrado;

Indivíduos; não uma totalidade universal, mas uma totalidade singular; uma individualidade vida limitado no tempo e espaço;

MÉTODO

Crítico: heurística (busca dos documentos, sua localização); as operações analíticas (crítica externa e interna); as operações sintéticas (a construção histórica, o agrupamento de fatos, a exposição e a escrita histórica; crítica à fonte);

Hermenêutico (O sujeito do conhecimento começa pelos sinais exteriores, pela sensação, continua pelo método crítico das fontes e dos vestígios e vai até a ocupação do lugar do outro no seu “interior”. Pondo-se no lugar do outro, o historiador o compreende: recria, reatualiza, revive a experiência vivida pelo outro- conhece-o por dentro. O resultado é uma narração  racional e discursiva (mas a obtenção da informação se da por meio da intuição informada pelo estudo das fontes). Método hermenêutico= método poético-científico de reconstrução do vivido= interpretação de palavras, gestos e obras.

TEMPO

Acontecimental (tempo curto do evento, da data e do fato); mas também (implicitamente) linear e teleológico (futuro=progresso). Não rompem com a filosofia da História de Hegel e do Iluminismo, mesmo quando focava em estudar apenas o passado; desejavam escrever uma história do passado pelo passado;

Um indivíduo no seu presente retoma o seu outro passado, procurando a consciência de si, conhecendo sua estrutura permanente e as evoluções que viveu. Uma sociedade presente retoma seu outro passado, visando também essa consciência de si, para ver as diferenças das outras épocas e das mudanças que viveu. As totalidades singulares (indivíduos, povos, nações)= mudam segundo sua ordem particular, mas de forma imprevisível, pois são estruturas vitais. Renuncia a filosofia tradicional da História (Idealismo hegeliano), busca uma filosofia moderna da História (Kant)= a preocupação não é mais no sentido de se conhecer os segredos do devir humano ou de atingir o sentido último da evolução; a filosofia da História se transforma em epistemologia da História (a busca sobre as condições de possibilidade do conhecimento histórico);

OFÍCIO DO HISTORIADOR

Não é juiz do passado; não deve interpretar, mas apenas dar conta do que realmente se passou;  não teorizar, a especulação filosófica prejudica, o historiador deve organizar os fatos em uma linha de tempo cronológica; não julgar o passado, não construir hipótese, não problematizar; passado desvinculado do presente;

O objeto das ciências do espírito são os homens mesmo, enquanto conjunto solidário de relações recíprocas. O historiador segue seus movimentos, suas atividades, com paixão, querendo pôr-se em seu lugar, em seu interior, e viver junto a experiência passada. Espectador, sua atividade de conhecimento é intuitiva, empática, imaginativa, de espírito à espírito. Uma visão. O sujeito que toma o passado como objeto é a si mesmo que objetiva. Ele não se separa de seu objeto, encontra-se separado dele pelo esquecimento. O objetivo da pesquisa histórica é abolir o esquecimento, que levou a separação entre o sujeito e o objeto, é reintegrar o passado no presente como consciência  intensa de si: compreensão.

RELAÇÃO SUJEITO DO CONHECIMENTO E OBJETO A SER CONHECIDO

Distanciamento (objetividade)= o historiador seria capaz de escapar à subjetividade (suas convicções sociais, culturais, religiosas, políticas, ideológicas filosóficas) buscando a neutralidade;

A compreensão= é a tentativa da coincidência com a vida psíquica, que é seu objeto; Pela compreensão, se estabelece não um distanciamento, mas uma aproximação íntima, uma confiança recíproca entre sujeito e objeto;

CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA

Método das ciências naturais (observação e experimentação a partir de fora)= busca da verdade absoluta. Ciência pura e não arte.

a metodologia das ciências da natureza pode apenas descrever, mas nunca penetrar seu objeto, não serve para conhecer as criações do espírito, para o mundo humano interior, a experiência vivida, pois este é singular, particular e não cabe em fórmulas universais.= o objeto das ciências da natureza não produz sentido, não tem intenções e não realiza ações. Não é sujeito. Como se poderia conhecer um objeto-sujeito com os métodos das ciências da natureza? A observação e a experimentação permanecem na exterioridade de seu objeto; a compreensão= é a tentativa da coincidência com a vida psíquica, que é seu objeto; Pela compreensão, se estabelece não um distanciamento, mas uma aproximação íntima, uma confiança recíproca entre sujeito e objeto;

VERDADE

A verdade está no documento e não no historiador.

Não há filosofia da história verdadeira, a verdade absoluta e total está fora do alcance;

ESTILO

Narrativa descritiva e factualista; separação da História em relação à literatura.

O resultado é uma narração  racional e discursiva (mas a obtenção da informação se da por meio da intuição informada pelo estudo das fontes). Método hermenêutico= método poético-científico de reconstrução do vivido= interpretação de palavras, gestos e obras.

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