FICHAMENTOS – HISTÓRIA DA ARTE E DA ARQUITETURA II
Por: Danielle Nunes • 27/11/2017 • Trabalho acadêmico • 3.258 Palavras (14 Páginas) • 477 Visualizações
UNIVERSIDADE DOESTADO DO RIO DE JANEIRO[pic 1]
ESCOLA SUPERIOR DE DESENHO INDUSTRIAL
ARQUITETURA E URBANISMO
Danielle Nunes de Albuquerque Melo
FICHAMENTOS – HISTÓRIA DA ARTE E DA ARQUITETURA II
Petrópolis
11.2017
Danielle Nunes de Albuquerque Melo[pic 2]
FICHAMENTOS – HISTÓRIA DA ARTE E DA ARQUITETURA II
Trabalho acadêmico apresentado à graduação de arquitetura e urbanismo como requisito parcial à obtenção de nota na disciplina História da Arte e da Arquitetura II
Prof.: Guilherme Moerbeck
Petrópolis
11.2017
SUMÁRIO[pic 3]
1 CIVITAS DEI MEDIEVAL.........................................................................................4
2 A CABANA PALEOCRISTÃ.....................................................................................8
3 A IGREJA MILITANTE............................................................................................12
1 CIVITAS DEI MEDIEVAL
Livro: PEREIRA, José Ramón Alonso. Introdução à História da Arquitetura; Bookman; Edição: 1ª (24 de novembro de 2009)
CIVITAS DEI: A cidade de Deus após a cidade dos homens.
"mal, do pecado, da culpa e da morte, do direito, da lei e das penas, do tempo e do espaço, da contingência e da necessidade, da Providência, da ação humana e do destino no desenvolvimento da História: do ser, do conhecer e do agir do homem, de Deus, da natureza e do espírito, da temporalidade, do eterno, da perenidade e dos ciclos cósmicos, da profecia e do mistério como argumento apologético, da pessoa, da cidade e da comunidade humana."
Influência no mundo ocidental ao longo da idade média e na definição de cidade medieval.
A Civitas dei não é física. Mas possui uma "realidade territorial", regida pela Hierarquia Organizadora, que seria a CRISTANDADE MEDIEVAL.
[pic 4]
Feudalismo é a primeira expressão da hierarquização do topo da igreja católica sobre a cidade, uma realidade social que compreendeu do séc. VII, com apogeu entre XI e XIII. Prejuízo do Império Romano quando derrubado: ruinas + dispersão doa habitantes.
Interrompeu a vida da cidade, voltando a crescer populacional, industrial, cidades, após 1000 anos, configura uma mudança radical das características da cidade. Neste período a economia era embasada na agricultura.
Numa das divisões administrativas em vários países existiam os burgos, lugares dedicados ao e à produção artesanal, que era realizada pelo mestre em sua oficina. Seus habitantes eram chamados de burgueses, crescendo em poder econômico de modo que no século XIX formaram a burguesia
No século XI aumenta a atividade comercial. E o burgo, que era uma fortaleza do senhor feudal para vigiar suas terras, hoje é um bairro, mas habitado por artesãos e comerciantes (antes clero e nobreza). Assim se dará o surgimento da cidade medieval, que é uma cidade fechada, mas suas relações econômicas são mundiais. Esta ideia se desenvolve nos séculos XII e XIII, quando o burgo deixa de ser uma terra e passa a ser um dos estamentos da sociedade feudal. Este lugar, depois de lutas e guerras, passa a ter foro proprio.
Século XIII - com a ascensão da burguesia, estratificaram-se. Antes, o sistema para PRODUÇÃO E GESTAO das profissões era coletivo. Nesse momento não mais. Estas eram as CORPORAÇÕES DE OFÍCIO, associações que surgiram na Idade Média, a partir do século XII, para regulamentar o processo produtivo artesanal nas cidades. Eram marcadas pela hierarquia (mestres, oficiais e aprendizes) e pelo controle da técnica de produção das mercadorias pelo produtor. As corporações atuaram como incentivo para o aumento da produção. Os comerciantes manufatureiros foram obtendo cada vez mais lucros o que gerou um crescente acúmulo de capitais, nas mãos de uma nova classe, que passou a ser denominada de burguesia. Nessa dinâmica, a arquitetura é e sempre será obra coletiva, pois precisa de sistemas diretos de controle para funcionar: corporação de ofício + mestre de obras + maçonaria.
1.2 O monastério, a primeira civitas Dei medieval
Monastério: a tentativa de cidade de Deus na Terra.
Homens como os anacoretas negam a si mesmo, se isolam para libertar do pecado, para buscar a própria civitas dei. Com o tempo, pequenas comunidades se formaram com esse objetivo, regidas pelo ora et labora de São Bento. Ocorre mais no séc. X, quando comunidades anteriores aderem ao Beneditismo, configurando um tipo arquitetônico: Ordem Cisterciense, uma ordem religiosa monástica católica beneditina reformada. Recebe este nome por estarem em clausuras, cercadas; minicidades, como o Monastério de Cluny
Nessas abadias os monges (sociedade monástica) estudavam, trabalhavam e oravam em prol do sagrado e do profano. Um verdadeiro centro urbano de colonização. Estima-se que o número de monges ligados à Abadia chegou a 10 mil espalhados em 1.450 casas clericais.
Importância religiosa: peregrinações.
Exemplos: monastério de Obona e Valdedios. Albergues de peregrinos.
Como são albergues, são locais denominados diferentes: núcleo eclesiástico e núcleo de convento. Estes conjuntos estavam assentados de maneira ordeira, próximos a vales férteis, protegido e com água canalizada e em seu complexo contendo: 1 igreja de 3 naves e 3 absides semicirculares, destacando a VOLUMETRIA do conjunto, edifícios para moradia e religião.
A dominação territorial dos monastérios partiu de dentro para fora, com uma demonstração arquitetônica da urbanização gradual decorrente do "claustro, pátio, horta, campo cultivado, mata, área cercada e bosque"
1.3 A Civitas Dei e a Estrutura Urbana Medieval
Séc. XIII, Alfonso X, define no Codigo Castelhano Las Partidas, o que seria uma cidade: todo lugar fechado por uma muralha, com os arrabaldes e edifícios que há neles. Parte de dentro mais urbana versus parte de fora; arredores. Esse "fora urbano" tem três definições em 3 idiomas: o arrabal espanhol, bunlieue francesa, hinterland inglês. O espanhol é comercial; o francês jurídico; e o inglês territorial. Estes dialogam com o "dentro" para formar o urbano.
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